A lenda Phil Jackson, dono de 13 títulos da NBA e ex-técnico das lendas Michael Jordan e Kobe Bryant, disse que não assiste mais aos jogos da liga desde a “bolha” de 2020.
Em participação no podcast ‘Tetragrammaton with Rick Rubin’, o ex-treinador de Chicago Bulls e Los Angeles Lakers criticou a “politização” do esporte e as manifestações dos atletas durante o final do campeonato em Orlando, três anos atrás.
Para Jackson, o uso de palavras como “justiça” e “igualdade” nas costas das camisas dos jogadores, em 2020, foi um fator decisivo para que ele deixasse de acompanhar as partidas.
— Meus netos acharam engraçado. Eu não conseguia assistir aquilo — disse.
Por conta da pandemia de COVID-19, a NBA organizou uma “bolha” em Orlando para que a temporada pudesse ser finalizada. O momento coincidiu com os protestos do Black Lives Matter ao redor dos Estados Unidos e em diversos outros países.
Os atletas, então, passaram a usar a projeção do basquete para expressar sentimentos e manifestos sobre questões sociais.
— Estavam tentando atender a uma audiência ou atrair uma certa audiência para o jogo, mas não sabiam que estavam desmotivando outras pessoas — analisou Jackson. — As pessoas querem ver o esporte como não-político. Política fica fora do jogo, não precisa estar lá.
Como jogador, Phil Jackson conquistou dois títulos da NBA pelo New York Knicks, em 1970 e 1973. Seu maior sucesso, no entanto, foi na função de treinador. Ele comandou o histórico time dos Bulls na época de Michael Jordan e, mais tarde, os Lakers de Kobe Bryant.
Entre 1991 e 2010, Jackson faturou onze títulos como técnico — seis em Chicago e cinco em Los Angeles.