A pouco menos de dois meses do início dos playoffs da NBA, o New York Knicks está virtualmente classificado, provavelmente com mando de quadra e com boas chances de ir longe esse ano. Em 2023 a torcida já tinha visto uma pós-temporada mais satisfatória, chegando às semis de conferência pela primeira vez desde 2013 – e nesses 10 anos foram apenas 3 participações em playoffs, uma tristeza para uma das franquias mais tradicionais da NBA, e das mais famosas do mundo.
Um dos principais responsáveis por colocar os Knicks de volta ao mapa da NBA é o armador Jalen Brunson. Filho de Eric Brunson, ex-jogador e assistente técnico dos Knicks (guarde essa informação), Jalen, de “apenas” 1,88m, fez história pela Villanova University, onde foi bicampeão universitário, Jogador do Ano na categoria, e até teve sua camisa #1 aposentada. Draftado na segunda rodada pelo Dallas Mavericks, ele foi o último dos quatro companheiros de Wildcats a ser chamado, e só conseguiu assinar seu contrato depois da Summer League daquele ano de 2018.
Brunson conseguiu vencer a desconfiança, saindo do banco, eventualmente substituindo (e muito bem!) Luka Doncic, até firmar sua posição na rotação dos Mavs. Seu maior sucesso por lá foi nos playoffs de 2021: no jogo 2 da primeira rodada, contra o Jazz, anotou 41 pontos, seu recorde pessoal até então, mais 8 rebotes e cinco assistências. Na rodada seguinte, num jogo 7 contra o cabeça de chave número 1 Phoenix Suns, em 15 de maio, Brunson anotou 24 pontos e 6 rebotes e ajudou a garantir a classificação para as finais do Oeste.
A polêmica contratação
Quando foi draftado pelos Mavericks, Brunson havia assinado um contrato de 4 anos. E seria na temporada 2021-2022 que ele deveria – ou não – ser renovado. O jogador revelou recentemente em um podcast norte-americano que havia uma proposta de US$ 55 milhões por quatro anos na mesa de Mark Cuban, dono da franquia do Texas. Mas que simplesmente o time resolveu esperar praticamente até o último segundo possível para assinar.
Eles não contavam que o armador teria um ano tão bom. E que o pai dele se tornaria assistente técnico dos Knicks antes da temporada terminar; um mês depois, já como free agent, Jalen assinou com o time de Nova York por US$ 104 milhões em quatro anos. Os Knicks eventualmente foram até punidos por supostamente negociar com o jogador antes da janela de transferências abrir. Estava tudo em casa né?
Em sua primeira temporada na nova casa, Jalen Brunson foi titular em 68 partidas, com médias de 24 pontos, aproveitamento de 49.1% nas cestas de quadra e 6.2 assistências por jogo. Até voto para MVP ele recebeu, acredite…
E os Knicks, até onde vão na NBA?
O clima aqui em Nova Iorque é de absoluta confiança e a esperança tem nome e sobrenome: Jalen Brunson. Ao lado da quadra, o diretor de cinema e fanático torcedor, Spike Lee, aposta que Brunson pode sim fazer a diferença. É inegável sua contribuição para o time. Atual cestinha da equipe e sexto melhor da temporada até aqui, tem feito tudo o que está ao seu alcance para manter a melhor posição de playoff possível para uma equipe que está em peso no departamento médico.
Vamos à lista: estão fora Duane Washington, Mitchell Robinson, Julius Randle e OG Anunoby. A temporada é longa e o experiente técnico Tom Thibodeau espera ter força total nos playoffs. Nesse ritmo, com todos recuperados, em uma série de 7 jogos, o Madison Square Garden pode voltar a receber uma Final de Conferência pela primeira vez desde o ano 2000.
