Carmelo Anthony deu uma declaração no início do training camp dos Knicks, de que estaria finalmente compreendendo o “ataque dos triângulos”. Um leigo pode ler isso, e não entender nada, mas como aqui no Quinta Descida, nossa função é explicar táticas de uma maneira simples, para que o público geral entenda.
Ataque dos triângulos: o que é?
O “ataque dos triângulos” é uma tática do basquete que revolucionou o jogo, com a movimentação e o passe como as bases para um ataque rápido e dinâmico. A tática foi usada pela primeira vez pelo técnico Sam Barry, na USC. Porém os responsáveis pelo desenvolvimento e popularização da tática foram Phil Jackson e seu assistente Tex Winter no time do Chicago Bulls das décadas de 1980 e 1990. Reza a lenda que a comissão técnica pintou o símbolo dos Bulls em todos os cantos da quadra do time, para que os jogadores pudessem ter referências visuais para se posicionar corretamente e executar o ataque dos triângulos da maneira correta. Hoje a quadra dos Bulls é a única da NBA que conta com o símbolo do time nas quatro laterais.
O ataque dos triângulos tem esse nome pois dentro dessa tática a equipe tem como objetivo sempre formar triângulos entre os jogadores, para criar maior oportunidades de passe. Para isso acontecer, a movimentação sem a bola é fundamental, além de sempre pequenas distâncias entre os jogadores, de sempre no máximo 6 metros.
Uma das grandes vantagens desse tipo de ataque, é o fato de que quase não é usado playbook. Como dentro da tática, o jogador sempre sempre tem mais de uma opção de passe, a bola roda muito, e a jogada se desenvolve de acordo com a movimentação dos jogadores e com as brechas encontradas na defesa.
Dentro da jogada básica do ataque, o triângulo é formado em uma das laterais do campo, com o armador soltando a bola para o ala e indo para o canto morto da quadra, enquanto aquele que está com a bola fica logo a frente de onde está o armador, fazendo o corredor. Para completar o triângulo, o pivô fica do lado do garrafão. Caso haja algum bloqueio na linha de passe, o ala que está com a bola, passa para o outro armador, do outro lado da quadra, que passa para o outro ala. Nesse momento, o armador que estava na zona morta do outro lado da quadra, atravessa ela por trás da tabela para poder assumir a posição que estava, só que do lado oposto.
Para melhor visualização, vale a pena ver este vídeo sobre o ataque dos triângulos do Sports Science da ‘ESPN americana'.
Eternamente decepcionado pelo Super Bowl XLII e por ser péssimo no Madden.
Estudante de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. No twitter: @pfborg