Um vídeo do lutador brasileiro Anderson Silva gerou polêmica às vésperas da primeira audiência sobre o assassinato do lutador de jiu-jitsu Leandro Lo, morto em agosto de 2022, em São Paulo.
O advogado Claudio Dalledone, amigo pessoal e que já trabalhou para Anderson Silva, atualmente defende o policial militar Henrique Otavio Vieira Velozo, acusado pelo assassinato e que está preso desde 7 de agosto. Nas redes sociais, Dalledone publicou um vídeo em que Spider supostamente estaria demonstrando apoio ao policial.
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À Revista Tatame, em parceria com o Canal do Marinho, Silva se pronunciou sobre o caso e negou qualquer tipo de manifestação em favor do agente acusado pelo crime. Segundo o ex-campeão do UFC, o vídeo foi editado e retirado de contexto.
— Eu não sei em qual contexto ele acabou usando esse vídeo. Em várias ocasiões, ele (Dalledone) me pediu alguma coisa (gravação de vídeos), mas nessa situação do Leandro não tem o que falar. Nunca defenderia o cara que assassinou o Leandro Lo. O Leandro foi assassinado covardemente .
No vídeo, que já foi deletado, Anderson Silva teria dito que o advogado deveria continuar a ‘fazer justiça’ e que uma história pode ‘ter dois lados’.
Apesar de confirmar a amizade com o advogado, o ídolo do MMA brasileiro se defendeu das críticas e afirmou que não deu nenhum apoio ao policial.
— Sou bem amigo do Dr. Claudio (Dalledone). Nós treinamos juntos e tenho até o costume de chamá-lo de ‘mestre Claudio Dalledone’. Ele se tornou um grande advogado, tenho um carinho muito grande — explicou. — Se o Dr. Claudio usou o vídeo assim, vejo que não é meu amigo.
Em nota enviada à Tatame, o advogado nega ter descontextualizado o vídeo.
O caso Leandro Lo

Octacampeão mundial de jiu-jitsu, Leandro Lo foi assassinado com um tiro na cabeça em um clube em São Paulo, durante um show, na madrugada de 7 de agosto.
Quem responde pela autoria do disparo é o policial militar Henrique Otavio Vieira Velozo, que estava de folga durante o show se entregou à Corregedoria no mesmo dia do crime e está preso desde então.
Segundo testemunhas, o caso começou com uma discussão. Leandro Lo teria imobilizado Velozo, que, depois de solto, sacou a arma e atirou contra o lutador.
Leandro Lo tinha 33 anos. A primeira audiência de instrução do caso está marcada para esta sexta-feira, 24 de março, no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital paulista.
Claudio Dalledone, advogado de Velozo, é conhecido por ter trabalhado em outros casos de grande repercussão no mundo esportivo.
Além de defender o próprio Spider, quando o lutador foi pego em exame antidoping no UFC 183, o profissional também atuou com o goleiro Bruno, condenado pelo assasinato da modelo Eliza Samudio, e no caso da morte do jogador de futebol Daniel, assassinado em 2018.