O policial militar Henrique Otávio Oliveira Velozo, réu no caso do assassinato de Leandro Lo, que aconteceu em agosto do ano passado, poderá ir a júri popular após a audiência marcada para esta terça-feira (23) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
O PM está detido desde a época do crime e se tornou réu após a Justiça aceitar a denúncia do Ministério Público por homicídio qualificado; a pena pode variar entre 12 a 30 anos.
Nesta tarde, Velozo será ouvido no TJ-SP e, após a audiência, será decidido se o policial acusado vai a júri popular ou não, podendo recorrer da decisão. Uma nova audiência acontecerá apenas após o fim do recurso.
A Justiça de São Paulo já ouviu alguns depoimentos sobre o caso em março deste ano e ainda receberá testemunhas de defesa e acusação na audiência de hoje.
Caso Leandro Lo
Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jítsu, foi morto aos 33 anos com um tiro na cabeça no dia 7 de agosto de 2022. O assassinato aconteceu dentro do Clube Sírio, em Indianópolis, bairro da Zona Sul de São Paulo.
O PM Henrique Otávio Oliveira Velozo foi identificado como o autor do tiro. De acordo com os relatos das testemunhas, os dois entraram em uma discussão, na qual Velozo pegou uma garrafa de vidro para agredir Leandro.
Lo tirou a garrafa das mãos do policial e o imobilizou, e amigos do atleta separaram os dois no intuito de encerrar a discussão. Em seguida, o oficial pegou sua arma e efetuou o disparo.
O lutador chegou a ser socorrido e levado ao hospital com vida, mas teve a morte cerebral confirmada.