Após mudanças de nomes como Kevin Love e Russell Westbrook envolvendo os termos de buyout, o Quinto Quarto BR traz uma explicação de como funciona esta forma de negociação. Confira mais a seguir.
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Russell Westbrook no Los Angeles Clippers

Segundo Adrian Wojnarowski da ESPN, Russell Westbrook será do Clippers após Utah Jazz concluir o pagamento do contrato de buyout. A saída de Reggie Jackson e John Wall contribuíram para a procura de um jogador nos moldes de Russell. A franquia havia o desejo de encontrar um líder armador.
Mesmo aos 34 anos, Westbrook pode ser esse homem. No Lakers estava mantendo uma média de 15,9 pontos, 6,2 rebotes e 7,5 assistências por jogo. Bom lembrar que o veterano costumava atuar como um sexto homem no final de seu vínculo com o Lakers. Em suma, os termos de buyout envolvendo Russell, Lakers e Jazz foram que a franquia de Utah cuidaria dos 47 milhões de dólares em contrato do veterano.
A princípio o ex-camisa 0 do Lakers jogaria em Utah, mas como a proposta do Clippers agradou mais, houve uma conversa entre o jogador e a direção de Utah para liberá-lo, permanecendo em LA, mesmo que por outra equipe. Dentro disso, é provável que o atleta também desista de alguma quantia desse montante, porém não foram revelados valores.
Fato é que no caso de Russell, é um bom movimento, pois o permite permanecer em um local que já está instalado. Ademais, jogará numa franquia competitiva que lhe dará chances de jogar os playoffs e brigar por títulos ao lado de bons jogadores como Kawhi Leonard e o velho conhecido Paul George.
Kevin Love no Miami Heat

O último integrante do Big 3 (The Block, The Shot e The Stop) no Cavs é outro que pode brigar por títulos. Russell pode ser mais aproveitado, talvez até titular. Mas a situação de Love é mais a de um sexto homem.
Kevin foi para Miami como um agente restrito (mais explicações no final do texto). Nesse caso, o jogador precisou aguardar um prazo de dois dias enquanto chegavam ofertas. O Heat foi o melhor interessado, ficando com o atleta. Devido à gratidão que o Cavs tem pelo jogador, a diretoria não fez forças para procurar melhores condições em relação a minutos extras em campo.
Love já não jogava há mais de 10 jogos no Cavaliers. Em respeito a sua história, procuraram ajudá-lo para ser melhor aproveitado em outro lugar. De certa forma, vai para um Miami que pode brigar por títulos no curto e médio prazo. Com sua experiência e facilidade para liderar, Kevin certamente fez uma boa escolha e tende a encaixar bem no elenco.
O contrato de buyout na NBA
Em resumo, existem bastantes variáveis. Portanto, para simplificar a ideia de buyout, é uma manobra usada quando tanto o jogador quanto a franquia querem objetivos diferentes. Ex: o jogador quer atuar num contender ao título, enquanto sua atual franquia considera investir em jogadores mais jovens.
Isso acontece muito. É uma forma de ambos ganharem, um win-win. Dentro disso, é bem comum também o jogador ou time ter que renunciar a uma parte do dinheiro em contrato com a atual franquia para se mudar. Um grande exemplo é o caso de Dwyane Wade em 2018.
Na época, Wade e o Chicago Bulls concordaram em se separar via buyout com Dwyane concordando em renunciar a US$ 8 milhões dólares de seus US$ 23,8 milhões esperados em contrato naquela temporada. Logo, daquele montante, Wade recebeu apenas US$ 15,5 milhões. Nesse caso, o Bulls reduziu os custos da folha salarial, enquanto o jogador podia buscar novas oportunidades. Win-win.
Sobre valores, é decidido em conversa de jogador e franquia, não existe um padrão. Fato é que essa discussão ajuda na decisão de encontrar outro time. Outro ponto é a franquia interessada comprar o contrato do jogador (como Utah Jazz efetuou com Russell). Cabe lembrar que nesta situação a franquia não pode recontratá-lo em menos de um ano.
São bastantes variáveis, por exemplo, os jogadores também podem se tornar agentes livres sem a aprovação do time, como no caso de Lebron explicado no vídeo acima. Porém, em outro cenário, o time tem o poder de trocar o atleta em negociação envolvendo outros jogadores ou mesmo por escolhas de drafts.
Enfim, geralmente nos buyouts o jogador ganha mais dinheiro, pois assina com outra franquia na sequência e a franquia economiza no salary cap (teto salarial). É tudo uma questão de para quem é mais relevante o que. Se a franquia não deseja mais o jogador ou mesmo pretende ajudá-lo a ganhar mais minutos, como no caso de Kevin Love, a franquia até efetua um encerramento de contrato onde perde mais dinheiro que o atleta.
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Foto destaque: Divulgação/Cavaliers Nation