As esperanças de manter um atleta brasileiro na NBA foram renovadas com a seleção de Gui Santos pelo Golden State Warriors no Draft de 2022. Após um ano na G-League, Gui impressionou durante a última Summer League, mas o time de San Francisco optou por desenvolvê-lo antes de integrá-lo à equipe principal.
Agora, com a saída do armador Raul Neto, que trocou o Cleveland Cavaliers pelo Fenerbahçe, da Turquia, pela primeira vez desde 2002 a NBA ficará sem jogadores nascidos no Brasil na próxima temporada.
Nenê, o pioneiro na NBA
A jornada da representação brasileira na NBA começou com um carismático pivô, Nenê. Ele foi a sétima escolha do New York Nicks no Draft de 2002, mas foi no Denver Nuggets que começou a sua carreira. Em prêmios individuais, Nenê foi homenageado como uma das grandes revelações da NBA, em uma votação que contava com treinadores e atletas, no ano de 2002, em sua estreia na franquia. O gigante acumulou temporadas como titular e se tornou um dos protagonistas da equipe.
Nos Estados Unidos, o pivô também tem passagem pelo Wizards e Houston Rockets. No basquete brasileiro, defendeu as cores do Vasco da Gama.
Pela Seleção Brasileira, Nenê esteve no Campeonato Mundial de 2010, participando de praticamente toda a preparação, mas acabou cortado por conta de uma lesão. Em 2012, no retorno da Seleção aos Jogos Olímpicos, ele fez parte da equipe comandada pelo técnico Rubén Magnano, que conquistou o 5º lugar, se destacando especialmente nos rebotes e nos tocos.
Após a chegada de Nenê, ao longo das duas últimas décadas, vários jogadores brasileiros passaram pela NBA, incluindo Leandrinho Barbosa, Tiago Splitter, Raul Neto, Bruno Caboclo, Cristiano Felício, Lucas Nogueira, Marcelo Huertas, Didi Louzada e outros.
Alguns alcançaram grande sucesso, como Leandrinho, que conquistou o prêmio de Melhor Reserva da NBA em 2007, além do título com o Golden State Warriors em 2015, e Tiago Splitter, que foi campeão pelo San Antonio Spurs em 2014.
A contribuição continua
Nos últimos anos, a presença brasileira na NBA diminuiu gradualmente. Alguns jogadores foram para ligas estrangeiras, como o basquete alemão e espanhol, enquanto outros enfrentaram lesões que interromperam suas carreiras na franquia.
Apesar disso, a liga ainda contará com a presença de brasileiros em outras funções. Leandrinho, por exemplo, atuará como assistente no Sacramento Kings. Tiago Splitter no mesmo cargo, mas no Houston Rockets. Por fim, Anderson Varejão servirá como consultor no Cavs. Além disso, sua sobrinha, Izabel, competirá na próxima temporada da NCAA pelo Syracuse.
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