Depois de meses de negociações, uma das principais notícias do mundo do MMA nos últimos anos foi oficializada. Nesta segunda-feira (20), a PFL anunciou oficialmente a compra da organização rival Bellator MMA, conforme dito pelo seu fundador Donn Davis através de um comunicado à imprensa.
Sem revelar dados sobre o valor da transação ou algo sobre a parte financeira, Davis afirmou que a PFL irá promover um “super evento” entre campeões das duas organizações para 2024. Além disso, o executivo também afirmou que o Bellator seguirá em operação de uma forma diferente como “Bellator International Champions Series”, promovendo eventos internacionais durante o ano de 2024.
– A PFL agora é uma força global no MMA. Nossa aquisição do Bellator aumenta a força da missão da PFL em inovar o esporte para se tornar o co-líder da indústria. A combinação dos plantéis da PFL e do Bellator vão criar algo único no MMA. Mal podemos por esperar para entregar aos fãs de MMA o que eles sempre pediram – um mega evento entre os campeões da PFL contra os campeões do Bellator -, afirmou Donn Davis.
VEJA TAMBÉM:
+ UFC Vegas 82: Allen vs. Craig – Resultados
++ UFC Vegas 82: Brasileiro sofre nocaute brutal
Como será o novo formato da PFL?
De acordo com o comunicado, o Bellator seguirá em funcionamento como uma das cinco franquias de eventos de MMA da PFL ao redor do mundo. No entanto, a PFL seguirá tendo apenas seis categorias de peso, segundo Davis confirmou à “TSN”: peso pena feminino, peso pena masculino, peso leve, peso meio-médio, peso meio-pesado e peso pesado.
Isso indica que categorias tradicionais, como o peso mosca feminino, o peso galo e o peso médio, não farão parte da organização matriz. Logo, nomes como Patchy Mix, Liz Carmouche e Johnny Eblen, campeões das respectivas categorias no Bellator e estrelas da organização, terão que competir na nova franquia de eventos internacionais. Essa, sim, terá todas as categorias de peso do MMA. A ideia é que 50% do plantel do Bellator seja movido para a PFL e 50% permaneça no Bellator Champions Series.
De acordo com o comunicado à imprensa, a intenção é que maiores detalhes da organização, como transmissão e informações sobre os eventos da marca Bellator, sejam fornecidos ao público nas próximas semanas.
New MMA Global Powerhouse@PFLMMA acquires @Bellator
Our Fighter Roster Equal To UFC – Both 30% Top 25 World Ranked FIghters
PFL Launch Reimagined Bellator – Bellator International Champions Series
Mega-Event For Fans In 2024 – PFL Champs vs. Bellator Champs pic.twitter.com/Ma4YUl4AUi
— Donn Davis (@DonnDavisPFL) November 20, 2023
A história do Bellator antes da PFL
Fundado em 2008 por Bjorn Rebney, o Bellator nasceu com a ideia de promover torneios entre as suas respectivas categorias, ideia que é seguida pela PFL na atualidade. Por muitos anos, a organização se manteve firme e forte como a segunda maior no mundo do MMA, rivalizando com o UFC. Em 2011, a empresa foi vendida para a Viacom, empesa do ramo televisivo.
Em 2014, devido aos resultados ruins e a queda de prestígio da organização perante ao esporte, a Viacom decidiu demitir Bjorn Rebney e anunciou a chegada de Scott Coker, fundador do extinto Strikeforce que foi vendido ao UFC. Coker trocou o formato da empresa, deixando de lado o formato de torneios de temporadas para um formato mais tradicional. Em 2018, ele promoveu o retorno de torneios, sob a alcunha de grand prix, em cada categoria de peso.
𝙏𝙝𝙚 𝙉𝙚𝙬 𝙀𝙧𝙖 𝙤𝙛 𝙈𝙈𝘼
Here's what you need to know about the reimagined Bellator product coming in 2024. pic.twitter.com/diad25fdyk
— Bellator MMA (@BellatorMMA) November 20, 2023
Para elevar a popularidade da marca do Bellator, Coker assinou com diversos veteranos de renome do esporte para competir na organização. Nomes como Royce Gracie, Fedor Emelianenko, Ken Shamrock, Tito Ortiz, Wanderlei Silva e Chael Sonnen. Anos depois, a organização decidiu focar no desenvolvimento de jovens talentos, como AJ McKee e Patchy Mix.
De acordo com Donn Davis, Scott Coker e toda o staff do Bellator foram convidados para permanecer na gestão da marca da organização para o futuro e suas continuidades dependem apenas deles mesmo. Além disso, a Paramount, que havia comprado o evento da Viacom, permanecerá como dona minoritária dos direitos da organização.