Maior surpresa da NBA? Boa fase dos Clippers deixa até DPC impressionado

Paola Zanon | 22/02/2024 - 17:20

A temporada 2023-24 do Los Angeles Clippers tem sido especial. A franquia de LA entrou na pausa para o All-Star Weekend com 36 vitórias, o maior número em sua história na NBA e, nesta quinta-feira (22), terá a chance de chegar à vice-liderança da Conferência Oeste caso vença o Oklahoma City Thunder.

Os Clippers até conseguiram ficar pouco mais de 24 horas na liderança do Oeste uma semana antes da pausa para o All-Star, mas agora ocupam a terceira colocação com dois jogos a menos que o líder Minnesota Timberwolves.

Desde o começo de dezembro, a franquia de Los Angeles disputou 35 jogos e perdeu apenas sete, chegando a ter uma sequência de nove vitórias. Nem mesmo Sidney Gabriel, o DPC, torcedor fanático da franquia e dono do canal Dois Por Cento no YouTube, esperava que o time estivesse voando tão alto assim nesta temporada.

— Vou falar mesmo, Clippers sempre foram um time vagabundo! Ganham uns jogos impossíveis, perdem uns jogos fáceis que eram para manter a gente numa boa colocação, e a gente sempre acabava caindo. Mas a mentalidade mudou bastante—, disse DPC, em entrevista ao Quinto Quarto.

Vou falar mesmo, Clippers sempre foram um time vagabundo!

Para o influenciador digital, a principal diferença da atual temporada para as anteriores foi, além de os jogadores estarem saudáveis, a mudança de postura desde que o técnico Tyron Lue pediu para que os jogos regulares fossem levados a sério.

— Eles têm a chance de fazer uma temporada regular jamais vista na história da franquia. A gente nunca liderou a conferência, seria legal isso. Mas dá para tentar, pelo menos, a liderança do Pacífico—, afirmou ele, sobre os títulos de divisões da NBA. Além dos Clippers, o Pacífico conta também com Los Angeles Lakers, Golden State Warriors, Phoenix Suns e Sacramento Kings.

Além da mentalidade dos jogadores, outra coisa que também impulsionou bastante a boa fase da equipe foi uma nova regra da liga, que passou a valer a partir desta temporada, determinando um “limite” no descanso dos principais jogadores.

— Acho que isso ajuda até no próprio físico dos caras, porque eles estão ali, sempre jogado. Às vezes eles param, descansam o músculo… Esse é um caminho que a gente nunca seguiu, sempre descansamos nossos jogadores—, pontuou DPC.

Russell Westbrook, reserva do Los Angeles Clippers. Foto: Icon sport
Russell Westbrook, reserva do Los Angeles Clippers. Foto: Icon sport

A nova regra, no entanto, pode fazer com que os jogadores cheguem mais cansados na pós-temporada. Para isso não acontecer, é imprescindível ter um banco de qualidade, com o máximo de jogadores possíveis na rotação.

E quando o assunto é o banco de reservas, os Clippers estão bem servidos. Quem lidera a segunda unidade da equipe é Russell Westbrook, MVP de 2017. O armador chegou no elenco há um ano, depois de uma passagem turbulenta pelo rival Lakers e, assim como Sidney previu, vem fazendo muita diferença. O banco ainda conta com Norman Powell, Mason Plumlee, Daniel Theis e Amir Coffey.

— Eu sou um cara que que respeita muito a instituição sexto homem, porque é você ter um um banco bom para poder descansar os principais jogadores. E uma coisa que importa também não são os cinco primeiros que começam um jogo, mas sim os cinco que terminam, né? Ainda mais naqueles momentos de dificuldade—, avaliou DPC.

A chegada de Harden aos Clippers

James Harden e Kawhi Leonard, do Los Angeles Clippers. Foto: Icon sport
James Harden e Kawhi Leonard, do Los Angeles Clippers. Foto: Icon sport

Um dos momentos difíceis que os Clippers enfrentaram na temporada foi a chegada de James Harden, que estreou com cinco derrotas consecutivas, até que Westbrook se sacrificou e abriu mão de fazer parte do quinteto titular. A situação chegou a ser até irônica para DPC.

— Todo final de temporada eu falo que o Harden só vai voltar a disputar uma final de conferência se aceitar sair do banco. Tomara que eu esteja errado (risos). Eu achei legal da parte do Westbrook entender qual o papel dele, e se isso faria o time melhorar—, opinou o criador de conteúdo.

Eu achei legal da parte do Westbrook entender qual o papel dele

Fã de Chris Paul, DPC acompanhou a carreira de Harden na época em que os dois jogavam juntos pelo Houston Rockets e, mesmo que esse tenha sido o auge do Barba, ele ficou um pouco desconfiado da contratação do jogador, mas acabou mordendo a própria língua.

— Eu fiquei com um pé atrás porque o time já estava redondo. Ali nos primeiros jogos, já começou a bater um desespero. Mas ele se recuperou, deu para ver mais ainda o quão sensacional James Harden é, ele é fora de série, ele é realmente o sistema—, admitiu ele.

Apesar de o Barba ter “tirado” Westbrook do time titular e de o elenco dos Clippers já ter estrelas como Kawhi Leonard e Paul George, uma possível briga de egos nunca chegou a acontecer. Muito pelo contrário, os jogadores conseguiram se encaixar e transparecem o sentimento de equipe cada vez que entram em quadra.

— O mais legal de tudo é ver o time bem entrosado, o time feliz, o time comemorando, um ajudando o outro. É o espírito de um time que quer chegar na final—, comemorou DPC.

Escrito por Paola Zanon
Paola Zanon é jornalista formada pela Cásper Líbero, repórter e redatora com passagens pelo Notícias da TV, R7 e UOL Esporte. A carreira no jornalismo esportivo começou com a cobertura dos Jogos Pan-Americanos de 2019 pelo R7 até chegar ao Quinto Quarto em fevereiro de 2023. São-paulina de coração e apaixonada por basquete, futebol e viagens.