Seleção Americana com olhos ambiciosos na Copa do Mundo 2026. Uma aula de mentalidade e confiança no projeto futebol dos Estados Unidos. Em meio a dúvidas da longevidade de alguns jogadores na seleção, jovens e veteranos compartilham seus pensamentos após a frustrante derrota por 3 x 1 contra a Seleção Holandesa. Confira detalhes.
Seleção Americana com olhos ambiciosos na Copa do Mundo 2026
Obviamente que o foco dos estadunidenses é a Copa do Mundo 2026 agora. Como um dos países sede, tem a vantagem de não disputar as eliminatórias. No entanto, alguns veteranos como Tim Ream (35 anos) já são quase improváveis de serem integrantes do próximo ciclo.
E nessa pegada de possível última Copa do Mundo, última chance e a ideia de viver com intensidade cada minuto dos treinos e partidas, Ream comentou a maneira como tentou levar essa Copa com a molecada que terá chance de jogar em 2026.
“Eu tentei transmitir isso aos caras: você nunca tem nada garantido neste jogo. Estou no programa há 12 anos e nunca garanti nada. Obviamente, muitos desses caras têm mais uma Copa do Mundo garantida. Para mim, isso não acontecerá. E assim tentei transmitir um tratamento para cada sessão de treinamento como se fosse o último, cada jogo como se fosse o último.
Amanhã, se tudo acabasse e a carreira deles terminasse, com o que eles ficariam felizes? E posso dizer honestamente se esse foi o meu caso: Sim, dei tudo de mim e espero que esses caras sigam esse conselho. Porque acho que é uma coisa importante, não tomar nada como garantido. Eu os vi seguir esse conselho nessas três semanas que ficamos juntos. Então, eu só espero que eles continuem a fazer isso.”
A maior estrela desse grupo, Christian Pulisic, comentou sobre a derrota e seu grande momento na partida:
“(sobre o gol perdido) Claro, cara, dói. Achei que era impedimento quando aconteceu, mas mesmo assim rebati e ele realizou uma boa defesa. Então é claro, sim, doerá por um tempo.”
A Seleção Americana tem um plano
“Cem por cento, viemos para esta Copa do Mundo com o objetivo de vencer. Acho que mostramos que podemos competir com qualquer um, e depois pela forma como jogamos, pela forma como atacamos os jogos e criamos chances também. E, novamente, mencionei todo o talento que temos e o grupo de pessoas que temos, como acreditamos uns nos outros. É isso que mais dói, é que sentimos que este era um grupo especial.” – disse Walker Zimmerman.
Estas foram as palavras de Zimmerman. Quando entrevistados um a um, realmente a energia que os estadunidenses passavam era de acreditar que poderiam conseguir algo neste Mundial, chegar um pouco mais longe.
Outro veterano e que jogou a Copa do Mundo 2014, DeAndre Yedlin, compartilhou o duro momento após perder para Bélgica em 2014 nas oitavas de final. Yedlin é mais um a ter pensamentos positivos quanto a evolução do grupo após essa derrota.
“O mais importante é que o grupo aprendeu como é perder uma Copa do Mundo. E isso vai longe… Agora você (o grupo) está indo para a próxima e praticamente todos naquele grupo provavelmente já terão jogado uma Copa do Mundo. Então, agora, é uma história totalmente diferente. Agora eles conhecem aquela sensação de como é perder após investir tanto nisso. O sentimento de derrota do passado só pode alimentar o sucesso no futuro.”
Dentre os entrevistados, Weston McKennie rendeu comentários que foram parar até no American Dream. Reforçando a mentalidade desse jovem, porém ainda promissor grupo.
“Quando não é a noite, é difícil. Você sabe, os americanos são sempre pessoas conhecidas como pessoas que não desistem. E sabemos que os EUA são a terra das oportunidades. Acho que esta foi uma grande oportunidade para muitos de nós neste torneio e acho que nos saímos muito bem. Obviamente saímos e é uma porcaria. Mas, ao mesmo tempo, muitos de nós usaremos isso como um incentivo nos próximos quatro anos para tentar provar o que podemos fazer.”
Enfim, sem as eliminatórias, a seleção dos Estados Unidos terão apenas as disputas da Copa Ouro e Liga das Nações da Concacaf. Possivelmente farão um planejamento com mais jogos para se testarem até o próximo Mundial nesse período de ausência nas eliminatórias.
Foto destaque: Divulgação/Marca