Infelizmente o assunto que dominou a MLB nesta semana não foi nenhuma jogada espetacular, muito menos uma atuação dominante. O acontecimento que mais rendeu comentários e análises acerca da MLB foi o caso Michael Pineda. O arremessador do New York Yankees entrou em campo com uma substância ilegal no seu pescoço. Pine tar, uma espécie de resina extraida do pinheiro e que melhora, consideravelmente, a aderência entre a bola e a a mão do arremessador, proporcionando mais firmeza ao apertar a bola.
Segundo as regras da MLB, “é proibido o uso de qualquer substância estranha no manejo da bolinha”. Dentre as tais substâncias ilegais, o pine tar é o mais comum, porém não é o único. Protetor solar e vaselina possuem um histórico imenso dentro da liga, sem falar no própio suor dos atletas que misturado com a terra do montinho forma uma lama pegajosa ideal para dar firmeza nos arremessos.
Pineda infringiu a regra e foi expulso de campo pelo ábitro principal. Quem “dedurou” Pineda foi o manager do Boston Red Sox, John Farrell, que apenas indicou algo que todos estavam enxergando. O arremessador dos Yankees exagerou, passou dos limites, era visível uma camada de pine tar em seu pescoço. Em sua defesa, Pineda alegou que a noite estava fria e que o pine tar ajudaria em um melhor contato com a bolinha.
Pineda não mentiu. Realmente a noite em Boston estava fria, prejudicando o contato da bola com a mão. Os grandes erros de Pineda foram o local escolhido e a quantidade escolhida de pine tar. Tanto é que ninguém de dentro da MLB se espantou com o uso da substância. A grande surpresa ficou por causa do descuido de Pineda, que deveria ter sido mais cauteloso. E por que isso? Ora, porque todos que convivem com o baseball diariamente sabem que o uso de qualquer substância na bolinha é comum. E mais que isso, o pine tar, assim como outras substâncias não interferem na qualidade e eficiência dos arremessos.
Pineda não foi o primeiro, muito menos o último. Todavia, todos sabem que isso é ilegal e que pode acarretar em suspensão do atleta. O grande problema está na direção da MLB. Os mandatários da liga fecham os olhos para essa questão, se encolhem por trás da regra, sem discuti-la, sem revisá-la, sem ao menos buscar um melhor entendimento e um diálogo com os jogadores, que também são hipócritas, só pensam no seu desempenho individual e são os primeiros a denunciar seus companheiros “fora da lei”. E com isso a hipocrisia reina no melhor baseball do mundo. Michael Pineda é o bode expiatório da vez.