Estudo diagnostica encefalopatia traumática crônica em ex-jogador ainda vivo

André Garda | 16/11/2017 - 19:58

(Crédito: Instagram/reprodução)

Pesquisadores dizem que um estudo recentemente publicado confirma ter achado a encefalopatia traumática crônica (CTE, sigla em inglês) em um paciente vivo.

O estudo publicado nesta semana encontrou a presença de tau, uma proteína que se forma em torno de células neurais danificadas, em 14 jogadores da NFL aposentados através de uma varredura cerebral. Após a morte de um dos jogadores, os médicos confirmaram o diagnóstico da doença.

O Dr. Bennett Omalu, um dos 12 pesquisadores que participaram do estudo, declarou ao ‘Outside the Lines’, da ‘ESPN’, que o ex-jogador era Fred McNeil, que morreu em 2015. Já o Dr. Julian Bailes afirmou que a nova publicação contém a revisão por pares de dois co-autores, que confirmaram que McNeil vivia com a doença.

A encefalopatia traumática crônica por causar sintomas como depressão, raiva impulsiva, mudanças de humor violenta, perda de memória e déficits similares ao Alzheimer. A doença foi encontrada em diversos ex-jogadores da NFL, por exemplo, Junior Seau, Dave Duerson e Aaron Hernandez.

“Isso não é apenas sobre concussão. São anos de exposições e golpes subconcussivos”, disse Bailes.

McNeil havia sido estudado por pesquisadores da UCLA, incluindo Omalu, depois que ele estava mostrando sintomas da doença. Em fevereiro de 201, Omalu comentou que o caso de McNeil era o primeiro de correlação entre o teste experimental da UCLA com o exame pós-morte.

Bailes disse que os dados poderiam um potencial diagnóstico de encefalopatia traumática crônica em jogadores enquanto ainda estão vivos. “A importância disso é que é a primeira vez que há uma varredura que mostra degeneração cerebral de CTE em uma pessoa viva e depois que a pessoa morreu e isso está correlacionado com a autópsia”, afirmou o doutor.

Bailes afirmou que o estudo precisa de mais pesquisas para verificar a correlação entre tau e a encefalopatia traumática crônica. Omalu disse à ‘CNN’ que a equipe de pesquisa está arrecadando fundos para novas pesquisas para replicar os resultados do estudo, mas que um teste comercial pode estar disponível em menos de cinco anos.

Escrito por André Garda
Amante de esportes em geral e ex-jogador de beisebol. Apesar de preferir o passatempo americano e torcer pelo New York Yankees, me redimo ao acompanhar o sofrido Miami Dolphins na NFL e fico sem time da NBA.
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