A Copa do Mundo feminina começa na próxima quinta-feira (20/7), com três partidas: Nova Zelândia x Noruega, Austrália x Irlanda e Nigéria x Canadá. A Seleção Brasileira, por sua vez, estreia só na segunda-feira, diante do Panamá.
Esta será a 9ª edição do Mundial feminino, a primeira disputada na Oceania. Trinta e duas seleções entram em campo na busca por uma vaga na final, marcada para o dia 20 de agosto.
Mas, afinal, quem são as favoritas ao título?
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Boa parte das principais candidatas vem da Europa, mas há duas “intrusas” neste grupo, incluindo a grande favorita. Confira a seguir as seleções que chegam mais fortes para a disputa.
Favoritas ao título da Copa do Mundo feminina
Há seis seleções que se destacam como as mais fortes candidatas ao título da Copa do Mundo em 2023: Alemanha, Austrália, Estados Unidos, França, Inglaterra e Espanha — não necessariamente nesta ordem.
Segundo as casas de apostas, essas seis equipes são as mais cotadas para levantar a taça no dia 20 de agosto, no Accor Stadium, em Sydney.
Saiba um pouco sobre cada uma das seleções favoritas ao título:
Estados Unidos
Grande favorita a faturar mais um título mundial, a seleção dos Estados Unidos é a atual bicampeã da Copa do Mundo feminina e coleciona quatro troféus: 1991, 1999, 2015 e 2019.
Sob o comando de Vlatko Andonovski, que assumiu o cargo logo após o último título mundial da equipe, os EUA chegam à Oceania com moral e altas chances de repetir o feito das últimas duas edições.
Em campo, as veteranas Alex Morgan (35 anos), Megan Rapinoe (38 anos) e Kelley O’Hara (34 anos) vão para a quarta Copa de suas carreiras e servirão como pontos de experiência para companheiras jovens. Sophia Smith, de 22 anos, é um dos destaques ofensivos — atual MVP da liga nacional, a atacante do Portland Thorns promete ser uma dor de cabeça para as defesas adversárias.
Inglaterra
Se os Estados Unidos são os favoritos, a Inglaterra chega como a principal concorrente pela taça. Depois de vencer a Eurocopa 2022 e a Finalíssima 2023, contra o Brasil, a seleção inglesa busca o primeiro título mundial de sua história.
Na Copa de 2019, as inglesas foram até as semifinais e caíram diante das campeãs, em derrota por 2 a 1. Agora, buscam a revanche e uma final inédita.
O time de Sarina Wiegman, ex-técnica da seleção holandesa, a Inglaterra conta com o talento de Keira Walsh, meio-campista destaque do Barcelona, e a segurança da goleira Mary Earps, do Manchester United, eleita a melhor da posição no Fifa The Best de 2022.
Espanha
Derrotada pela Inglaterra nas quartas de final da Eurocopa, em 2022, a seleção espanhola aparece bem cotada para brigar pelo título. Afinal, quem tem a melhor jogadora do mundo sempre estará entre as favoritas.
Alexia Putellas, de 29 anos, é a grande estrela da seleção. Eleita a melhor do mundo nas duas últimas temporadas, a estrela do Barcelona não esteve na Euro por conta de uma grave lesão no joelho, mas estará disponível para o Mundial.
A principal questão envolvendo a equipe espanhola tem a ver com bastidores em ebulição. No final de 2022, diversas atletas entraram em conflito com a federação, alegando que o trabalho do técnico Jorge Vilda e de sua comissão técnica afetava a saúde física e emocional das atletas.
Apesar dos pedidos de demissão, o treinador foi mantido no cargo, e a equipe perdeu 15 jogadoras que se recusaram a seguir defendendo o país.
Alemanha
Bicampeã mundial, em 2003 e 2007, a seleção alemã caiu nas quartas de final nas últimas três edições, mas mostrou um ótimo trabalho na Eurocopa do ano passado, quando chegou até a final. Na ocasião, acabou derrotada pela Inglaterra, por 2 a 1.
Martina Voss-Tecklenburg comanda o time na busca pelo tri. Dentro de campo, o principal destaque do grupo é a atacante Alexandra Popp, do Wolfsburg. A artilheira marcou seis gols em cinco jogos na última Euro e é um dos nomes mais importantes do torneio.
França
Integrante do grupo do Brasil na Copa, a seleção francesa nunca conquistou o Mundial. A melhor campanha foi o quarto lugar, faturado em 2011. Na última edição, a França foi sede, mas acabou eliminada nas quartas de final diante dos Estados Unidos — derrota por 2 a 1.
Na Euro, a equipe foi até as semifinais e caiu diante das alemãs, também pelo placar de 2 a 1. A zagueira Wendie Renard segue como destaque da seleção, mesmo aos 32 anos, por sua qualidade tanto na defesa como no ataque — na última Copa do Mundo, ela marcou quatro gols.
A França chega para o torneio quatro meses depois da demissão da técnica Corinne Diacre, com quem algumas jogadoras tiveram desentendimentos. Ao contrário do que aconteceu na Espanha, as atletas venceram essa disputa, e o time tem um novo comandante: Hervé Renard.
Austrália
Sede do Mundial, a Austrália espera ansiosamente pelo início do torneio, ao qual chega como uma das favoritas. Embora não esteja tão bem cotada como Estados Unidos, Inglaterra e Espanha, a seleção da casa ainda aparece no top-6 das projeções de favoritismo e espera chegar longe.
Multicampeã pelo Chelsea, Sam Kerr é a capitã e principal jogadora da equipe. A atacante é uma máquina de bolas na rede: marcou cinco gols em 10 jogos na Champions League. Na seleção, foi artilheira do time nas últimas edições do Mundial (5 gols), Olimpíadas (6 gols) e Copa da Ásia (7 gols).
O técnico Tony Gustavsson, no cargo desde janeiro de 2021, tem a missão de fazer bonito diante da torcida australiana. As melhores campanhas do país em Copas do Mundo vieram em 2007, 2011 e 2015, três eliminações seguidas na fase de quartas de final. Chegou a hora de dar um passo adiante?
Chances de título do Brasil na Copa do Mundo feminina
A seleção brasileira não está entre as favoritas para conquistar a Copa do Mundo feminina de 2023. A equipe até aparece no top-10 das casas de apostas, mas com chances pequenas, segundo as projeções, de levar o troféu.
A melhor campanha brasileira em mundiais veio em 2007, na China, quando ficou com o vice-campeonato, após perder a final por 2 a 0 para a Alemanha. Nas duas últimas edições, o Brasil caiu nas oitavas de final.