Se encerra às 17h (horário de Brasília) desta quinta-feira (8) o prazo para as equipes da NBA fazerem qualquer negociação que envolva troca de jogadores. Mais do que uma data importante para o mercado, a chamada trade deadline praticamente define quais serão os 30 elencos que disputarão a reta final da temporada. Depois disso, só poderão ser contratados jogadores que estejam livres no mercado após dispensas ou acordos com as franquias. No ano passado, por exemplo, Russell Westbrook e Kevin Love assinaram com Los Angeles Clippers e Miami Heat nestas condições.
Também em 2023, o Los Angeles reformulou seu grupo com as chegadas de D’Angelo Russell, Rui Hachimura, Jarred Vanderbilt e Malik Beasley e conseguiu dar a arrancada que precisava para se classificar aos Playoffs. De quebra, bateu Memphis Grizzlies e Golden State Warriors e classificou-se para a final da Conferência Oeste, mesmo com o sétimo lugar da temporada regular.
Não existe até o momento nenhum indício de equipe que possa dar um salto tão grande este ano, saindo da zona de baixo dos 50% de aproveitamento para a briga pelo título. Entre os que já brigam por alguma coisa, no entanto, a tendência é que haja movimentação em busca de reforços. Hoje falaremos sobre as necessidades de cinco times da NBA às vésperas trade deadline.
As trocas que precisam ser feitas por cinco times da NBA
Lakers: defesa nas alas
O ataque de Los Angeles teve uma melhora recente significativa, em especial pelo crescimento de D’Angelo Russell, com média de 22.8 pontos em mais de 45% de aproveitamento do perímetro nos últimos 15 jogos. O time, que tem o 20º Offensive Rating na NBA, foi o nono melhor no quesito neste mesmo período, aumentando de 113.6 para 118.1 pontos a cada 100 posses.
A maior dificuldade de Darvin Ham hoje é defensiva. Nos últimos dias, o técnico teve confirmada a ausência de Jarred Valderbilt de quatro a seis semanas com uma lesão no pé direito. Isso abre margem para que os Lakers busquem reposições para as alas, já que não terá seu melhor defensor da posição até o final da temporada regular. Como D’Angelo Russell parece ter garantido sua vaga no elenco com as boas atuações, a busca por um novo armador que possa aliviar o fardo de LeBron James e Anthony Davis no ataque deve mesmo ficar em segundo plano.
Knicks: mais opções de criação
Se em LA a busca por nomes de backcourt esfriou, em Nova York esta hoje é a principal carência do elenco. A troca por OG Anunoby levou a equipe à melhor campanha e melhor defesa da NBA em janeiro, mas também significou abrir mão de RJ Barrett e Imanuel Quickley. O momento de Jalen Brunson é muito bom, mas nos Playoffs ele precisará de alguém que o ajude na condução do ataque.
Por sorte, esta busca não parece das mais complicadas. O nome escolhido não precisa necessariamente ser um armador de origem, apenas alguém que possa ter a bola nos minutos em que Brunson descansa. Barrett, por exemplo, exercia essa função mesmo sem ter características de um jogador da posição de número 1.
Bucks: defesa no perímetro
A verdade é que Milwaukee nunca conseguiu repor a saída de PJ Tucker, peça fundamental no título de 2021. A dificuldade do time para defender nas alas já era assunto no ano passado, mas este ano a saída de Jrue Holiday escancarou o problema. A chegada de Damian Lillard garante ao time um dos quatro melhores Offensive Ratings da liga, mas na defesa o time é apenas o 19º do ranking.
Com Giannis Antetokounmpo e Brook Lopez dando a segurança no garrafão, a missão da diretoria é encontrar uma peça que nas fases eliminatórias possa amenizar os desajustes sem a bola no perímetro. Khris Midleton, Cameron Payne, Malik Beasley e Pat Connaughton não têm as características necessárias para isso. A questão pode ser resolvida tanto com a chegada de novos alas quanto de novos armadores.
Nuggets: mais pontos do banco
Não há muita coisa que possa ou precise ser melhorada nos campeões, mas há quem diga que o segundo título consecutivo é sempre mais difícil do que o anterior. Este ano, uma situação que Michael Malone pode dar atenção para chegar com força pós-temporada é dos seus bancários, que têm contribuído pouco com o ataque. Hoje, Denver é apenas o 25º no ranking de pontos marcados por reservas, com média de 29.7.
O principal cestinha nesta condição é Reggie Jackson, com 8.8 nas partidas em que não começa entre os titulares. Depois dele, vêm os jovens Christian Braun (7.0) e Payton Watson (6.6). Isso ainda não se mostrou um grande problema na fase classificatória, pode comprometer na briga pelo bicampeonato.
Warriors: reformulação
Vamos ser sinceros, não há muito que um time de apenas 22 vitórias possa fazer para brigar pelo título a esta altura da competição. Desperdiçar um bom ano de Stephen Curry nesta fase da carreira é um pecado, mas os problemas atuais de Golden State são reflexo das decisões erradas no passado. O foco, agora, deve ser em evitar que 2025 seja da mesma forma.
Se os Warriors fizerem qualquer movimento nesta trade deadline, imagino que será pensando no médio e longo prazo e não na briga imediata pelo troféu. Um nome que pode parar em outro lugar é Chris Paul, que tem contrato expirante e deve sair livre ao final dele. Klay Thompson tem o segundo maior salário do elenco (U$43 milhões) e também não tem futuro garantido a partir de junho, o que vai facilitar bastante na busca por reforços para a próxima temporada.