O Washington Redskins (que em um futuro próximo terá outro nome) é uma franquia peculiar, no pior sentido da palavra. Quando bolei o título deste texto, realmente quis dizer isso com todas as letras.
Desde que Daniel Snyder comprou a franquia, em 1999, e se tornou proprietário majoritário dos Redskins, esta organização é uma verdadeira bagunça, para dizer o mínimo.
Na noite desta quinta-feira (16), o jornal ‘Washington Post’ soltou a bomba que todos estavam aguardando deste a última quarta e publicou uma reportagem enorme na qual 15 mulheres que trabalharam nos Redskins acusam ex-funcionários de assédio sexual e agressão verbal.
Para quem quiser ler a reportagem original completa, em inglês, disponibilizamos um link no thread no Twitter oficial do Quinto Quarto. O ‘Washington Post’ exige assinatura para leitura de matérias, então o acesso pode ficar complicado para muitos.
E tá aí a BOMBA que todos esperavam em uma reportagem do Washington Post sobre um suposto escândalo envolvendo o Washington Redskins:
15 mulheres que trabalharam na franquia alegam assédio sexual por parte de ex-olheiros e membros do círculo próximo de Dan Snyder, dono do time. https://t.co/H1h9ITWZ8E
— Quinto Quarto (@quintoquartobr) July 16, 2020
Mas, sem focar apenas no conteúdo da reportagem em si, que é EXTREMAMENTE grave e merece gerar punições pesadas, estas acusações resumem bem o que representa o Washington Redskins. É uma franquia absolutamente disfuncional, dentro e fora de campo.
E Snyder tem papel central nisso.
Deixando de lado o nome da franquia, que sempre foi considerado de cunho racista por muitos e agora, em 2020, deve ser mudado, a organização de Washington D.C. parecia estar voltando aos trilhos.
Dwayne Haskins foi selecionado na primeira rodada do Draft NFL 2019 e com a segunda escolha geral do draft deste ano.
Tudo indo bem, certo? Não, isso nunca funciona com os Redskins.
Fundado por George Preston Marshall, em 1932, o Washington Redskins (Boston Braves/Boston Redskins de 1932 a 1936) faturou dois títulos da NFL (1937 e 1942) e foi seis vezes à decisão da liga em suas primeiras 14 temporadas de existência.
Marshall ficou no comando da organização até sua morte, em 1969, e o controle da organização passou para Jack Kent Cooke, que se tornou dono majoritário do time em 1974 e único dono em 1985. Nesta era, também houve sucesso em campo.
De 1971 a 1998, a equipe foi aos playoffs em 13 oportunidades e, sob a liderança do técnico Joe Gibbs, foram três títulos do Super Bowl (nas temporadas 1982, 1987 e 1991). Também houve dois vice-campeonatos (1972 e 1983).
Então, Dan Snyder chegou com US$ 800 milhões em 1999 e adquiriu a franquia de Kent Cooke.
O primeiro ano de Snyder teve ida aos playoffs (queda na rodada de divisão). Mas, de 2000 em diante, foram apenas quatro classificações à pós-temporada (e três quedas no wild card round). Com direito a duas campanhas pífias de 3-13 neste período, sendo a mais recente nesta temporada 2019.
Em resumo: os Redskins são uma péssima franquia esportiva e, agora, coisas graves também estão sendo reveladas fora das quatro linhas.
Snyder, sem dúvidas, é o pior dos proprietários de times da NFL na atualidade. Dono de uma mente retrógrada e um cara absolutamente sem noção, sua personalidade resume perfeitamente o modus operandi deste time que tem sido uma vergonha ano após ano.
A reportagem do ‘Washington Post’ é apenas mais um capítulo gravíssimo na série de podres que envolvem esta organização de ponta a ponta.
A era Dan Snyder pode, aos poucos, estar chegando ao fim. E, para o torcedor de uma equipe tão tradicional e vitoriosa historicamente, seria sem dúvidas o melhor desfecho de todos…