Um dos principais nomes do UFC, o brasileiro Paulo Borrachinha parece ter entrado de vez em conflito com a organização. Na última quarta-feira (21), o lutador participou do programa ‘The MMA Hour’, nos Estados Unidos, e comentou sobre o seu desgaste com o Ultimate.
Borrachinha luta a tempos, e não é no octógono, por uma valorização financeira. A última grande polêmica foi sobre um possível embate contra Robert Whittaker, no UFC 284, em março de 2023. O brasileiro explicou que não aceita entrar no ringue para ganhar US$ 70 mil (R$ 326 mil), e mais US$ 70 mil por vitória. Segundo ele, é a mesma quantia que recebe desde 2017, quando assinou com a franquia.
“Mick Maynard me perguntou se eu gostaria de enfrentá-lo (Whittaker). Então, eu disse: ‘Claro, posso lutar com ele. Mas agora vamos falar sobre os termos (financeiro)’. E só aconteceu isso, nós não avançamos depois disso. Eles não me mandaram um contrato. Eles só falaram: ‘Se você quer enfrentar o Whittaker, vamos fazer essa luta’. Mas eu não posso fazer essa luta contra o número um ou número dois (da divisão), um cara de alto nível, pelo mesmo dinheiro que eu tenho recebido desde 2017. Não faz sentido”, disse o mineiro.
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Na sequência, Borrachinha não poupou críticas ao UFC, dizendo que a organização, chefiada por Dane White, aproveita dos brasileiros. Ele também citou a desvalorização do real frente ao dólar.
“Eu acho que eles só oferecem contratos com números muito baixos para os brasileiros. Eu não sei o que eles pensam. Talvez eles pensem: ‘Ah, esses filhos da put* vivem no Brasil, na selva, eles não precisam de dinheiro de verdade, porque a moeda vale cinco vezes menos que o dólar. Vamos pagar migalhas para eles’. E foi o que eu disse antes. A mentalidade dos brasileiros é: ‘Ok, eu concordo. Vamos fazer isso’. Eu fiz isso e eu sei que os brasileiros fazem muito isso. ‘Eu não ligo contra quem eu vou lutar, em que posição meu oponente está no ranking’. Mas isso é péssimo para os negócios”, encerrou Borrachinha.

Aos 31 anos, Paulo Borrachinha conta com um cartel de 14 vitórias, sendo 11 por nocaute, e apenas duas derrotas na carreira. Sua estreia aconteceu no UFC aconteceu em agosto deste ano, quando superou o ex-campeão Luke Rockhold na decisão unânime.
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