Em primeiro lugar, o brasileiro Raush Manfio é um dos principais lutadores da PFL, e enfrenta o canadense Olivier Aubin-Mercier no card principal da PFL 4. A saber, o evento acontece nesta sexta-feira (17), a partir das 20h (horário de Brasília), na OTE Arena, em Atlanta, Geórgia, Estados Unidos.
De antemão, Raush concedeu uma entrevista exclusiva ao Quinto Quarto BR, e falou sobre o próximo adversário, a preparação para o combate, sonhos e bastidores. Confira todos os detalhes.
Exclusiva com Raush Manfio
Antes de tudo, o “Cavalo de Guerra” é o atual campeão da categoria peso-leve da PFL. Ele já venceu grandes nomes, como os americanos Anthony Pettis, Clay Collard e o sul-africano Don Madge, e terá mais um desafio importante nesta sexta.
Seu adversário, Olivier Aubin-Mercier, é um excelente grappler, e chegou recentemente do UFC. No entanto, o canadense tem feito boas lutas na parte em pé, e venceu seu último combate sem tentar quedas contra o brasileiro Natan Schulte. Assim, Raush afirmou que está pronto para vencê-lo, independente da estratégia.
“Na última luta eu achei que o Don Madge iria tentar me derrubar, mas ele ficou só trocando comigo, e nessa luta eu creio que o Aubin-Mercier vai tentar me pôr no chão. Estou preparado para isso, mas se assim como o Don Madge ele quiser trocar comigo, é questão de ajustar o tempo e fazer a minha estratégia número um, que é sempre buscar o nocaute. Eu trabalhei tudo, estou preparado para defender as quedas dele e contra-atacar. Se ele não quiser me derrubar, nós vamos fazer essa luta em pé. (…) Eu acredito que eu tenha uma superioridade na trocação, sou mais explosivo e cresço a cada round. Vou começar essa luta bem forte, para já definir se possível no 1º round”.
Raush Manfio fala sobre não ser favorito em mais uma luta do PFL
Além do mais, o brasileiro disse se sentir confortável com o fato de ser considerado azarão pelas casas de apostas e estar pronto para surpreender novamente.
“Mais uma vez eles me colocaram como underdog. Mas eu já estou confortável com isso, até acho legal de alguma maneira, porque não sei qual o critério que eles usam, mas acho que fica mais bonito quando vence sendo underdog. Dá um testemunho maior para as pessoas, então mais uma vez o ‘Cavalo de Guerra’ chega como azarão, e se Deus quiser vai se sagrar vencedor dessa luta. Eu vou poder glorificar o nome de Deus ali, e estar falando mais uma vez que o ‘underdog’ se mostrou campeão. Então, eu prefiro ser azarão e surpreender a casa de apostas do que ser o favorito, porque eu acho que isso aumenta a pressão”.
Bastidores de sua luta mais difícil no MMA
Dessa maneira, Raush Manfio contou sobre o momento de ansiedade antes da luta, o corte de peso e a dificuldade de se preparar para o torneio. O brasileiro disse com exclusividade que chegou a se questionar se valia a pena fazer esse corte em semanas consecutivas, e concordou com seu adversário que a PFL é o evento mais difícil de MMA no momento.
“Ano passado precisei cortar meu peso cinco vezes (…) Eu tive que bater o peso contra o Natan, não fizemos a luta, e depois de duas semanas eu tive que bater o peso novamente para enfrentar o Pettis. Isso me gerou quase que uma depressão na minha última luta, eu falei: ‘Deus, eu não quero mais ficar batendo peso assim, isso não é vida, a cada sete, oito semanas ficar batendo peso é bem complicado’. No último corte de peso eu estava meio triste, mas depois passa. (…) É uma equação bem delicada, torço para que eles espacem um pouco mais as lutas, coloquem umas 10 semanas de diferença em cada uma, para que eu tenha uns 10 dias off depois dos combates. É bem complicado, e eu concordo com o Olivier”.
Recado para os fãs
Por fim, Manfio mandou um recado positivo para os fãs, destacando a positividade sempre. O brasileiro relembrou um pouco de sua história de superação, os perrengues que passou nos Estados Unidos e a perseverança para conseguir mudar sua vida.
“Quero dizer para a galera do MMA, mas que principalmente gosta de uma história de superação, que o brasileiro não desiste nunca. Não desistam dos seus sonhos. Eu aprendi que se eu colocasse Deus em primeiro lugar na minha vida, eu poderia alcançar qualquer coisa. Muitas vezes eu chorei mesmo, limpei minhas lágrimas, tive momentos de muitas dificuldades aqui nos Estados Unidos. Me perguntei se era isso que realmente Deus queria para mim. No momento certo Deus me exaltou, me abriu as portas, e com muito trabalho duro, amor, dedicação, a gente conseguiu ser campeão ano passado e eu mudei a minha vida para sempre. Não desistam dos seus sonhos, creiam que Deus pode fazer qualquer coisa, porque ele realmente pode. Ele abriu essas portas para mim para mostrar o amor dele para as pessoas. Esse é o principal recado que eu tenho para a galera que me assiste”.
Foto destaque: Divulgação/PFL