George Kittle é o melhor tight end da National Football League. Foi exatamente isso que eu quis dizer no título. E o San Francisco 49ers o recompensou como tal, fechando um novo contrato de cinco anos, com valor de US$ 75 milhões, nesta quinta-feira (13).
O acordo, que foi noticiado em primeira mão pelo ‘Barstool Sports’, torna o camisa 85 o TE mais bem pago da história da NFL (e com sobras). O contrato prevê US$ 40 milhões garantidos em caso de lesão e US$ 30 milhões garantidos logo na assinatura.
Kittle facilmente se torna o tight end mais bem pago da NFL na atualidade, ultrapassando Rob Gronkowski, do Tampa Bay Buccaneers, em termos de valor total de contrato (US$ 54 milhões). Ele também deixa na poeira Hunter Henry, do Los Angeles Chargers, que vai faturar US$ 10,6 milhões por um ano de trabalho sob a franchise tag, e Austin Hooper, do Cleveland Browns, que vai ganhar US$ 10,5 milhões por ano ao longo de quatro anos de acordo.
Além disso, os US$ 40 milhões garantidos representam mais do que o dobro de qualquer outro tight end da NFL e o bônus de assinatura é de US$ 18 milhões, um recorde para a posição. Explicando de maneira simples, o bônus de assinatura é aquela luvas, um pagamento garantido de qualquer maneira, Já os US$ 40 milhões garantidos são distribuídos ao longo do contrato e assegurados em caso de contusão.
Ufa! Agora chega de termos contratuais…
Nada mais justo. O astro dos Niners é simplesmente o atleta mais completo de uma posição híbrida que só está se valorizando mais a cada ano que passa. E, como eu já fiz questão de adiantar em um texto publicado há dois meses aqui no Quinto Quarto, era questão de tempo para o mercado de TEs explodir com Kittle. Aconteceu.
Isso porque George é MUITO mais do que um playmaker no ataque. Aquela arma ofensiva que Jimmy Garoppolo explora bastante e que o head coach Kyle Shanahan pretende explorar ainda mais daqui em diante.
Kittle torna o ataque melhor como um todo. Simples assim.
Desde que entrou na NFL, ao ser selecionado na quinta rodada do Draft NFL 2017, com a 146ª escolha geral, Kittle somou 216 recepções para 2.945 jardas e 12 touchdowns. Essa quantidade de jardas é a maior para um TE em seus primeiros três anos na liga, ultrapassando Mike Ditka e Rob Gronkowski.
Em 2018, Kittle estabeleceu um novo recorde de jardas recebidas por um TE em uma temporada, quando terminou com 1.377. E, em 2019, mesmo tendo ficado fora de dois jogos devido a uma lesão, ele recebeu para 1.053 jardas e cinco TDs. Impressionante.
Nas últimas duas temporadas, o astro dos 49ers ficou ranqueado em sexto entre todos os recebedores de passe da NFL, com 2.430 jardas, em 11º em recepções (173) e em segundo em jardas após a recepção (1.464). Incrível.
Mas tais números não explicam Kittle. Como a ‘ESPN’ norte-americana e a ‘NFL Network’ fazem questão de ressaltar, ele também é MONSTRUOSO nos bloqueios. Um dos melhores na função.
Nos dois jogos em que ele não esteve em campo na temporada regular de 2019, San Francisco teve média de 2,63 jardas por corrida e 60,5 jardas corridas, com nenhum TD terrestre. Nos outros 14 jogos, médias de 4,83 jardas por carregada e 156 jardas corridas por jogo, com 23 TDs corridos. Evidente a diferença, não?
Não à toa, Kittle recebeu uma nota geral de 94.4 segundo o site especializado Pro Football Focus, uma máquina de compilar dados. Essa foi a maior avaliação dada a um TE na história do PFF para um jogador da posição. E foi a maior nota de qualquer jogador da NFL em 2019.
Dois Pro Bowls, uma vaga no segundo time All-Pro em 2018 e uma vaga no primeiro time All-Pro em 2019. E vem mais. Bem, não preciso mais gastar o nosso tempo elogiando Kittle.
A negociação contratual demorou, foi mais arrastada do que em outros anos (sobretudo por causa da pandemia), mas o camisa 85 seria pago cedo ou tarde. E foi. Tudo que mencionei acima (e mais tantas coisas que certamente não consegui escrever) são os motivos disso.