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Max Holloway, ex-campeão do UFC, desabafa sobre infância sem pai e drogas

Max Holloway, ex-campeão do UFC, desabafa sobre infância sem pai e drogas. Foto: Icon Sport
Foto: Icon Sport

Ex-campeão peso-pena (até 65,7 kg) do UFC, Max Holloway abriu o coração e compartilhou detalhes sobre sua infância marcada pela ausência do pai e pelo vício em drogas de sua mãe.  

Em entrevista ao podcast The MMA Hour, Holloway relatou que não teve uma figura paterna presente em sua vida. Embora seu avô tenha sido uma influência importante, o lutador percebeu que não era a mesma coisa. Ele compartilhou suas reflexões sobre a importância de dar ao seu filho a experiência de ter um pai e uma mãe presentes, algo que ele não teve a oportunidade de vivenciar plenamente. 

— Eu não tive um pai. Meu avô foi uma figura paterna, mas minha esposa precisou me falar o que significava. Ele é como um pai, mas não é. Ainda era meu avô. Me dei conta que era uma figura paterna, mas não seria a mesma coisa de ter um pai. Então, se eu pudesse dar um pai e uma mãe para meu filho, seria ótimo — 

Curiosamente, Holloway revelou que conheceu seu pai quando já era mais velho, mesmo morando na mesma ilha no Havaí (EUA). Eles não mantêm contato regular, mas o lutador enfatizou que não guarda ressentimentos, pois reconhece que, sem ele, não estaria onde está hoje. 

— Eu não o vejo. Resolvi isso há algum tempo. Quando eu era criança, queria entrar em contato com ele e minha mãe sempre dizia que não. Quando fiquei maior de idade, tentei. Mas não deu muito certo. Não tenho sentimentos ruins em relação ao cara. Eu tenho que enviar amor para ele. Sem ele, eu não estaria aqui hoje — 

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Mãe de Holloway teve problemas com drogas 

Além da ausência do pai, Holloway teve que lidar com outra adversidade em sua infância: o vício em drogas de sua mãe. O ex-campeão do UFC compartilhou uma memória impactante, revelando como descobriu acidentalmente um cachimbo de drogas em casa.  

— Uma vez eu fui para casa, peguei uma bandana na prateleira e um cachimbo de crack caiu no chão. Fiquei me questionando o que seria aquilo, já que eu não sabia. Eu nunca tinha visto. Um ano depois, quando eu estava na escola, descobri por um programa contra as drogas que era um cachimbo de crack. Eu não sabia — 

Durante o período, a mãe de Max desaparecia por vários dias. Tanto que, na época, Max foi criado por seus avós junto a seus irmãos. A experiência expôs o havaiano a situações perturbadoras, presenciando brigas e outros eventos traumáticos envolvendo sua mãe e seus tios. Contudo, para Holloway, as experiências acabaram se tornando sua “normalidade”. 

— Vi coisas que não deveria ver. Minha mãe brigando com os irmãos dela e outras coisas que não poderíamos ter visto quando crianças. Para mim, era normal. Via filmes e achava que tudo que mostravam era mentira e falsidade — 

Somente quando seu irmão mais velho estava prestes a se tornar pai é que a mãe de Holloway conseguiu superar seu vício em drogas. O irmão estabeleceu um ultimato, afirmando que ela não faria parte da vida de seu neto se não ficasse limpa. O evento foi um ponto de virada para ela, que desde então tem se mantido longe das drogas e demonstrado progresso em sua jornada de recuperação. 

Ex-campeão do UFC, Max Holloway é ícone do MMA 

Aos 31 anos, Max Hollowawy se tornou campeão dos pesos-penas (até 65,7 kg) em 2017, quando passou a ser considerado um dos maiores nomes da história da divisão no MMA.  

Profissional desde 2010, o havaiano soma 24 resultados positivos e sete negativos. Ele já bateu nomes como Anthony Pettis, Charles do Bronx, Frankie Edgar, José Aldo e Yair Rodriguez. Ele, agora, enfrenta Zumbi Coreano no dia 26 de agosto. 

 

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