A tarde deste domingo foi de muita expectativa para os fãs da NBA. Apenas uma das quatro vagas das semifinais da Conferência Leste ainda estava sem definição. Afinal, quem vai enfrentar o Boston Celtics? E essa definição veio depois de um jogaço digno de um Jogo 7. Cleveland Cavaliers e Orlando Magic fizeram um jogo que entrou para a história da NBA, e a franquia de Cleveland levou a melhor, vencendo por 106 a 94.
E o duelo foi histórico porque marcou a maior reviravolta em um Jogo 7 de playoffs desde 1997. E o grande responsável por isso, sem dúvidas, é o armador Donovan Mitchell. Com 39 pontos, nove rebotes e cinco assistências, o camisa 45 comandou o time para uma virada que vai ficar marcada na história. O armador ainda poderia ter entrado para a história com outra estatística impressionante, mas por dois pontos não conseguiu.
Com os 39 jogos deste domingo e os 50 anotados no Jogo 6, na última sexta-feira, ele ficou atrás de Allen Iverson como o jogador que mais marcou pontos nos jogos 6 e 7 de uma série de Playoffs. A lenda do Philadelphia 76ers somou 90 nos dois últimos jogos na Final da Conferência Leste de 2001, contra o Milwaukee Bucks. Mitchel somou 89.
Pelo lado de Orlando, nem mesmo os 24 pontos do armador Paolo Banchero no primeiro tempo do jogo foram o suficiente para garantir a classificação. Cmo 38 pontos e 16 rebotes no jogo, Banchero viu a sua equipe desperdiçar uma vantagem de 16 pontos e sair derrotada por 12. Uma forma dolorida de terminar a temporada.
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— NBA (@NBA) May 5, 2024
Orlando domina o primeiro tempo com muita magia de Banchero
O primeiro quarto, que começou pegando fogo, terminou com as duas equipes desperdiçando muitas chances. Mas vamos por partes, do começo.
As ações iniciais do Cleveland Cavaliers e do armador Donovan Mitchell fizeram o torcedor se empolgar. Com quatro minutos de jogo, seis dos 10 pontos do time haviam saído das mãos do camisa 45. O problema é que boa parte desses pontos surgiram nos lances livres, já que nos arremessos de quadra a estrela dos Cavaliers estava deixando a desejar, com 22% de aproveitamento.
E esse baixo aproveitamento de Mitchell parece ter se espalhado para toda a equipe, que terminou os 12 primeiros minutos de jogo com apenas seis arremessos convertidos em 22 tentados, um aproveitamento de apenas 27%. O resultado disso? Uma desvantagem de 10 pontos no placar.
Como o Orlando Magic não tinha nada a ver com isso, tratou de aproveitar o mal momento dos donos da casa para abrir o máximo de vantagem possível. E com Paolo Banchero anotando 10 pontos, a tarefa ficou ainda mais fácil. A principal estrela de Orlando no jogo comandou o time no primeiro quarto.
E quanto mais o jogo seguia, mais tranquila parecia estar a situação de Orlando. A vantagem, que antes era de 10, chegou a ser de 18 pontos, com Banchero somando 14 pontos no segundo período. O time controlava bem o jogo e forçava os Cavaliers ao erro. Até que tudo começou a dar errado e a corda da vantagem foi ficando cada vez menos esticada. Nos últimos quatro minutos do segundo período, o time de Cleveland parece ter acordado, e somou 12 pontos para apenas 4 cedidos ao Magic, deixando o placar em apenas 10 pontos de diferença.
Sem magia: Cavaliers revertem desvantagem e vão para as semifinais
E aquele clima de passeio que parecia ter tomado conta do jogo em seu começo, definitivamente foi dando lugar a um clima de jogaço. Os Cavaliers iam, pouco a pouco, diminuindo a larga vantagem criada pelo Magic na primeira metade do jogo. Até que, o que parecia inevitável, aconteceu. Em pouco mais de 7 minutos de bola rolando no terceiro período, o Cleveland Cavaliers virou o jogo.
A virada veio depois de uma sequência absurda de 15 pontos contra apenas sete do Magic. Liderados por Donovan Mitchell e Caris LeVert, os Cavaliers passaram a frente pela primeira vez desde o início do jogo. A partir daí, os donos da casa não soltaram mais a vantagem. O time que perdia por 10 pontos no intervalo, terminou o terceiro período vencendo por oito. Uma recuperação impressionante, que forçou o Orlando Magic a acertar apenas quatro das 24 tentativas, um aproveitamento de apenas 16%.
Extenuado, o Orlando Magic não conseguia achar respostas para parar o ímpeto de Cleveland. Darius Garland, que até então estava sumido no jogo com apenas dois pontos, resolveu aparecer. No último período do jogo, foram 10 pontos