No Huddle – O boletim de notícias de NFL do Quinto Quarto
– Enquanto planeja o início da temporada 2020 como o usual, em setembro, a National Football League já está pensando em algumas mudanças de regras para o próximo campeonato. E, entre as principais propostas estão a adição de um árbitro aéreo (sky judge) para ajudar na arbitragem e uma alternativa ao onside kick.
Os proprietários de franquias devem votar nestas propostas no dia 28 de maio, a próxima quinta-feira, em uma teleconferência virtual. A informação é de Judy Battista e Tom Pelissero, da ‘NFL Network’.
O comitê de competição da liga já havia determinado que a regra de um ano que permitia a revisão por replay de penalidades de interferência no passe (pass interference) deu tão errado que não será mantida por mais um ano. Entretanto, outra ideia referente a isso que surgiu no ano passado está voltando a ser considerada.
O Baltimore Ravens e o Los Angeles Chargers propuseram a adição de um árbitro de cabine – também conhecido como sky judge – para ser um oitavo juiz à disposição. Essas duas equipes também propuseram a inclusão de um consultor sênior de tecnologia para o árbitro para auxiliar a equipe de arbitragem.
O comitê de competição enviou um relatório às equipes no mês passado, no qual declarou apoio a uma análise mais aprofundada dos oficiais de campo, sendo auxiliados por funcionários que teriam acesso a um feed de vídeo. Assim, mesmo se os donos de times não aprovarem de cara a proposta na semana que vem, é provável que testes sejam realizados na pré-temporada para uma possível implementação ampliada.
Já a proposta que é uma alternativa ao onside kick é igualmente interessante. Desde que houve mudanças nos kickoffs, em 2018, proibindo as equipes de especialistas de começarem a correr antes do chute, o onside kick (um chute em que o time que chuta tenta recuperar a bola sem devolver a posse ao adversário) se tornou muito menos efetivo. Houve apenas 10,4% de recuperação de onside kicks nas últimas duas temporadas.
Assim, a proposta que foi trazida pelo Philadelphia Eagles vem ganhando força. Sob esta alternativa, o time que está perdendo o jogo poderia tentar manter a posse de bola com uma conversão de quarta descida para 15 jardas de sua própria linha de 25. Esse recurso poderia ser utilizado apenas duas vezes por partida.
Por fim, também há uma proposta do comitê de competição que impediria os times de manipularem o relógio de jogo ao cometerem várias faltas com a bola parada enquanto o cronômetro estivesse rolando. Esta brecha foi utilizada pelo New England Patriots contra o New York Jets e, nos playoffs, os Patriots sofreram com isso contra eles quando o Tennessee Titans utilizou o mesmo artifício na rodada de wild card.
– Por falar na alternativa ao onside kick mencionada acima, a proposta parece estar ganhando força. E um dos astros da liga que parecem ter curtido a ideia é o quarterback Patrick Mahomes, do Kansas City Chiefs.
No Twitter, o camisa 15 dos Chiefs indicou que arriscar uma quarta para 15 pode ser uma boa para seu ataque poderoso.
– A NFL e outras ligas esportivas ao redor do mundo seguem estudando opções para retorno das atividades em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Mas, se a ideia de atuar em jogos sem torcedores parece ser o mais viável neste momento, o defensive tackle Aaron Donald, do Los Angeles Rams, não gosta muito do cenário.
“Você precisa de torcedores para jogar um jogo. Não vejo como você pode jogar sem fãs, sinto que isso tira a emoção e a diversão do jogo. (…) Eu sinto que os fãs é o que te anima. Os fãs são o que torna o jogo emocionante. Os fãs lhe darão um impulso extra quando você estiver cansado e exausto, quando você faz aquela grande jogada e ouve 80.000 torcedores enlouquecendo. Isso simplesmente te dá força”, afirmou o pass rusher nesta quinta, em uma videoconferência com repórteres.
Duas vezes eleito o Jogador Defensivo do Ano da NFL, Donald vem treinando em uma academia particular em Pittsburgh. O defensive lineman disse que estaria preparado para o começo da próxima temporada, mas ele espera que, até lá, a torcida possa estar presente.
“Você treina, e treino é treino. E então você se prepara para jogar e estar em um grande palco e jogar na frente de uma multidão. (…) Apenas sem emoção (sem torcedores). Não seria divertido para mim. Eu não acho que seria divertido jogar um jogo de futebol sem torcedores”, finalizou.
– O defensive end Aldon Smith disse que está “grato” pela chance de voltar a jogar na National Football League, depois de ser reintegrado de maneira condicional pela liga na última quarta (20).
Smith, que ficou suspenso desde a temporada 2015 da NFL devido às violações à política de conduta pessoal e abuso de substâncias, falou sobre sua reintegração em uma entrevista ao ‘TMZ Sports’.
“Eu acho que a emoção geral é que sou grato. Estou muito agradecido. (…) Eu percorri um longo caminho. Para mim, ter a oportunidade de voltar e fazer algo que eu amo, algo que eu curti – apenas ter essa oportunidade novamente significa muito. Consegui derrotar alguns grandes, grandes obstáculos na minha vida”, afirmou.
Smith, que fez trabalhando em um centro de reabilitação para usuários de álcool e drogas, agora quer que sua história seja uma inspiração para outros.
Em 59 jogos antes da suspensão, ele somou 47,5 sacks. E, ao ‘TMZ’, ele disse que agora é “uma pessoa melhor de maneira geral”.
Consegui jogar em alto nível com muitas outras coisas acontecendo na minha vida. Com a forma como a vida é para mim agora, estou ansioso para ver o que posso fazer”, frisou.
– A jornada do quarterback Tom Brady a cada um de seus nove Super Bowls disputados com o New England Patriots será o tema de uma série da ‘ESPN’ que será lançada em 2021.
Intitulada ‘The Man in the Arena: Tom Brady’ (em tradução: ‘O Homem na Arena: Tom Brady’), a série de nove episódios incluirá um olhar da perspectiva de Brady nos seis títulos da NFL e nas três derrotas no Super Bowl de que ele fez parte.
Deve ser uma rara oportunidade para revelações do quarterback geralmente privado, que deixou New England este ano, após 20 temporadas dedicadas à equipe, e agora é jogador do Tampa Bay Buccaneers.
– Adrian Peterson vai atuar em sua 13ª temporada na National Football League em 2020 e, novamente com o Washington Redskins, ele terá que atuar sem a ajuda de Trent Williams na linha ofensiva. Mesmo sem o offensive tackle durante toda a temporada 2019, depois que o jogador se ausentou da franquia devido a problemas com a diretoria, Peterson esperava que Williams pudesse voltar neste ano.
Mas o tackle foi trocado com o San Francisco 49ers em abril, depois de um desgaste muito grande entre ele e os Redskins. E Peterson lamenta a saída do companheiro.
“Obviamente, não gostei muito da troca. Sinto que Trent é o melhor offensive lineman do esporte. Eu pude vê-lo em primeira mão e o que ele é capaz de fazer. Eu esperava que houvesse um final bom para ele e com o que os Redskins estivessem lidando, mas estou feliz por ele. Eu conheço Trent desde que ele estava no ensino médio e, desde que ele esteja feliz, isso é tudo o que importa”, afirmou AP, segundo o site oficial dos Redskins.
– Adquirido pelo Tampa Bay Buccaneers em troca com o New England Patriots, Rob Gronkowski voltou da aposentadoria nesta offseason para ter a chance de jogar com seu velho quarterback Tom Brady na nova equipe que a franquia da Flórida está montando.
E, depois de emagrecer para 108kg durante a aposentadoria, o tight end disse ao ‘CBS Sports HQ’ nesta semana que ele está quase perto do seu peso ideal para jogar na NFL.
“Sim, baby, sim. Você sabe. O menor que eu consegui foi 108 (kg). E foi bom, você sabe. Eu estive acima de 117, basicamente, toda a minha vida inteira, desde o ensino médio. Desde o último ano do ensino médio, eu tinha 117. Nunca tinha menos de 117 desde então. Então, foi bom apenas largar esse peso, aliviar minhas articulações, deixar meu corpo livre. Eu meio que senti que o peso também era carregado. Então, me senti bem em me livrar disso”, falou. “(…) Todo mundo pensa que eu tenho 108, 104, mas estou basicamente a mais quatro shakes de proteína do meu peso”, brincou.
– O quarterback Cam Newton, atualmente um free agency, segue com o mercado mais frio do que o Polo Sul. Mas, enquanto ele não consegue um novo time, o ex-signal caller do Carolina Panthers mostrou em uma série de posts no Instagram que segue treinando e trabalhando nos lançamentos e tudo mais.
As imagens mostram que tanto os problemas no ombro, que o incomodaram no passado, quanto a lesão no pé sofrida na temporada passada parecem ter ficado para trás.
– Frank Gore não considerou seriamente se aposentar nesta offseason e, recentemente, o running back veterano acertou com o New York Jets. E ele sabe que ainda tem gasolina no tanque para contribuir na NFL.
“Eu não (considerei me aposentar) porque … nos primeiros 6-7 jogos (com o Buffalo Bills na última temporada), eu estava jogando … eu sentia que ainda podia fazer isso”, falou Gore, segundo Manish Mehta, do ‘NY Daily News’.
Gore está entrando em sua 16ª temporada na NFL e, no último ano, com os Bills, ele correu 166 vezes para 599 jardas e dois touchdowns em 16 jogos.
Agora voltando a trabalhar com o técnico Adam Gase (com quem trabalhou no Miami Dolphins em 2018), o veterano sabe que seu papel é ajudar como reserva de Le’Veon Bell no backfield ofensivo dos Jets. E ele não se importa em ter esse papel secundário.
“Está bom para mim. Estou feliz por estar jogando esse jogo na minha idade”, frisou.
Agora com Tom Brady tendo saído da divisão AFC East, deixando o New England Patriots para se juntar ao Tampa Bay Buccaneers, Gore vê a divisão como “totalmente aberta”.