NBA: Com 82 pontos no intervalo e sem Giannis, Bucks despacham os Suns em dia de recorde

Márcio Júnior | 17/03/2024 - 16:56

Jogando no Fiserv Forum, em Milwaukee, neste domingo (17), Milwaukee Bucks e Phoenix Suns fizeram um jogo histórico na NBA. Bom, pelo menos pelo lado dos Bucks. Na vitória por 140 a 129 contra os Suns, segunda seguida, a franquia de Wisconsin igualou um recorde notável na liga.

Nos dois primeiros tempos do confronto, os Bucks anotaram 18 bolas de três, igualando o número máximo de uma franquia antes do intervalo na história da NBA, indo para o intervalo com 82 pontos anotados, 22 a mais que o Phoenix Suns. Além do recorde coletivo, Damian Lillard ainda estabeleceu uma marca inédita na franquia: pela primeira vez, um jogador anotou, pelo menos, 30 pontos e 15 assistências em um jogo.

O armador de 33 anos finalizou o duelo 31 pontos e 16 assistências, com um aproveitamento de 53% nos arremessos de quadra. Mas o grande destaque da equipe no duelo foi o ala Bobby Portis, que somou 31 pontos – 25 deles nos dos primeiros quartos -, 10 rebotes e 100% de aproveitamento nas bolas de 3, com cinco convertidas.

Pelo lado do Phoenix Suns, o armador Bradley Beal foi o cestinha do time, com 28 pontos anotados e 7 assistências. Grayson Allen vem logo atrás, com 25 pontos e 8 assistências. Com um desempenho abaixo do esperado, Kevin Durant foi a decepção do torcedor. Nos 41 minutos em que esteve em quadra, o camisa 35 anotou apenas 11 minutos, com um aproveitamento de 40% em apenas 10 bolas tentadas.

Amasso no primeiro tempo e recorde na NBA

Os primeiros dois quartos de Milwaukee Bucks e Phoenix Suns pode foi histórico por alguns motivos. Além dos 82 pontos anotados pela franquia de Wisconsin, os Bucks ainda empataram em número de bolas de 3 convertidas em um único tempo na história da NBA.

Em 24 minutos de basquete, os Bucks acertaram 18 arremessos do perímetro, 11 deles no segundo quarto – mais de 80% de aproveitamento, somando 43 pontos no período. E um dos grandes responsáveis por essa marca é o ala Bobby Portis. Nos 13 minutos em que esteve em quadra no primeiro tempo, o camisa 9 de Milwaukee ficou 100% nas bolas de 3, com 5 anotadas.

Mas não só isso. A vantagem no intervalo, que terminou em 22 pontos, foi construída, principalmente, na coletividade de Milwaukee. Nos dois primeiros quartos, a franquia dominou os Suns, e não deu chance para uma reação. Essa dominância era vista nas estatísticas coletivas.

Os números que mais assustaram foi o das assistências. Na primeira metade do jogo, os Bucks anotaram 23, sendo 12 delas de Damian Lillard. Os Suns não encontravam solução para o trabalho coletivo dos Bucks, que achava espaço para os arremessos de quadra, com quase 60% de aproveitamento.

Defensivamente, o Bucks foram irretocáveis na primeira metade. Deixando poucos espaço para arremesso, foram nove perdas de posse dos Suns, com sete roubos de bola. Destes, 12 pontos foram convertidos. Um verdadeiro amasso.

Um segundo tempo diferente com o mesmo final

Nos dois últimos períodos, no entanto, o Phoenix Suns parece ter encontrado uma forma de equilibrar o duelo que parecia ter acabado. Se a franquia encontrou dificuldade para parar o ataque de Milwaukee na primeira metade do jogo, nos primeiros minutos do terceiro quarto parece que a nova estratégia da equipe surtiu o efeito esperado.

O técnico Frank Vogel optou por mudar a estratégia e resolveu trabalhar com o small ball, sacando da quadra os jogadores mais altos e diminuindo a estatura, o que permitiu diminuir os espaços dos Bucks nos arremessos do perímetro.

Nos 7 primeiros minutos, foram 22 pontos dos Suns contra apenas 11 dos Bucks. A vantagem, que era de 22 pontos no intervalo, foi caindo e chegou 15 no fim do terceiro quarto, e chegou a apenas 7 pontos próximo do fim do quarto período. Mas os Suns ainda sentia falta de uma das suas principais estrelas. Embora tenha contribuído com nove rebotes, Kevin Durant não está no seu dia mais inspirado, e tentou apenas 10 arremessos no jogo, com quatro bolas convertidas.

Mesmo assim, os Suns iam sobrevimento e encontrando um jeito de aproximar no placar. Porém, mais uma vez, as bolas de 3 fizeram a diferença para os Bucks, desta vez no momento de maior pressão da equipe no confronto. Quando a diferença chegou à sua menor marca, a franquia anotou quatro bolas de 3 seguidas para aliviar a pressão.

Sem tempo para pedir, o Phoenix Suns se viu sem alternativa para tentar correr atrás do placar e reverter a desvantagem que voltou para os dois dígitos. No fim, vitória

Escrito por Márcio Júnior
Márcio Júnior é baiano formado pela Faculdade Regional da Bahia. Cobriu de carnaval a Copa do Mundo na TVE Bahia, onde venceu o prêmio de reportagem do mês. Apaixonado por futebol, NBA, NFL e games de história. Torcedor do Bahia e Los Angeles Lakers. Passei pela ALBA, Rádio Educadora, Superesportes e Trivela. No Quinto Quarto desde julho de 2023.