MLS: o que Gabriel Pirani pode esperar da MLS no time de Rooney

Márcio Júnior | 25/08/2023 - 12:00

O meia Gabriel Pirani, ex-jogador do Santos, fez a sua estreia no último domingo (20) com a camisa do DC United, da Major League Soccer (MLS), na derrota por 1 a 0 para o New York Red Bulls.

E a pergunta que fica é: o que a joia brasileira de apenas 21 anos pode esperar da liga na terra do Tio Sam?

É fato que, nos últimos anos, a MLS tem crescido e convencido jogadores, incluindo estrelas do futebol mundial, a trocarem as grandes ligas pela “tranquilidade” americana. Embora a contratação do argentino Lionel Messi tenha sido, sem dúvidas, a mais bombástica dentre as transferências, ela não foi o primeiro grande nome a assinar com uma equipe dos Estados Unidos.

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A lista conta com alguns campeões mundiais, como o meia Andrea Pirlo, campeão com a Itália, em 2006, Kaká, campeão com a seleção brasileira em 2002, e David Villa, que levantou a taça mais cobiçada do futebol em 2010, com a Espanha. Além de craques como o sueco, Zlatan Ibrahimovic, e nomes históricos da seleção da Inglaterra, como Lampard, Gerrard e Rooney – é o treinador de Gabriel Pirani no DC United.

O que Pirani pode esperar da MLS?

Engana-se quem pensa que a MLS seja uma competição fácil. Por ser uma liga de menor expressão no futebol mundial, muitos podem achar que há nela uma facilidade e tranquilidade que não terá em outros grandes centros do futebol.

Porém, as palavras do técnico de Gabriel Pirani no DC United, Wayne Rooney, em entrevista ao jornal americano The Times, deixou claro que há na MLS, antes de mais nada, uma dificuldade geográfica em atuar pelos campos do país.

– Ele não vai achar fácil. Parece loucura, mas os jogadores que entram acham que é uma liga difícil. As viagens, as diferentes condições em diferentes cidades… E há muita energia e intensidade dentro de campo”, disse Rooney, ao jornal americano The Times.

Essas palavras de Rooney não foram direcionadas ao brasileiro, e sim ao argentino Lionel Messi, dias depois de ser contratado pelo Inter Miami, mas servem também ao brasileiro de apenas 21 anos. O fato é que Pirani não terá vida fácil no time americano.

Geograficamente falando, os Estados Unidos é o quarto maior país do mundo em dimensão territorial, com mais de 9 mil e 800 quilômetros quadrados. Embora o Brasil não seja tão menor, com 8 mil e 500 quilômetros quadrados, a principal diferença para o país do norte são os diversos fusos horários que existem por lá.

Aqui no Brasil, considerando os times que jogam as principais competições do país, praticamente não há alteração de fuso de uma cidade para outra – exceto em jogos da Copa do Brasil, onde equipes de Manaus e do Acre participam, com uma variação de apenas duas horas.

Nos Estados Unidos, por sua vez, são seis fusos horários, que podem variar em até 5 horas de um lugar para o outro do país. Se considerarmos também o Canadá, que abriga três times na MLS – Toronto FC, Vancouver Whitecaps FC e Montreal Impact – a diferença pode chegar a seis horas entre uma cidade e outra.

Escrito por Márcio Júnior
Márcio Júnior é baiano formado pela Faculdade Regional da Bahia. Cobriu de carnaval a Copa do Mundo na TVE Bahia, onde venceu o prêmio de reportagem do mês. Apaixonado por futebol, NBA, NFL e games de história. Torcedor do Bahia e Los Angeles Lakers. Passei pela ALBA, Rádio Educadora, Superesportes e Trivela. No Quinto Quarto desde julho de 2023.