Demorou muito, mas o novo contrato com Dak Prescott chegou na noite desta segunda-feira (8). O Dallas Cowboys anunciou de maneira oficial que chegou a um aperto de mãos com o camisa 4, mas não deu detalhes do acordo.
Porém, segundo Adam Schefter, da ‘ESPN’ norte-americana, o contrato é de quatro anos de duração, com valor total de US$160 milhões, sendo US$ 126 milhões garantidos. O bônus de assinatura é de US$ 66 milhões, o maior da história da National Football League.
Ainda segundo Schefter, a média salarial dos três primeiros anos de contrato é de US$ 42 milhões por temporada.
A franquia texana vai utilizar a franchise tag no QB nesta terça, em uma decisão meramente protocolar.
Se teve uma novela longa na NFL nos últimos anos em termos de contrato, foi essa. Mas, depois de três offseason de negociação e propostas rejeitadas, Prescott aceitou a oferta de Dallas neste ano.
E os Cowboys queriam ele mesmo, inclusive depois da lesão gravíssima sofrida nesta última temporada.
Na semana 5 da temporada 2020, contra o New York Giants, o signal caller sofreu uma fratura exposta e um deslocamento no tornozelo. A contusão severa jogou uma enorme sombra sobre seu status com os Cowboys. Mas, cinco meses mais tarde, Dallas fez questão de colocar no papel que Dak é o futuro do time.
E o presente também.
Depois de uma temporada 2019 muito boa em termos individuais, com 65,1% de passes completados para 4.902 jardas, 30 touchdowns e 11 interceptações, Prescott estava em ritmo de ter mais um ano muito bom em 2020.
Em cinco partidas como titular, o QB acertou 68% de seus passes para 1.856 jardas, nove touchdowns e quatro interceptações. Mas… então veio a lesão.
E o ataque de Dallas teve uma queda de produtividade abruptamente. Com o jogador no DM, o time anotou apenas um TD nos três jogos seguintes. Andy Dalton não estava jogando bem e o fundo do poço foi quando o nosso cantineiro Ben DiNucci, draftado na sétima rodada em 2020, precisou jogar. Ele chegou até a ser titular na semana 8 e acertou 21 passes de 40 para 180 jardas na derrota por 23 a 9 para o Philadelphia Eagles.
Tudo bem que, depois do bye na semana 10, Dalton melhorou muito e ajudou o Cowboys a vencerem quatro jogos dos últimos sete. Mas, se alguém ainda duvidava do valor de Prescott para o ataque do time, ficou claro que não há motivo para questionar.
Em cinco temporadas com a camisa dos Cowboys, desde que o time o selecionou na quarta rodada do Draft NFL 2016, ele somou sete jogos com 400 ou mais jardas de passe, recorde da história do time, e 24 TDs corridos, recorde por um QB da organização.
Ele também está em segundo, atrás apenas de Tony Romo, em quantidade de jogos com 300 ou mais jardas de passe, com 15 ao todo. Além disso, Prescott comandou 15 campanhas da vitória na reta final.
Dak Prescott soma 42 vitórias e 27 derrotas com a camisa dos Cowboys, com 17.634 jardas aéreas e 106 passes para TD, além de 40 interceptações sofridas.
Agora, Prescott quer se provar mais uma vez, sobretudo depois de uma lesão grave. E, desta vez, ele precisará se provar como um QB de US$40 milhões por temporada. Afinal, a zona de conforto do QB mal pago que rende muito acaba de ficar para trás.