NBA: como a filha de DeRozan ‘ajudou’ o Chicago Bulls no play-in de 2023?

Paola Zanon | 17/04/2024 - 08:00

Mesmo tendo DeMar Derozan em seu elenco, o Chicago Bulls não fez uma das melhores temporadas da Conferência Leste e mais uma vez terá que disputar o play-in para conseguir uma vaga nos playoffs da temporada 2023-24 da NBA.

O antigo time de Michael Jordan irá brigar pela oitava colocação da tabela; o primeiro jogo será nesta quarta-feira (17), contra o Atlanta Hawks. Se vencer, a equipe ainda terá que passar pelo perdedor do confronto entre Miami Heat e Philadelphia 76ers para se classificar.

No ano passado, quando os Bulls estavam na mesma situação, a pequena Diar, filha de DeRozan, teve uma participação memorável no primeiro jogo de repescagem que a franquia disputou, contra o Toronto Raptors.

A garotinha, então com nove anos de idade, acompanhou o pai na viagem ao Canadá e ficou nas primeiras fileiras para torcer pela classificação dos Bulls, mas durante o jogo, ela fez bem mais do que isso.

Cada vez que um jogador dos Raptors ia para a linha de lance livre, era possível ouvir alguém gritar muito alto. Em poucos minutos, as câmeras de transmissão do jogo localizaram a origem: era a filha de DeRozan. O próprio DeMar só foi descobrir que Diar era a dona dos gritos na hora do intervalo.

Continuei ouvindo algo durante o jogo nos lances livres. Alguém errou, e olhei para trás e pensei: ‘Droga, essa é a minha filha gritando?’—, declarou ele, durante a entrevista coletiva após a partida.

A estratégia da criança funcionou; a franquia canadense teve um aproveitamento de apenas 50% nos arremessos livres; os jogadores erraram 18 em 36 tentativas. Os Bulls venceram por quatro pontos de diferença e avançaram para o segundo jogo do play-in.

Filha de DeRozan virou estrela da NBA

Após a vitória dos Bulls, Diar DeRozan rapidamente virou uma estrela entre os fãs da NBA. A repercussão dos gritos da garotinha foi tanta, que o Miami Heat, que iria enfrentar o time de Chicago no segundo jogo de play-in, até brincou com a situação e colocou uma placa de “proibido gritar” nas arquibancadas do Kaseya Center.

Para a tristeza dos fãs —e alívio do Miami—, DeRozan informou que a pequena não o acompanharia na partida, já que precisava ir à escola. A United Airlines chegou até oferecer um voo de graça para a pequena após a aula, mas o jogador não autorizou a ida dela.

Diar acabou fazendo falta para os Bulls, que perderam para o Heat nos últimos três minutos da partida e acabaram eliminados da pós-temporada.

Em janeiro deste ano, DeMar relembrou a atuação de sua filha no play-in e revelou que ela chegou a implorar para acompanhá-lo na partida contra os Raptors. A princípio, a resposta havia sido “não”, mas o jogador acabou cedendo.

— No meio do jogo, eu nem sabia que era ela gritando, até O. G. [Anunoby] me falar: ‘Mano, fala para a sua filha me deixar em paz’, ele tinha perdido alguns lances livres. E eu não sabia o que ela estava fazendo. E na falta seguinte, eu ouvi. No segundo tempo, eu ouvi ela gritando toda vez—, contou ele.

O ala-pivô admitiu que achou muito divertida a estratégia de Diar e contou que, até hoje, as pessoas dizem a ele que amam a garotinha.

— Ela com certeza ficou se achando depois desse jogo—, afirmou.

DeMar DeRozan ainda não revelou se irá levar a filha, agora com 10 anos, para o jogo contra o Atlanta Hawks na noite desta quarta-feira, em Chicago.

Escrito por Paola Zanon
Paola Zanon é jornalista formada pela Cásper Líbero, repórter e redatora com passagens pelo Notícias da TV, R7 e UOL Esporte. A carreira no jornalismo esportivo começou com a cobertura dos Jogos Pan-Americanos de 2019 pelo R7 até chegar ao Quinto Quarto em fevereiro de 2023. São-paulina de coração e apaixonada por basquete, futebol e viagens.