Vietnã: amor pelo futebol e pelo esporte, mas sem grandes conquistas

André Merice | 21/07/2023 - 16:30

Nesta sexta-feira (21/7), os Estados Unidos enfrentam o Vietnã, pela primeira rodada da Copa do Mundo Feminina 2023. De um lado, as americanas representam um potência no futebol, indo em busca do pentacampeonato mundial e de um inédito tricampeonato consecutivo, além de representar um superpotência esportiva. Do outro, as vietnamitas querem dar mais um passo em direção ao reconhecimento internacional esportivo de sua nação.

A seguir, o Quinto Quarto vai contar um pouco sobre a história do esporte no país, trazendo detalhes que mudaram o rumo de uma nação apaixonada pela modalidade.

Paixão pelo futebol, mas sem muitas glórias

O futebol entrou no Vietnã por meio dos franceses, em 1896, sendo praticado primeiro na Cochinchina, e depois se espalhando em outras regiões da colônia – as regiões Norte e Central.

Em 1960, a Federação de Futebol do Vietnã foi fundada no Norte, e seu primeiro presidente foi Hà Đăng Ấn, ex-estrela do futebol. Do lado oposto, no Sul, sob o controle da República do Vietnã, uma associação semelhante também foi criada para administrar as atividades do futebol nesta região.

A torcida era apaixonada, principalmente por atletas brasileiros, mas o time não consegue ter sucesso em campo. A melhor posição no ranking de melhores seleções do mundo foi em 1998, quando chegou a ficar em 84º.

No futebol do país, são apenas 35 agremiações, sendo que 14 delas estão na primeira divisão.

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Em termos de títulos, a Seleção do Vietnã venceu duas vezes os Jogos do Sudeste Asiático (JSA), em 1959 e 2018, além de ter conquistado um vice na Copa Asiática de 1956.

Copa do Mundo Feminina de 2023

Mesmo não atingindo grandes feitos no futebol, os torcedores têm motivos para se orgulhar.

No último ano, a seleção feminina do Vietnã conseguiu se classificar para a Copa do Mundo de 2023 e, mesmo não sendo uma das favoritas, pode dar o que falar.

Em caso de classificação, as principais cidades do país certamente serão tomadas por buzinaços e por torcedores a pé, com bandeiras, cornetas e sinalizadores. Cenas que também ajudam a dimensionar um pouco a mobilização e a paixão que o futebol gera no sudeste asiático.

Que fim levou o Grande Prêmio do Vietnã?

A pandemia da Covid-19 atingiu em cheio os esportes. Jogos foram adiados, estádios ficaram vazios, calendário foram mudados.

Na Fórmula 1, por exemplo, etapas foram adiadas ou canceladas desde o início dos casos pelo mundo, mas uma corrida em especial chama atenção: o Grande Prêmio do Vietnã.

A corrida, que aconteceria em 5 de abril, foi adiada. E, com o calendário de 2020 praticamente encerrado, a disputa no país foi cancelada. O anúncio aconteceu em outubro, e a tendência era que todos os torcedores que compraram os ingressos seriam reembolsados.

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Em agosto de 2020, o presidente do Comitê Popular de Hanoi (Prefeito), Nguyen Duc Chung, recebeu uma ordem de prisão – ele era suspeito de se apropriar de documentos secretos do Estado.

Mesmo que o ocorrido não tivesse relação com a Fórmula 1, Chung era o grande responsável pelo evento. “Ele era um guerreiro solitário, com pouco apoio do governo”, descreveu o jornalista Chris Medland, em matéria da revista Motorsport Magazine.

Sem o organizador, a liga e as autoridades foram desconectadas e ninguém se prontificou a assumir as responsabilidades do GP do Vietnã.

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Escrito por André Merice
No Quinto Quarto desde janeiro de 2021, André Merice cursa o 7º período de jornalismo na Universidade de Ribeirão Preto. Apesar de ser torcedor do São Paulo Futebol Clube, André se encontrou na área dos esportes americanos e hoje se tornou "torcedor LeBron" e um admirador de Stephen Curry, o "Víbora".