Loucura: March Madness chega à reta final com cinco favoritos eliminados

Antônio Henrique Pires Collar | 30/03/2024 - 10:00

O nome March Madness, traduzido para Loucuras de Março em português, não poderia ser mais apropriado para o torneio de nacional da NCAA. Quando as principais universidades dos Estados Unidos se enfrentam no caminho para o título nacional, coisas malucas de fato acontecem. Na edição deste ano, vimos novamente que nenhum favorito está a salvo e alguns dos principais postulantes ao troféu já voltaram para casa.

Neste sábado (30) tem início a fase chamada de Elite 8, que nada mais é do que as quartas de final. E dos oito times apontados como os mais fortes na disputa pela taça, apenas três seguem vivos na competição. Depois de uma primeira fase com pouco drama, com todos os primeiros e segundos colocados avançando, o Sweet 16 (oitavas de final) foi marcado pelo tradicional caos que deu origem ao nome do campeonato.

Como ficou definido o Elite 8 do March Madness

Os primeiros jogos do Sweet 16 ocorreram na quinta-feira, e a loucura deu a cara logo no primeiro dia. Entre os vistos como mais fortes, foram eliminados North Carolina e Arizona, dois primeiros colocados do Oeste, e Iowa State, segunda no Leste. Em seus lugares, avançaram Alabama, Clemson e Illinois.

Ainda assim, a maior surpresa de todas veio apenas na noite de sexta-feira. Apontada tanto por casas de apostas de Las Vegas quanto pelas principais mídias especializadas dos Estados Unidos como segunda principal candidata ao título , a universidade de Houston foi eliminada pela tradicional Duke. A partida registrou o menor placar da rodada, 54 a 51.

Outra grande surpresa aconteceu entre NC State contra Marquette. Ainda que Marquette não tivesse o mesmo status de equipes como Houston, por exemplo, era considerada uma das oito mais fortes e com grandes chances de estar no Elite 8. Mesmo assim, a segunda ranqueada da chave foi desbancada pela 11ª.

Diferentemente dos gigantes North Carolina e Duke, outros dois times do estado da Carolina do Norte, NC State não é um programa acostumado a estar entre os principais do país há bastante tempo. A última vez que a equipe havia se classificado entre os oito melhores dos Estados Unidos havia sido em 1983 – naquele ano, terminou com a taça, sua segunda e até então última. Para se ter ideia, neste período as universidades vizinhas combinaram para nove títulos, sendo todos os cinco na história de Duke e os quatro mais recentes de North Carolina.

Quais serão os jogos do Elite 8

Parte da tão falada loucura envolvendo o torneio da NCAA se dá também pela falta de tempo entre os compromissos. Após dois dias intensos de Sweet 16, o Elite 8 toma conta já neste sábado, com a definição dos primeiros dois semifinalistas. Desta forma, entram em quadra os times que garantiram classificação na quinta.

A primeira partida será entre UConn e Illinois, a partir das 19h, em Boston. A Universidade de Connecticut tem hoje o time considerado o mais forte do campeonato e venceu 34 dos 37 jogos que disputou antes do March Madness. Mais tarde, em Los Angeles, as surpresas Alabama e Clemson se enfrentam na briga por aquela que seria a primeira classificação a um Final Four na história de ambos os programas. Enquanto Alabama não chegava entre os oito há 20 anos, Clemson não alcançava o feito desde 1980.

Já no domingo, outro grande postulante ao troféu que entra em quadra é Purdue, que encara Tennessee. O duelo será realizado em Detroit, na arena dos Pistons. Amanhã, o ginásio do Dallas Mavericks recebe o clássico mais improvável da edição, com os dois times da Carolina do Norte se enfrentando. Os pentacampeões de Duke tentam voltar às semifinais após dois anos, enquanto os bicampões de NC State tentam quebrar um jejum de quatro décadas.

Qual o horário do March Madness?

Sábado

19h00 – (1) UConn x Illinois (3)
Local: TD Garden, Boston

21h00 – (4) Clemson x Alabama (6)
Local: Crypton.com Arena, Los Angeles

Domingo

15h20 – (1) Purdue x Tennessee (2)
Local: Little Caesars Arena, Detroit

18h00 – (4) Duke x NC State (11)
Local: American Airlines Arena, Dallas

Escrito por Antônio Henrique Pires Collar
Formado em jornalismo pela PUCRS e em Basketball Analytics pela Sports Management Worldwide. Com passagem de 6 anos e meio pela editoria de Esportes do jornal Zero Hora e do portal GZH, de Porto Alegre.