Kyrie Irving não está nada satisfeito. Essa, no entanto, não é uma afirmação sobre o seu desempenho recente do Dallas Mavericks. Em uma live na Twitch, nesta quinta-feira (9), o armador abriu o jogo e desabafou livremente por mais de uma hora para quem quisesse ouvir suas opiniões sobre basquete, racismo e outros temas.
Algumas horas depois do retorno ao Texas, na sequência de uma derrota para o New Orleans Pelicans, Irving decidiu abrir uma transmissão em seu canal para conversar com os seguidores, sem a presença de repórteres ou convidados.
“How am I free if I know kids are still working in the cobalt mines in the Congo, making Teslas”
— Kyrie Irving on Twitch pic.twitter.com/dFMTSbJGLb
— New York Basketball (@NBA_NewYork) March 9, 2023
Irving sempre em polêmicas
O astro, sempre lembrado pelo envolvimento em polêmicas recentes — como o fato de não ter se vacinado contra a Covid-19 e acreditar que a Terra é plana — demonstrou incômodo com as críticas recebidas nos últimos anos de sua carreira, especialmente pelas saídas conturbadas de Brooklyn, Boston e Cleveland.
— Você pode pensar que eu sou o câncer no vestiário, como se o basquete fosse um esporte individual no qual uma pessoa deve levar toda a culpa. Há 15 caras em um time, e eu sou o câncer? É assim que é retratado.
Boa parte das reclamações na live vieram da discordância sobre sua imagem perante a liga. Para muitos torcedores e especialistas, Kyrie é visto como uma figura problemática. Ele não concorda com essa análise.
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— Você me vê na quadra por três horas e acha que sabe quem eu sou. Como se as outras 21 horas do dia não existissem depois disso.
Kyrie Irving chegou no começo de fevereiro ao Dallas Mavericks. Foto: Reprodução/Twitter @dallasmavs
Nos Mavericks desde fevereiro, quando foi trocado pelos Nets, Kyrie Irving está em sua quarta equipe na NBA. No monólogo desta quinta-feira, ele também destacou que não se sente verdadeiramente livre.
Para explicar seu posicionamento, o armador teceu fortes críticas, não só a seus detratores, mas também à desigualdade racial.
— Como eu posso ser livre quando sei que meu povo não é livre na África? E meu povo indígena não é livre na Austrália? Como eu posso ser livre se eu sei que crianças ainda estão trabalhando nas minas de cobalto no Congo, fazendo Teslas? — questionou, mencionando a empresa automotiva de Elon Musk.