Após quase cinco anos de espera, a torcida do New Orleans Pelicans está prestes de ver Zion Williamson em quadra nos Playoffs pela primeira vez. Em sua quinta temporada como profissional, o ala-pivô parece ter finalmente se livrado das lesões que o perseguem desde os tempos de Duke. Se participar de ao menos três dos quatro jogos da equipe nesta semana, quebrará sua melhor marca pessoal, de 2021-22, quando esteve presente em 59 rodadas.
Com apenas 12 partidas pela frente no calendário, os Pelicans ocupam hoje a quinta posição na Conferência Oeste, uma vitória e meia atrás do quarto Los Angeles Clippers, e dois à frente do Phoenix Suns, que está em sétimo. A última vez que a franquia conseguiu a classificação de forma direta, sem depender do Play-in, foi em 2018, com elenco que ainda contava com nomes como Anthony Davis, Jrue Holiday, Rajon Rondo e DeMarcus Cousins, que rompeu o tendão de Aquiles naquele mesmo ano.
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Por que Zion deve estar nos Playoffs
Se não existe fórmula mágica para garantir que o corpo de Zion Williamson continuará aguentando a alta exigência, ao menos o time de New Orleans pode ficar tranquilo de tem feito o possível. E isso vai além dos cuidados no dia a dia de treinos e chega também na maneira como o técnico Willie Green vem utilizando o jovem atleta de 23 anos.
Para ter Zion o ano inteiro, os Pelicans entenderam que era preciso diminuir sua importância. É por conta disso que alguns dos seus números são os mais discretos desde que chegou à NBA, mesmo com boa fase individual e da equipe. Nas 59 partidas que já disputou até aqui, ele teve médias de 22.3 pontos e 5.8 rebotes – em sua temporada de novato, por exemplo, acabou com 22.5 e 6.3 nestas mesmas categorias.
Uma estatística mais complexa que ajuda a entender um pouco da situação é a de Usage Rate, que indica qual a porcentagem de posses da equipe que termina com o jogador enquanto ele está em quadra. Para isso, são considerados lances em que um atleta arremessa, perde a bola ou sofre a falta para ir à linha de lance-livre. Em 2024, Zion Williamson registra seu menor Usage Rate, com 29%. Curiosamente, o segundo menor, 29.6%, foi em 2020-21, quando conseguiu seu recorde tanto de jogos realizados (62) quanto de médias de pontos e rebotes (27.0 e 7.2).
Parte disso se construiu em cima da ausência de Zion, que depois de perder toda a temporada 2021-22 esteve em somente 29 partidas no ano passado. Além de Brandon Ingram (20.9), já afirmado no elenco, nomes como CJ McCollum (18.5) e Trey Murphy (14.1) ajudam a aliviar o peso sobre o astro.
Zion precisará brilhar na reta final
Se até aqui o elenco deu conta, talvez a reta final precise ser dominada por Zion. Isso porque Brandon Ingram teve uma lesão no joelho esquerdo e deve ficar fora por pelo menos duas semanas, segundo informou a franquia. Já foram duas partidas sem o All-Star de 2020, derrota para Orlando Magic e vitória sobre Miami Heat, ambas fora de casa. Contra o Heat, apesar do resultado, Zion teve apenas quatro pontos anotados e viu CJ McCollum comandar o show com 30 pontos.
Esta noite os Pelicans voltam à quadra para enfrentar o Detroit Pistons, dono da pior campanha da NBA. Depois, engata uma sequência onde enfrentará três adversários que estão no topo: Oklahoma City Thunder, Milwaukee Bucks e Boston Celtics. Sem Ingram, caberá ao ex-Duke assumir o protagonismo nos próximos dias para garantir a classificação direta aos Playoffs.
Próximos jogos do New Orleans Pelicans
24/3: Detroit Pistons (fora)
26/3: OKC Thunder (casa)
28/3: Milwaukee Bucks (fora)
30/3: Boston Celtics (casa)
01/4: Phoenix Suns (casa)
03/4: Orlando Magic (casa)