UFC 301: Pantoja comemora vitória, provoca Botafogo e elogia Steve Erceg

Matheus Costa | 05/05/2024 - 17:17

O sonho de Alexandre Pantoja foi realizado no último sábado (04). Em sua primeira luta no Brasil pelo UFC, o campeão peso mosca defendeu seu cinturão com sucesso ao superar Steve Erceg por decisão unânime na luta principal do UFC 301. Tudo isso no Rio de Janeiro, diante de sua família e seus amigos.

Durante a coletiva de imprensa logo após o UFC 301, o campeão comemorou um grande momento da semana: a ‘bênção’ de Zico, ídolo do Flamengo, que recebeu os rubro-negros Pantoja e José Aldo durante a semana. Tudo isso enquanto o Botafogo abraçou a causa de Steve Erceg e presenteou o australiano com uma camisa do clube para atiçar a rivalidade entre as equipes. Alexandre comemorou a vitória e, claro, ainda provocou o clube rival novamente.

– Quem recebeu a bênção do Zico, recebeu e ganhou, né? Tanto eu, como o Aldo. O chororô ficou para os outros (Botafogo), né? Que noite, que noite incrível. Muito feliz em poder proporcionar essa noite para todo mundo. Não desmerecendo o Erceg, todo mundo viu o lutador duro que ele é, mas eu realmente achei que eu poderia terminar essa luta no primeiro round. Eu vi ele sentindo minha mão, mas quando o cara vem lutar pelo cinturão dentro do UFC, ele vem para matar ou morrer. Ainda mais nessa divisão peso-mosca, são lutadores muito talentosos. O Erceg é um cara que nem todo mundo conhece, mas acho que depois dessa luta o pessoal vai levar ele um pouco mais a sério. É um cara que bate muito duro e muito resiliente. -, afirmou na coletiva do UFC 301.

A luta teve um momento chave no terceiro round quando Erceg acabou atingindo Pantoja com uma dura cotovelada, que abriu um corte profundo no supercílio do campeão. No entanto, o brasileiro conseguiu estancar o sangramento com o próprio dedo durante o confronto e levou a luta ao chão. Ele falou sobre isso na coletiva, admitiu naturalidade com a adversidade e elogiou o oponente, afirmando que Erceg irá mostrar seu valor daqui em diante para o restante da categoria dos moscas.

– Eu acho que só quando permitirem alguém entrar com arma no octógono que alguém vai me matar ali (risos). Enquanto eu estiver em pé, com energia, posso sair cortado e machucado, mas vou continuar lutando. Principalmente por estar no Rio de Janeiro, eu quis representar e eu não poderia sair daqui sem a vitória. Sem sombra de dúvida, uma cotovelada pega mas a gente está pronto pra isso. No momento que ele me deu a cotovelada, eu mesmo tentei estancar o sangue com a minha mão porque as vezes abre e é normal, mas faz parte do serviço. Eu fico muito feliz como a luta ocorreu. Eu esperava encerrar a luta mais rápido, mas o australiano é realmente muito duro, é um garoto que vai ser muito experimentado nessa categoria e vai mostrar o valor dele -, analisou.

UFC 301: Pantoja mira Sean O’Malley no peso galo e revela ‘sonho’ de enfrentar lenda do peso mosca

O campeão deixou bem claro que seu plano para o momento após o UFC 301 é descansar. Aproveitando a estadia no Rio de Janeiro, ele afirmou que levará sua família para Arraial do Cabo, sua cidade natal no estado carioca, e para recarregar as energias e curtir o momento da grande vitória de sua carreira.

No entanto, Pantoja revelou alguns objetivos para o seu futuro. Na era das super lutas entre lutadores de categorias diferentes, o campeão afirmou que subiria ao peso galo somente para enfrentar seu desafeto Sean O’Malley, atual campeão da divisão. Além disso, o carioca também revelou um grande sonho de sua carreira: enfrentar Demetrious Johnson, maior campeão da história do peso mosca e um dos melhores lutadores da história do UFC.

– Eu tenho uma divisão para defender, muito difícil para defender. Eu só subiria se for para lutar com o O’Malley, e se for outro campeão na categoria de cima, não me interessa. Eu só tenho vontade de subir para enfrentar o O’Malley. É um cara que falou besteira de mim, eu já bati nele uma vez e posso bater de novo. (Enfrentar o Demetrious Johnson) seria uma honra para mim. O único sonho que eu tenho é de lutar com um cara desse. Pra mim, é um dos maiores nomes da história do UFC. Seria um sonho lutar com esse cara. É um grande desejo que eu tenho -, encerrou após o UFC 301.

Escrito por Matheus Costa
Matheus Costa é jornalista, repórter e redator com passagens por MMA Brasil, LANCE!, O Dia, Yahoo! e outros. Sua carreira no jornalismo iniciou na cobertura do MMA, depois se expandindo para a cobertura do futebol e dos bastidores de televisão esportiva brasileira. Já cobriu in loco eventos de MMA, futebol, basquete e jiu-jítsu.