Hornets estendem oferta por Miles Bridges mesmo após violência doméstica

Paola Zanon | 29/06/2023 - 12:30

O Charlotte Hornets decidiu estender uma oferta de qualificação para manter Miles Bridges no elenco mesmo após a suspensão de 30 jogos da NBA por violência doméstica.

O atual salário do ala-pivô é de US$ 7,9 milhões (R$ 38,4 milhões, na cotação atual) por ano, e a extensão da oferta faz com que Bridges seja um agente livre restrito.

Com isso, ele poderá permanecer nos Hornets pelo mesmo pagamento anual, ou então, receber ofertas maiores de outras franquias, que caso sejam cobertas pelo Charlotte, impedirão a troca.

Um dos times interessados é o Cleveland Cavaliers, que pretende oferecer US$ 12,4 milhões (R$ 60 milhões) em um contrato de mid-level exception.

Violência doméstica

Miles Bridges recebeu uma suspensão de 30 jogos da NBA após ser acusado de violência doméstica por sua ex-companheira e mãe de seus filhos no ano passado.

O jogador do Charlotte Hornets chegou a ser preso em 2022 e não contestou a acusação feita pela ex-companheira em troca de liberdade condicional e nenhuma pena de cárcere.

Quando as investigações sobre o caso foram encerradas pela NBA, Miles já havia cumprido 20 jogos de suspensão, de modo que restassem ainda 10 partidas até que se cumprisse a punição oficialmente anunciada.

Com isso, Bridges poderá retornar às quadras no começo da próxima temporada pelos Hornets ou qualquer outra franquia que consiga negociá-lo.

Hornets x violência contra a mulher

A acusação contra Bridges não é um caso isolado de violência contra a mulher no Charlotte Hornets. Brandon Miller, 2ª escolha geral do Draft NBA 2023, se envolveu em um feminicídio em janeiro deste ano.

Na época atleta da Universidade do Alabama, o ala-armador foi responsável por levar uma arma de fogo para o local onde aconteceu o assassinato de Jamea Jonae Harris.

De acordo com as investigações, Miller recebeu uma mensagem de Darius Miles pedido para que ele pegasse uma arma em seu carro e levasse até ele. Testemunhas relataram que a vítima já estava sendo assediada pelo companheiro de equipe de Brandon.

A arma que matou Jamea Jonae, de 23 anos, foi a que o jogador dos Hornets levou ao local do crime. O gatilho teria sido puxado por um terceiro, amigo de Darius, que também estava importunando a vítima.

Miles foi removido do time de basquete após as acusações e, em fevereiro, foi detido junto ao atirador sem direito a fiança. Brandon Miller foi uma testemunha ocular do tiroteio, e apesar de ter sido o primeiro a fornecer a arma, não foi considerado culpado.

A escolha por Brandon foi bastante criticada por especialistas, torcida e até mesmo pelo mascote do Charlotte Hornets, que esperavam ter Scoot Handerson no elenco.

Escrito por Paola Zanon
Paola Zanon é jornalista formada pela Cásper Líbero, repórter e redatora com passagens pelo Notícias da TV, R7 e UOL Esporte. A carreira no jornalismo esportivo começou com a cobertura dos Jogos Pan-Americanos de 2019 pelo R7 até chegar ao Quinto Quarto em fevereiro de 2023. São-paulina de coração e apaixonada por basquete, futebol e viagens.