A famosa frase “foguete não tem ré” faz cada vez mais sentindo na NBA. A vitória do Houston Rockets por 101 a 100, contra o Utah Jazz, no Delta Center, em Utah, na última sexta-feira (29), colocou a franquia do Texas como uma das principais candidatas a uma das concorridas vagas nos playoffs da Conferência Oeste. O resultado ainda garantiu um recorde na atual temporada que apenas o Boston Celtics conseguiu alcançar: 11 vitórias seguidas.
Na décima primeira colocação e uma sequência de dar inveja, os Rockets perderam apenas um jogo em março, somando 13 vitórias e penas uma derrota, ainda no início do mês, contra o Los Angeles Clippers. A essa altura da temporada, esses números deixam a franquia do Texas em uma posição de privilegiada. Embora ainda não esteja na zona de play-in, o time agora está mais perto do que nunca da classificação, a apenas uma vitória de entrar na zona classificatória, restando apenas nove jogos para o fim da temporada regular.
E o principal “alvo” dos Rockets é o Golden State Warriors, primeiro time dentro da zona de play-in, que tem convivido com altos e baixos nos últimos jogos. Dos duelos que ainda restam, três deles são contra times que brigam pelos mesmos objetivos da franquia: Dallas Mavericks, duas vezes, e Golden State Warriors. O jogo contra a equipe de San Francisco, inclusive, vem carregado de uma rivalidade que surgiu nos últimos dias.
Juventude e experiência: o que faz dos Rockets um candidato aos playoffs
Quando uma franquia dispara em uma sequência positiva na temporada, é normal que todo mundo tente entender o porquê desse desempenho, muitas vezes, acima do esperado. E no caso dos Rockets, o principal responsável por esse feito, certamente, é o jovem armador Jalen Green, de 22 anos. Na impressionante sequência de 13 vitórias em 14 jogos do mês, o camisa 4 apareceu como o grande nome da franquia. Selecionado pelos Rockets como a segunda escolha geral Draft de 2021, Jalen aparece com uma média de quase 30 pontos por jogo na sequência, e 42% nos aproveitamentos nas bolas do perímetro.
Mas nem só de Jalen Green vivem os Rockets. O conjunto montado pelo técnico Ime Udoka, com Fred VanVleet, Jabari Smith Jr., Dillon Brooks e Amen Thompson, traz uma mistura de experiência e juventude que tem dado certo nessa parte final da temporada. Aos 30 anos, o armador VanVleet e o ala Dillon Brooks têm sido o principal ponto de equilíbrio lotado de jovens talentos.
Embora não tenha números que chamem a atenção à primeira vista, o ala Dillon Brooks é também é peça fundamental na equipe. Com 10.6 pontos de média na sequência, o jogador também é um dos líderes defensivos da equipe, além de um ótimo “trash talker”. Provocador nato, Dillon costuma dar trabalho aos adversários que pensam em pontuar com a sua marcação.
VanVleet, por sua vez, é um dos que mais pontuam nos jogos, com médias de quase 20 pontos nesta sequência positiva. Na vitória maiúscula contra Utah, por exemplo, anotou 34 pontos. Mas o seu papel principal na equipe é ser quase um regente. Líder de assistência da equipe, VanVleet é o sétimo colocado geral da NBA na temporada, com médias de oito assistências por jogo. Em março, esse número ainda aumentou para 9.
Fator que contribuiu até para o novato Amen Thompson garantir os seus números e a sua contribuição para a sequência de 11 vitórias da equipe. Com sete jogos somando mais de 15 pontos, sendo três deles na casa dos 20, o pivô contribuiu com 13 pontos de média no período.
Provocação aos Warrios acirra disputa nos últimos jogos da temporada da NBA
Depois da impressionante vitória contra o Oklahoma City Thunder, até então líder da Conferênia Oeste, na última quarta-feira (27), por 136 a 126, na prorrogação, jogando fora de casa, o ala Tari Eason, aproveitou o resultado para provocar os Warriors, principal adversário da equipe na briga por uma das vagas no play-in.
Após o jogo, Eason, que não entra em quadra desde a vitória contra os Pistons, no dia primeiro de janeiro, depois da cirurgia para a retirada de um tumor benigno na canela esquerda, “recriou” uma famosa cena do filme “The Warriors”, de 1979 (“Warriors – Os Selvagens da Noite“, no Brasil).
Warriors, venham jogar…
A provocação, é claro, chamou a atenção de Draymond Green, conhecido por ser um dos jogadores que mais gostam do famoso trash talk. Em um episódio do seu podcast, o defensor do Golden State Warriors não deixou barato respondeu o rival.
— Fiquei surpreso porque ele não joga desde o dia primeiro de janeiro. É meio complicado gritar ‘venha jogar’ quando você não vai jogar. Coloca muita pressão nos seus companheiros e você não pode ir ajudar eles — provocou Draymound Green.
Bom, o fato é que, independente de provocações, Houston Rockets e Golden State Warriors se enfrentam na próxima quinta-feira, 4 de abril, em um duelo que, possivelmente, pode definir quem garante uma vaga no play-in e quem fica para trás na Conferência Oeste.
Próximos jogos do Houston Rockets na NBA:
- Rockets x Mavericks – domingo (31), às 20h;
- Timberwolves x Rockets – terça-feira (2), às 21h;
- Rockets x Warriors – quinta-feira (4), às 21h;
- Rockets x Heat – sexta-feira (5), às 21h;
- Mavericks x Rockets – domingo (7), às 16h30;
- Rockets x Magics – terça-feira (9), às 21h;
- Jazz x Rockets – quinta-feira (11), às 22h;
- Blazers x Rokets – sexta-feira (12), às 23h;
- Clippers x Rockets – domingo (14), às 16h30)