Neste texto, confira os detalhes do UFC 276 – Adesanya x Cannonier, que aconteceu neste sábado (2), no T-Mobile Arena, em Las Vegas, Nevada.
Vale ressaltar que, três brasileiros estiveram no evento. Assim, no card inicial, na faixa de peso médio, André Muniz levou a melhor sobre Uriah Hall. Além disso, Pedro Munhoz e Alex Pereira também estiveram de verde e amarelo no octógono. No entanto, Pedro ficou com empate e Alex “Poatan” venceu por nocaute.
Por fim, valendo cinturão, Alexander Volkanovski manteve o título dos penas ao vencer Max Holloway, enquanto na luta principal, Israel Adesanya enfrentou Jared Cannonier, com a melhor para o nigeriano, que seguiu sendo o campeão entre os pesos médios.
UFC 276 Resultados – Adesanya x Cannonier
UFC 276 – Card principal: Israel Adesanya (NIG) x Jared Cannonier (USA) – em um duelo de muito estudo o cinturão seguiu com o nigeriano
Primeiramente, os dois lutadores começaram se estudando, com alguns golpes, muitos por parte de Adesanya. Além disso, o nigeriano arriscou alguns socos no rosto de Cannonier, sem muita precisão.
Na volta para o 2° round, Adesanya arriscou chutes dessa vez, primeiro à meia altura e, na sequência, por baixo. Até que, com pouco mais de dois minutos, Cannonier começou com seus chutes também, mas logo o nigeriano retomou as rédeas do combate, sendo mais preciso em seus golpes, com um deles entrando no olho do americano.
A princípio, o 3º round começou na mesma toada dos anteriores, com Adesanya mantendo a luta e com vagos golpes, enquanto Cannonier se defendia como podia. Até que, perto da metade do assalto, o americano levou o africano para a grade, na tentativa de derrubá-lo. Até que, no minuto final, cada um tentava de uma maneira diferente, Adesanya por socos e Cannonier em joelhadas.
Na sequência, pelo 4° round, Adesanya devolveu as investidas iniciais do Cannonier e conseguiu levar o oponente à grade, na força de seus golpes. Por outro lado, o americano segurou o nigeriano no corner e, ao levar para o centro do octógono, conseguiu um leve domínio durante alguns instantes.
Finalmente, nos últimos cinco minutos, Adesanya seguiu arriscando chutes. No entanto, ao revidar, Cannonier quase derrubou o oponente, com o mesmo veneno do nigeriano. Na metade final do round, o americano levou a luta para a grade na tentativa de derrubar o africano.
No entanto, em seguida, Cannonier encaixou uma sequência de golpes, ainda na grade, respondidos por Adesanya, com chutes e socos. A saber, boa parte da Arena vaiou o combate, esperando uma maior trocação dos lutadores. Dessa forma, por decisão dos jurados, Israel Adesanya seguiu com o título dos pesos médios.
UFC 276: Co-Evento Principal – Max Holloway (USA) x Alexander Volkanovski (AUS)
Pela 3ª vez, os lutadores se enfrentam, valendo o cinturão dos penas. Primeiramente, muito estudo e alguns chutes de Holloway, que em seguida partiu para cima do australiano. Em resposta, Volkanovski tentou trocação e chutes, mas logo foram revidados pelo americano. Por fim, na medida em que Volkanovski desferiu socos, Holloway devolvia na mesma moeda.
Nos primeiros instantes do 2° round, a trocação seguiu, com leve superioridade de Volkanovski. No entanto, logo o equilíbrio entre os dois retornou, com o Holloway sentindo fisicamente os socos e chutes do australiano.
Por outro lado, no 3° round, foi Holloway quem começou melhor, ficando em golpes altos e em sequência. Perto dos dois minutos finais, a luta foi pela primeira vez ao corner, com ambos lutadores agarrados. Ao se soltar, Volkanovski acertou cotovelada no oponente e, em seguida, a trocação voltou, com seu domínio.
No começo do 4° round, Volkanovski começou mordendo, quase literalmente, para cima de Holloway, que naquela altura estava com os dois olhos em meio a um mar de sangue. Faltando dois minutos para o fim do assalto, Holloway revidou levando o oponente para a grade e desferindo chutes altos e de costas. No entanto, prontamente Volkanovski voltou a dominar os golpes e controlar a luta.
Por fim, no último round, Holloway partiu para a tentativa de derrubar Volkanovski, mas não logrou êxito. Em seguida, com os dois no centro do octógono, os socos do australiano voltaram a impactar o rosto banhado de sangue do seu oponente. No minuto final, de forma resistente, Holloway tentou um golpe milagroso, mas sem sucesso. Assim, com superioridade durante todo o combate, deixando como símbolo o rosto do oponente vermelho de sangue, Alexander Volkanovski venceu por decisão unânime e continuou com o cinturão dos penas.
Sean O’Malley (USA) x Pedro Munhoz (BRA) – Por um dedo
A princípio, ambos iniciaram abrindo distância um do outro e estudando o adversário. Até que, tanto O’Malley como Pedro Munhoz, tentaram chutes esporádicos. Assim, um deles, acertou a área baixa do lutador brasileiro, que seguiu devolvendo sempre na mesma dose, usando suas pernas em todas as direções.
No 2° round, O’Malley começou pressionando mais, com golpes rápidos, mesmo com Pedro Munhoz mantendo distância do oponente. Por outro lado, o brasileiro seguiu investindo em chutes na parte inferior do americano. Até que, após acidentalmente sofrer uma dedada no olho, Pedro não reuniu condições para continuar na luta e, por isso, os jurados decidiram por declarar o embate como “No Contest”, ou seja, sem vencedor.
Por conta de um golpe ilegal, a luta entre Pedro Munhoz e Sean O'Malley foi declarada sem resultado.
— UFC Brasil (@UFCBrasil) July 3, 2022
Robbie Lawler (USA) x Bryan Barberena (USA) – Tirou força da “Barba” para vencer
Apenas com 1m30s os lutadores aqueceram as luvas, com trocação rápida e intensa, com o Lawler tendo mais precisão. Em resposta, Barberena desferiu várias sequências de socos, que prontamente também foi a técnica aplicada por Lawler, em alta intensidade, agora pelos dois, nos segundos finais.
Da mesma forma, o 2º round seguiu a linha do 1°, agora com mais golpes de Lawler, focado nos jabs. Em resposta, Barberena investiu em cotoveladas, seguidas de socos, que fizeram Lawler sentir os golpes. Assim, Bryan Barberena levou a melhor, com uma remontada espetacular.
Sean Strickland (USA) x Alex Pereira (BRA) – Do nada, um direto
Primeiramente, Alex começou controlando a luta, com alguns chutes na parte inferior de Strickland, Até que, exatamente no meio do round, o brasileiro acertou um cruzado de canhota, que derrubou o americano e foi determinante para decretar o nocaute a seu favor.
UFC 276 – Card preliminar
Brad Tavares (USA) x Dricus Du Plessis (AFS) – Havaiano resistente e africano preciso
Primeiramente, Du Plessis começou com tentativas de socos, bem defendidas pelo Brad Tavares. No entanto, com pouco mais de um minuto, o sul-africano foi levado ao chão e dominado pelo havaiano. Em seguida, com ambos em pé, ambos acertaram golpes fortes e com precisão. Por fim, Du Plessis deferiu chutes e joelhadas no adversário.
No 2º round, Du Plessis continuou castigando o rosto de Tavares, com golpes bem precisos, que devolveu em chutes à meia altura. Nos segundos finais, o sul-africano obteve uma combinação quase fatal que, para o havaiano, o final do round foi a salvação.
Por fim, o 3° round começou mais equilibrado. No entanto, os socos mais certeiros de Du Plessis o mantiveram dominando, com raros golpes de Tavares, sem conseguir tirar o sul-africano do controle. Na sequência, Du Plessis acertou uma cotovelada giratória, que deixou o havaiano sangrando ainda mais. Nos instantes finais, vários jabs e joelhadas em sequência praticamente deram a vitória para o lutador da África do Sul, confirmada por decisão unânime dos jurados.
Ian Garry (IRL) x Gabe Green (USA) – Irlandês fez uma luta à sua altura, literalmente
A princípio, Garry tomou a iniciativa, com destaque para os chutes e seus movimentos de esquiva. Além disso, os lutadores trocaram socos de forma incessante. No entanto, ao levar para a grade, o lutador irlandês sentiu-se pressionado, mas mesmo assim revidou com ofensivas rápidas e alta trocação.
Na sequência, o começo do 2° round seguiu na toada do final do 1°, com alta intensidade de Ian Garry. Contudo, Gabe Green tentou reverter, pressionando o irlandês contra a grade, tentando levar ao chão, mas rapidamente Garry retomou o comando da luta. Por fim, trocação total entre os dois, com melhora na precisão de Green.
Pelo 3° round, Garry acertou golpe que levou Gabe Green ao chão, mas logo foi pressionado contra a grade pelo oponente. Por outro lado, Green revidou com chutes e joelhadas, mas recebeu socos no rosto do lutador irlandês, que venceu por decisão unânime.
Jim Miller (USA) x Donald Cerrone (USA) – Vitória de Miller e do Jiu-jitsu
Primeiramente, Cerrone chutou o vácuo e Miller aproveitou para carimbar socos no rosto do oponente pela primeira vez. No entanto, após chute à meia altura, Cerrone devolveu com trocação e, em seguida, o combate foi ao chão. Por fim, Miller deu uma chave de perna no braço de Cerrone, que o levou ao solo novamente.
Por fim, após um minuto de estudo de ambas as partes, os dois deram chutes ao mesmo tempo. No entanto, Jim Miller levou a melhor e conseguiu a finalização, por meio da sua habilidade de Jiu-jitsu. Além disso, após o anúncio oficial do resultado, assim como fez Jessica Eye, Donald Cerrone colocou seu chapéu de cowboy e luvas no solo de anunciou que vai se aposentar do octógono.
Brad Riddell (NZL) x Jalin Turner (USA) – Americano rápido e perigoso
A saber, bastaram apenas 45 segundos de luta para Turner finalizar o oponente. Primeiramente, após dois diretos e um chute, o americano tirou a guilhotina da cartola e venceu o duelo.
UFC 276 – Card preliminar inicial
Jessica Rose-Clark (AUS) x Julija Stoliarenko (LTU) – lituana direta e reta
A saber, não demorou muito e, com apenas um round, o combate se definiu, com a vitória de Julija Stoliarenko, por submissão, faltando apenas 42 segundos para o fim.
Jessica Eye (USA) x Maycee Barber (USA) – Muita grade, pouca trocação e aposentadoria
Primeiramente, as duas lutadoras procuraram levar a luta para a grade, com a Jessica pressionando Maycee, mas após cotoveladas, o cenário inverteu, com o domínio da Barber. Além disso, também investiu em joelhadas e soube se defender bem das investidas da Eye.
Pelo 2º round, as lutadoras começaram com trocação, mas em 30 segundos, Jessica Eye levou novamente o combate para o clinch. Na sequência, Barber voltou com as cotoveladas, mas caiu por vontade da Eye, sob a ameaça da imobilização.
No último round, Barber investiu inicialmente em chutes no rosto da sua oponente. Além disso, aplicou golpes diretos, mas novamente o embate foi levado para a grade, sob vaias da arena. Na sequência, o duelo melhorou em qualidade, com troca de socos entre as lutadoras, que dessa vez permaneceram mais tempo em pé e no centro do octógono.
Assim, para os jurados, de forma unânime, Maycee Barber levou a melhor. Além disso, após o resultado, Jessica Eye anunciou sua aposentadoria do UFC.
Uriah Hall (JAM) x André Muniz (BRA) – Domínio do brasileiro no chão garantiu a vitória
Primeiramente, Hall tentou alguns golpes, para tentar desestabilizar André Muniz, mas o lutador brasileiro conseguiu repor o domínio, socando de baixo para cima, no solo. Por fim, André tentou a imobilização de diversas maneiras, mas sempre com o jamaicano escapando das finalizações.
Pelo 2º round, André começou com socos e, instantes depois, tentou levar ao chão, seu ponto forte, mas Hall escapou com sucesso. No entanto, um minuto depois, o combate voltou ao solo, com mais domínio do brasileiro. Por fim, faltando 10 segundos para o fim do round, o jamaicano conseguiu sair da pressão e finalizou com sequência de golpes.
Com um minuto de 3º round, André Muniz derrubou o oponente e seguiu com sua arma, mantendo o controle da luta, com golpes esporádicos. Por fim, o brasileiro seguiu com a posição de tranquilidade, para garantir o resultado unânime, diante do desgaste do jamaicano.
Vitória brasileira! ??@AndreMunizUFC vence Uriah Hall por decisão unânime do #UFC276!
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— UFC Brasil (@UFCBrasil) July 3, 2022
Foto destaque: Divulgação/UFC