Diferente do que acontece no futebol brasileiro, onde as equipes são rebaixadas e, como resultado, no ano seguinte disputam o acesso as principais ligas do país, na Major League Soccer (MLS), esse sistema está longe de ser implantado.
Apesar de existirem divisões inferiores no modelo de disputa nos Estados Unidos, como a United Soccer League (USL), os times não têm autoridade para se mover dentro das competições.
No futebol estadunidense, quando uma equipe “sobe de patente”, alcançando a MLS, é para se tornar uma expansão, ou seja, uma franquia, uma marca. Em campo, o desempenho não é uma das grandes prioridades do comitê de gestão.
— Só porque há promoção e rebaixamento em outras ligas fundadas em princípios diferentes, não significa que faria sentido na Major League Soccer — disse Don Garber, um dos diretores do torneio.
O maior acerto desse modelo se mostrou na chegada do astro David Beckham, se juntando ao Inter Miami, e, posteriormente, a vinda do craque Lionel Messi. As duas figuras, muito conhecidas no cenário mundial, impulsionaram a franquia e a liga, tanto no aspecto cultural quanto financeiro. Antes com pouca visibilidade, a MLS teve um “boom” de assinaturas na Apple TV após o desembarque do argentino em terras estadunidenses. Em técnica, Messi também agregou. Apesar de se encontrar na parte de baixo da tabela, o Miami, desde que Leo entrou em campo pela primeira vez, perdeu apenas uma partida, somando oito vitórias e quatro empates, além de um título conquistado.
A estrutura simples e única contribui para o crescimento da liga, mesmo que em ritmo lento, de forma constante nos últimos anos.
Como seria com Messi na segunda divisão da MLS?
Com a chegada de Messi na Flórida, o Inter Miami, antes conhecido por ter o ex-jogador Beckham como um de seus proprietários, se tornou o centro das atenções.
A Antenna, especializada em análise de dados, destacou que o impacto de Messi nas inscrições do MLS Season Pass, um serviço ainda em seus estágios iniciais, foi astronômico.
Segundo os dados divulgados pela empresa, quase metade das inscrições da plataforma aconteceram após a chegada de Messi, evidenciando o público que o jogador atraiu para a liga.
Na atual temporada, o Inter Miami se encontra na 14ª posição, com 28 pontos. Se a MLS tivesse o sistema de rebaixamento, a franquia estaria, no momento, lutando contra a segunda divisão o que, pensando no investimento feito para trazer Messi e o impacto que ele causou na audiência da liga, seria muito ruim para os negócios.
Mesmo em um mundo hipotético, o Inter Miami não poderia cair para a “MLS B”. Para um jogador do tamanho de Messi, disputar a segunda divisão da liga não seria nada bom para a carreira, mesmo que ela estivesse em seus capítulos finais. Ele, com essa realidade, dificilmente ficaria por mais tempo na franquia.
Ainda bem que esse formato não está em disputa, não é Inter Miami?
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