Demissão de Adam Gase do New York Jets põe fim à saga do ‘guru ofensivo’ do Paraguai

Bruno Bataglin | 03/01/2021 - 23:32

Adam Gase pode até entender um pouquinho de futebol americano, mas ele é um head coach PÉSSIMO. E eu não temo ser injusto ao falar isso. O trabalho dele em duas temporadas no New York Jets é a prova cabal de que estou certo.

Foram nove vitórias e 23 derrotas em duas temporadas como técnico principal. Mas, se o trabalho em 2019 deu para o gasto, com campanha de 7-9, o de 2020 foi uma vergonha. Afinal, o time terminou com 2-14 e poderia perfeitamente ter fechado com 0-16 pela primeira vez na história da organização nova-iorquina.

A temporada 2020 dos Jets terminou da maneira como iniciou nos 13 primeiros jogos: com derrota. O revés por 28 a 14 para o New England Patriots, rival de divisão, foi a pá de cal. Mas Gase estava demitido desde a metade da temporada, vamos ser sinceros.

As 13 derrotas consecutivas foram um recorde da história da organização.

Christopher Johnson, CEO dos Jets, foi quem anunciou a demissão. E esse executivo foi a mesma pessoa que chamou Gase de uma “brilhante mente ofensiva” no início da temporada. Que pena que eu sinto da ingenuidade dele.

Em 2020, os Jets tiveram o pior ataque em jardas por jogo (275,3 por partida) e o pior em pontos (15,3 por jogo). E o quarterback Sam Darnold teve uma involução evidente em relação aos dois anos anteriores, acertando 59,6% de seus passes para 2.208 jardas, nove touchdowns e 11 interceptações em 12 partidas, com um passer rating de 72.7.

Eu gostaria de saber em que mundo uma “brilhante mente ofensiva” faz isso. Ou talvez eu não entenda nada MESMO de futebol americano.

Não bastasse tudo isso, os Jets de Gase venceram duas partidas nas últimas três semanas e deixaram a escolha número 1 do Draft NFL 2021 cair no colo do Jacksonville Jaguars. É muita incompetência.

No início de dezembro, Gase demitiu o coordenador defensivo Gregg Williams depois de ceder um TD bisonho para o Las Vegas Raiders. Aquilo já era mais um sinal de que nada estava bem. Ficou pior com as duas vitórias, por incrível que pareça.

Quinze das 23 derrotas de Gase no cargo foram por dez ou mais pontos. E, em 2020, o NY Jets teve um saldo de pontos de -214. Jesus.

Gase demorou para cair e não vai deixar saudades nos torcedores dos Jets. Se a esperança é verde, neste dia 3 de janeiro os Jets ficam ainda mais verdes. Um novo head coach vai chegar e ele não será tão ruim quanto Adam. Impossível.

Escrito por Bruno Bataglin
Formado em jornalismo em 2013 pela Cásper Líbero, é um dos fundadores do Quinto Quarto e é editor de NFL. Apaixonado por esportes e por música, não necessariamente nesta ordem. Produtor de conteúdo e pensador nas horas vagas.