Sempre otimista, humilde e bem-humorado. Esse é Glover Teixeira, o mineiro que teve um sábado (30) inesquecível. Glovão, como é chamado pela sua legião de fãs, ganhou as redes sociais com a tag #TeamGlovão, chegando a ser um dos assuntos mais comentados do twitter no Brasil. Pois Glover não decepcionou os fãs e se tornou campeão peso-meio-pesado do Ultimate ao finalizar Jan Blachowicz no segundo round.
O duelo foi a luta principal do UFC 267, na Ilha da Luta, em Abu Dhabi (EAU). Com isso, o brasileiro se tornou o lutador mais velho a ser campeão pela primeira vez na era moderna do Ultimate. Porém, pra chegar onde chegou a caminhada de Glovão foi dura. O brasileiro precisou vencer cinco lutas consecutivas até conquistar a chance de desafiar o campeão. Glover já havia sido derrotado para Jon Jones em disputa de cinturão, mas acabou derrotado.
A caminhada de Glover até o grande sonho de se tornar campeão
Com a vitória sobre Jan Blachowicz, o brasileiro chegou a 40 lutas como profissional de MMA, tendo vencido 33 e sido derrotado em sete. Glover chegou ao UFC em maio de 2012 quando em sua estreia derrotou Kyle Kingsbury via finalização. Assim, conseguiu enfileirar cinco vitórias consecutivas até conquistar a chance de enfrentar Jon Jones, em abril de 2014. Glover acabou dominado pelo americano, e a derrota só veio por decisão dos juízes de forma unânime.
No UFC, Glover Teixeira fez um total de 21 lutas, com 16 vitórias e cinco derrotas. Após sua derrota mais recente contra Corey Anderson em julho de 2018, também por decisão unânime dos juízes, muitos passaram a duvidar de Glover. Em contrapartida, Glover sempre teve ao seu lado uma equipe muito unida e contou com o apoio da família pra dar a volta por cima. Assim, depois da grande performance que lhe rendeu o título do UFC, não há quem discuta mais a capacidade do brasileiro. Conquista muito celebrada entre os fãs. Glovão é inspiração.
A ENTREVISTA DO CAMPEÃO
Em entrevista concedida ao Canal Combate o brasileiro falou da emoção de chegar onde chegou e falou sonho realizado.
– Não tenho palavras pra descrever a minha felicidade. Tentando acalmar, mas é a meditação, pensar na positividade da vida, na espiritualidade das coisas e sempre acreditar no positivo. Sugar as coisas positivas. E treinar pra c***, que foi o que fiz, treino muito, sou bom pra caramba e está provado que o meu jiu-jítsu é o melhor do mundo. Eu tenho que olhar aqui (o cinturão). Vou deixar alguém segurar pra ficar olhando, em mim só estou sentindo o peso (risos). Mas é bom demais, um sonho de 20 anos de quando vi a primeira fita do Royce Gracie. Falei: “Vou treinar pra ser campeão mundial”. Entrei na academia pra ser campeão do UFC, foram 20 anos de batalha, tivemos altos e baixos e agora é isso aí – afirmou Glover, ao Combate.com.
Por fim, além de celebrar o título meio-pesado do UFC, Glover Teixeira tem outro motivo para comemorar. O brasileiro garantiu o bônus de performance da noite e embolsou R$ 280 mil.
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