Pego de surpresa em 2020, Justin Herbert é o Calouro Ofensivo do Ano

Bruno Bataglin | 06/02/2021 - 17:20

Ninguém viu uma vaga cair mais em seu colo na temporada 2020 do que Justin Herbert. Selecionado com a sexta escolha geral do Draft NFL 2020, o quarterback iniciou o campeonato como reserva do Los Angeles Chargers. Mas uma agulhada mudou tudo, literalmente.

Tyrod Taylor iniciou a temporada como QB titular dos Chargers. Mas, na semana 2, depois de sofrer uma lesão no peito durante o aquecimento, Taylor teve que tomar uma injeção de analgésico. Contudo, em uma falha grave do médico dos Chargers, ele acabou tendo seu pulmão perfurado pela agulha.

A oportunidade, de maneira totalmente inesperada, foi para as mãos de Herbert. E o calouro correspondeu. Logo em seu primeiro jogo como titular na NFL, na derrota por 23 a 20 para o Kansas City Chiefs, na prorrogação, o camisa 10 acertou 22 passes de 33 para 311 jardas, um touchdown e uma interceptação. Ele ainda anotou um TD corrido.

Nada mal para uma estreia.

Foram quatro derrotas nos quatro primeiros jogos. Mas, ainda assim, Herbert fez excelentes partidas em dois deles.

Na derrota para o Tampa Bay Buccaneers por 38 a 31, na semana 4, ele completou 20 passes de 25 para 290 jardas, três touchdowns e uma interceptação (passer rating de 137.9).

Na semana seguinte, na derrota por 30 a 27 para o New Orleans Saints, na prorrogação, o calouro voltou a brilhar: 20/34 para 264 jardas e quatro TDs, sem interceptações.

Herbert continuou demonstrando brilhantismo semana após semana. E marcas foram estabelecidas.

O signal caller estabeleceu o recorde de maior número de passes para TD por um calouro na história da NFL (31) e maior número de TDs totais por um QB calouro na história da liga (36, contando os TDs corridos).

Não parou por aí, já que o jovem quarterback ainda teve o maior número de passes completados (361) e a segunda maior quantidade de jardas (4.336) por um QB calouro na história.

Tal desempenho em 2020 fez, inclusive, com que ele levasse o prêmio Pepsi NFL Rookie of the Year 2020 nesta última semana, premiação de votação popular. Assim, era só questão de tempo até o prêmio oficial chegar no NFL Honors. Ele chegou.

Herbert demonstrou garra, ousadia e um braço potente. Se for ainda mais lapidado, o garoto vai voar. Ele tem todas as ferramentas para ser um grande quarterback titular na National Football League. E isso que o primeiro ano dele na NFL foi com o contestado Anthony Lynn como treinador.

Se antes Justin Herbert era apenas o futuro dos Chargers, agora ele parece ser realidade já no presente. Enfim, temos um franchise quarterback na era ‘pós-Philip Rivers’.

Escrito por Bruno Bataglin
Formado em jornalismo em 2013 pela Cásper Líbero, é um dos fundadores do Quinto Quarto e é editor de NFL. Apaixonado por esportes e por música, não necessariamente nesta ordem. Produtor de conteúdo e pensador nas horas vagas.