Efeito Brady: Sua volta torna os Bucs candidatos ao título?

Giovanni Aguiar | 11/07/2022 - 06:33

A última free agency foi conturbada. Várias mudanças realmente chocantes aconteceram nas franquias da NFL. Mas poucos torcedores choraram e sorriram em um espaço de tempo tão curto, quanto os do Tampa Bay Buccaneers. O que parecia iniciar um movimento de terra arrasada no time da Flórida, com a aposentadoria do multi campeão Tom Brady e aparente saída de alguns nomes de peso, como a dupla de recebedores Mike Evans e Chris Godwin, mudou drasticamente com o retorno do número 12 aos campos, para mais uma temporada.

Os números falam por si, o peso de um jogador como Tom Brady, com toda a experiência e uma carreira de sucesso, sem sombra de dúvidas abalam positivamente qualquer time. Mesmo assim, o quão forte o Tampa Bay pode ser esse ano com a volta de seu QB titular? Isso realmente põe o time no páreo para a disputa do tão desejado troféu Vinci Lombardi na temporada que se aproxima?

Os adversários

Ao observar os adversários da divisão, NFC sul, vemos que Tampa é favorito com certa tranquilidade:

New Orleans Saints, mesmo estando sendo uma pedra no sapato de Tom Brady e companhia na temporada regular, lida com problema de salary cap. Além da falta de um franchise quarterback. Aliás, passado um pouco mais de um ano da aposentadoria de Drew Brees.

Carolina Panthers tem 4 temporadas consecutivas com mais derrotas que vitórias. Com uma defesa até interessante mas um ataque que não produz e também sente falta de um qb de elite, tendo 4 jogadores diferentes nessa posição nos últimos 4 anos.

Atlanta Falcons parece não ter nenhum vislumbre de melhora. Depois de ter trocado seu quarterback Matt Ryan para os Colts, pouca coisa parece funcionar para Atlanta, que também acumula temporadas seguidas com mais derrotas que vitórias. Olhando os 6 jogos divisionais de Tampa, uma varrida não assustaria ninguém.

O calendário dos outros 11 jogos da temporada, não é o mais difícil da liga mas possui bons confrontos que vão realmente definir em que nível de competitividade Tampa está. Os jogos contra Green Bay Packers e Kansas City Chiefs são reedições da final de Conferência Nacional e Super Bowl de duas temporadas atrás. Inclusive, ano que os Bucs se sagraram campeões.

Além desses dois confrontos, que têm tudo para serem bons jogos, os duelos contra San Francisco 49ers, Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams, times que começam a temporada como candidatos a playoffs e até título, também são bons jogos para qualquer fã da bola oval.

O time com Tom Brady

Falando do time da Flórida em si, as possíveis perdas que viriam a acontecer junto com a saída de Tom Brady não aconteceram. O peso da volta do Brady fez com que as principais peças ofensivas ficassem para o que pode ser o último ano do que muitos dizem ser o melhor jogador de todos os tempos.

Esse é o principal fator que faz com que o Tampa Bay seja um time com quase nenhuma baixa nessa intertemporada. Salvo o Tight End Rob Gronkowski, que até o momento dessa matéria não tinha definido seu futuro. Mesmo assim, o time se reforçou na intertemporada com a aquisição do Shaq Mason, vindo dos Patriots. E buscou no Draft profundidade de elenco para se manter competitivo ao longo de toda a temporada, caso lesões venham a acontecer.

O que se pode concluir é que Tampa Bay tem totais condições de ser um time vitorioso nessa temporada. Com um ataque que todos conhecemos a capacidade, mesmo com a possível saída de seu Tight End principal. Além de uma defesa que é agressiva, tanto contra o jogo terrestre quanto o aéreo.

O principal questionamento seria o calendário, que pode ser considerado difícil para alguns. Mas se o time quiser, em fevereiro de 2023, levantar o troféu e se sagrar detentor de mais um anel, o que viria a ser o terceiro da franquia, tem que se provar bom o suficiente para isso. E esse jogos mostrarão até onde Tampa Bay poderá ir.

Foto destaque: Divulgação / Bucs Wire

Escrito por Giovanni Aguiar
Giovanni Aguiar, cursando Jornalismo na UFRB. Sou seteropolitano, apaixonado por esportes, e viciado na Bahia e no Bahêa.