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Light The Beam: como os Kings criaram nova tradição em temporada histórica

Golden 1 Center acende o laser após vitória do Sacramento Kings. Foto: Reprodução/Twitter @Golden1Center
Foto: Reprodução/Twitter @Golden1Center

Light the beam!“, esse é o grito de guerra dos torcedores do Sacramento Kings no Golden 1 Center após todas as vitórias da equipe, que se classificou aos playoffs da NBA pela primeira vez em 17 anos.

Em tradução literal, a frase significa “acenda o laser”, se referindo ao feixe de luz exibido ao céu na arena dos Kings, que é formado por quatro lasers roxos — cor principal da equipe.

O raio de luz, que tem 300 watts de energia, pode ser visto por grande parte da cidade de Sacramento, capital da Califórnia, que é majoritariamente plana.

A tradição teve início no começo da temporada de 2022-23, como uma ação de marketing, e parecia pouco promissora, já que os Kings não tinham uma campanha positiva — com mais vitórias do que derrotas — desde 2006.

A única coisa boa do time que era dono do maior jejum de playoffs da liga era a nova casa no centro da cidade, inaugurada em 2016, e uma promessa chamada De'Aaron Fox, draftado em 2017 pela franquia.

O que nem os fãs esperavam é que a aquisição de Domantas Sabonis no início da temporada e o amadurecimento de Malik Monk fariam toda a diferença em uma temporada que se tornou histórica e foi embalada pelo “light the beam“.

Light The Beam

Na tentativa de recuperar o envolvimento dos torcedores e melhorar a experiência no Golden 1 Center, em 16 de setembro, a franquia anunciou o “laser da vitória”.

A notícia virou piada entre outros times da NBA, o que parece ter sido um incentivo para Fox. “Eu pensava: ‘Temos que vencer, ou isso seria um meme ruim após cada derrota'. Eu não queria ser ridicularizado”, declarou, à ESPN.

A primeira vez que o laser foi aceso foi em 29 de outubro, primeira vitória dos Kings na temporada — e quinto jogo da equipe. Como a partida aconteceu durante o dia, o feixe de luz passou despercebido.

O raio de luz roxa só foi notado dois dias depois, com a segunda vitória do Sacramento, mas coincidentemente era noite de Halloween, o que deixou os moradores da cidade um tanto quanto preocupados.

Fox ignorou as piadas e preocupações e, confiante com as vitórias, apoiou a jogada de marketing em suas redes sociais. “Light the beam!”, escreveu ele, no Twitter, após a vitória sobre o Los Angeles Lakers por 120 a 114, em 11 de novembro.

Após uma sequência de sete resultados positivos e um caminho em ascensão na tabela da Conferência Oeste, os fãs também começaram a se animar com o “light the beam” e passaram a usar isso como grito de guerra após cada vitória em casa.

Ao longo da temporada, a arena de Sacramento se tornou a mais cheia, iluminada, animada e barulhenta da liga, e os Kings passaram a usar a hashtag “Feel The Roar” (sinta o rugido –o mascote é um leão) nas redes sociais, além de serem apelidados como o “Beam Team“.

Com uma campanha de 48 vitórias e 34 derrotas na temporada regular, a vaga nos playoffs foi garantida com a terceira colocação da Conferência Oeste.

No dia da classificação, que aconteceu após uma vitória sobre o Portland Trail Blazer fora de casa, o laser roxo brilhou no céu sobre o Golden 1 Center.

Empolgados, os jogadores entraram na onda do laser e, após cada vitória, um deles se dirigia até um botão simbólico, roxo e prata e comicamente grande diante da mesa de arbitragem.

Domantas Sabonis light the beam após vitória dos Kings nos playoffs. Foto: Reprodução/Twitter @SacramentoKings

Sabonis acende o laser após vitória dos Kings nos playoffs. Foto: Reprodução /Twitter

Ao bater com as mãos em cima dele, automaticamente, o técnico de iluminação da arena acendia os quatro lasers que formam o raio roxo no céu.

A 3ª colocação do Oeste deu de presente para a equipe a vantagem do mando de jogo, com os dois primeiros duelos contra o Golden State Warriors em casa.

A equipe deu sentido à esperança simbolizada pelo laser ao vencer as duas partidas sobre o atual campeão da liga na primeira rodada dos playoffs.

Nos últimos segundos do jogo de sábado (16), Stephen Curry errou o arremesso que poderia empatar o placar sob os gritos de “light the beam” da torcida e perdeu a chance de levar o duelo para a prorrogação. Os Kings venceram por 126 a 123, e o laser foi aceso pela primeira vez nos playoffs.

Na segunda-feira (17), com a segunda vitória na série, Fox fez as honras e apertou o botão gigante da arena, para a alegria dos fãs, que estavam mais eufóricos do que nunca.

Mesmo com o Jogo 3 fora de casa nesta quinta-feira (20), é esperado que torcedores se reúnam ao redor do Golden 1 Center para acompanhar a partida na esperança de ver a luz roxa mais uma vez.

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