Com os anúncios recentes de ambos, a imprensa americana tem analisado qual seria o retorno mais perigoso entre Conor McGregor e Jon Jones. Fato é que ambos têm alguns pontos a perder com esse retorno, mas a dúvida é: quem perde mais?
Confira agora alguns possíveis cenários para esses dois marcantes ex-campeões do UFC.
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Conor McGregor ou Jon Jones: quem corre mais riscos no retorno ao UFC?
Obviamente que em condições distintas, mas ambos estão de volta. O UFC parece que decidiu congelar algumas lendas para quando precisar de mais audiência. Brincadeiras a parte, fato é que são cenários diferentes.
Enquanto Jon Jones disputará cinturão vago dos pesados com Ciryl Gane, Conor McGregor fará parte do reality show TUF, onde deve realizar luta de exibição com o outro técnico, Michael Chandler, no final desta 31ª edição. Em todo caso, ambos têm pontos a perder nesse retorno.
Conor McGregor x Jon Jones
Em relação a ser um astro, McGregor parece ter conquistado um palco difícil de quebrar, mesmo em possível derrota para Chandler. Afinal, o irlandês continua sendo assunto mesmo não lutando há mais de um ano e tendo perdido os cinturões bem antes disso.
O poder midiático de Jon Jones não está nas palavras como Conor. Jones tem seu cartel como canal de comunicação. Independente das opiniões, o americano perdeu oficialmente apenas um duelo. São 26 conquistas, uma derrota e uma luta sem resultado definitivo.
Bom lembrar que nessa vantagem midiática, o UFC lucrou bastante com McGregor. Rios de dinheiro em pay-per-view, graças a suas habilidades de provocar, carisma singular e entretenimento. Conor McGregor disse uma vez que queria fazer dinheiro, mas sabia que seria consequência de um bom trabalho. No caso de Jones, o dinheiro é o que menos importa nessa luta contra Gane.
Caso perca para o francês, acumula mais uma derrota no cartel e deixa em aberto se realmente é o maior de todos os tempos. Bones prometia essa mudança de categoria há praticamente uma década e somente agora está cumprindo isso.
Em caso de vitória o americano pode elevar seu nome no olímpio dos deuses do MMA, pois numa breve análise, Jones nunca teve uma derrota ou luta que tivesse pífia exibição. Seu maior adversário sempre foi si próprio. Ademais, as suspensões totalmente evitáveis enquanto campeão absoluto e no auge da forma física.
Conor McGregor
Conor não está no seu auge há mais de seis anos. Entre lesões e pausas para exibições como a realizada contra Floyd Mayweather, o irlandês nunca mais entregou as exibições que marcaram seu nome no octógono. A língua continua afiada, mas as performances caíram muito.
Na verdade, isto tem sido até alvo de debates nos Estados Unidos. Pois colocando em perspectiva que Conor alcançou o topo em 2016 com dois cinturões simultâneos e depois não manteve o reinado por tanto tempo, sua relevância no jogo passou a ser discutida.
A relevância existe, mas o que a imprensa americana tem comentado é o quão grande de fato é Conor, pois José Aldo permaneceu no topo por 10 anos. Alexander Volkanovski tem se provado um formidável nome na história dos penas também.
Em outras palavras, ser constante em uma divisão como esses nomes ou mesmo nas duas que havia mantido por um instante trazem dilemas sobre quão perigoso e bom lutador McGregor seria na frente de outras lendas.
Jon Jones
Para resumir, Jon Jones é o que tem mais a perder nesse retorno. Jon é como se fosse o filho querido do UFC. Após anos sem lutar, volta a organização para realizar uma disputa de cinturão?
É compreensível que era o campeão dos meio-pesados e renunciou por vontade própria, mas sua escolha envolve muito o nome Jon Jones. Mérito de seu legado, porém não justifica esse skip na fila de contenders nos pesados.
McGregor pode não ter elevado seu nome especialmente contra Khabib Nurmagomedov, mas seu legado não deve ser ameaçado por isso, muito menos com Chandler. Conor é o primeiro campeão de duas divisões simultâneas na história da organização, isso é muito relevante. Em caso de derrota, McGregor apenas perde a chance de ser maior.
Para Jones a derrota é embaraçosa, pois seu lugar nesta disputa de cinturão já era questionada. Dentro disso, diversos comentários do próprio presidente do UFC, Dana White, sobre “o maior de todos os tempos” está de volta em mais uma disputa de cinturão… Caso perca, Jon Jones perde um pouco em seu legado, mas o UFC em especial perde por toda a promoção baseada em seu nome invés de números atualmente sólidos.
Sem dúvidas que Jon Bones Jones segue num top 10 ou até top 3 dos maiores nomes do MMA, mas como quem tem mais a perder é o UFC caso o americano não brilhe, então, Jones supera hipótese de fracasso em disputa com McGregor.
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Foto destaque: Divulgação/The Sun