O prêmio de MVP parecia estar garantido para Giannis Antetokoumpo pelo segundo ano seguido, mas uma campanha começou para LeBron ser considerado para um possível quinto troféu de Most Valuable Player. Você pode achar isso pertinente ou um absurdo – pessoalmente não acho justo – mas LeBron usou dois jogos especiais para se colocar na discussão.
Contra o Milwaukee Bucks e Giannis, na sexta-feira, ele entregou 37 pontos, 8 rebotes e 8 assistências em uma performance incrível. E por isso ganhou o Troféu Brian Scalabrine, que é mais importante que 10 MVPs juntos.
Não fique surpreso com a foto abaixo, foi só uma piada com os torcedores dos Lakers que me acusam de ser anti-Lebrão.
E neste domingo, contra o Los Angeles Clippers que estava voando com seu núcleo junto e saudável, LeBron não foi tão espetacular nos números – 28 pontos, 7 rebotes e 9 assistências, 7 de 17 nos arremessos – mas quem viu o jogo sabe apontar quão agressivo ele foi. Além de ser dominante nos dois lados da quadra, LeBron fez a festa indo para a linha do lance livre 14 vezes. Foram quase metade dos seus pontos ali.
Confira nosso podcast, o melhor dos esportes americanos! Juramos para você!
Os Lakers quiseram mais que os Clippers no Staples Center, que tinha mando dos Clippers, mas presença maciça dos torcedores dos Lakers.
Voltando ao jogo do Rei, ele foi impressionante, também na marcação. LeBron não se poupou nesse lado e até por bola dividida no chão ele brigou e ganhou. O time permitiu a conversão de apenas 38,8% dos arremessos adversários.
Não dá para falar que Kawhi Leonard não quis sujar o uniforme, mas também ficou claro que Marcus Morris no fim não conseguia ser páreo para o camisa 23. Faltou o atual MVP das finais e Paul George igualarem o nível de intensidade.
Aliás até quando Kawhi foi marcar LeBron, levou um bloqueio/encoxada de Anthony Davis e viu LeBron explodir até a cesta.
E tudo isso que estamos falando é sobre um jogador de 35 anos. Na sua 17ª temporada.
Michael Jordan jogou 13 temporadas nos Bulls e duas nos Wizards. Larry Bird e Magic Johnson duraram 13 temporadas (claro, Magic teve o diagnóstico). Não é normal o que estamos vendo. Só há três paralelos.
Em sua 17ª temporada, Kobe Bryant teve 27,3 pontos de média e jogou 78 partidas, com absurdos 38 minutos por jogo. Foi a temporada com Dwight Howard e Steve Nash, para quem lembra do “big 4” criado e que não deu nada certo por lesões, completa falta de química e o circo que se forma em Los Angeles quando os Lakers são uma bagunça. O time foi varrido pelos Spurs, com Kobe se machucando, na primeira rodada dos playoffs.
Em sua 17ª temporada (2001/02), Karl Malone ainda era um touro e tinha sido MVP dois anos antes. Ele teve 25 pontos e 10,1 rebotes de média para um Jazz que teve 44 vitórias e perdeu na primeira rodada dos playoffs para o Jazz.
Em sua 17ª temporada, Kareem Abdul-Jabbar subiu de 22 pontos para 23,4 pontos por jogo. Ele já tinha seis troféus de MVP, quatro títulos na conta e conquistaria sua última seleção para o melhor quinteto da NBA (All-NBA). Os Lakers tinham tudo para fazer mais um duelo contra o Boston Celtics, mas caíram nas finais do Oeste para o Houston Rockets.
LeBron James não está mais no auge, mas sua versão 2020 estar tão próxima dos áureos tempos é algo absurdo. E ele ser o líder de um time que terá mais de 60 vitórias e é favorito ao título da NBA só tem Kareem como paralelo. E o pivô era um coadjuvante de luxo de Magic Johnson assim como Anthony Davis é de LeBron.
Depois deste domingo já vimos tudo que precisávamos da temporada regular. Estamos prontos para os playoffs. E tomara que tenhamos mais duelos entre LeBron e Kawhi, Lakers x Clippers.