Todos achavam que a peça que o Los Angeles Clippers abriria mão primeiro seria DeAndre Jordan. Mas pelo menos por enquanto, a estrela que sai da franquia californiana é Blake Griffin. O ala-pivô foi negociado e irá para o Detroit Pistons em troca envolvendo vários jogadores e escolhas.
Os Clippers vão receber Tobias Harris, Avery Bradley, Boban Marjanovic, uma escolha de primeira rodada e outra de segunda da equipe do Michigan. Para bater os salários, Brice Johnson e Willie Reed farão o mesmo caminho que o camisa 32, cinco vezes All-Star.
As informações foram apuradas por Adrian Wojnarowski, jornalista da ‘ESPN’ americana. Ainda segundo Woj, a escolha de 1ª rodada é protegida entre 2018 e 2020 se cair entre as posições 1 a e 4. Os Pistons não devem ter uma escolha tão alta, já que neste momento, com 22-26, estão em nono na Conferência Leste.
Nesta semana surgiu a informação que os Pistons, que contam com Stan Van Gundy como treinador e líder na tomada de decisões, estavam abertos a trocar Bradley, que chegou em troca com o Boston Celtics nesta offseason. Entretanto se esperava que ele fosse enviado para algum time em troca de algum jogador ou uma escolha sem muito valor.
No fim temos uma troca de gigantescas proporções.
Avaliando cada um dos lados:
O Los Angeles Clippers, com 25 vitórias e 24 derrotas, vinha se recuperando após meses horríveis e com vários jogadores sofrendo com lesões. Na última offseason a franquia californiana chegou em um momento de decisão, já que Chris Paul e Blake Griffin seriam free agents. Justamente nesse momento de definição, a franquia trouxe Jerry West para ser um consultor e conhecido por tomar decisões que não são populares, mas que se provam corretas a longo prazo. No fim a franquia acertou uma troca por Paul e se comprometeu com Griffin, com um contrato de cinco anos e US$ 171 milhões.
O maior problema desse contrato é o imenso histórico lesões do ala-pivô, que mais uma vez voltou a se lesionar nesta temporada. Entretanto, parecia que o time ia recompensar o atleta por ter sido a razão principal, junto com Paul, por ter feito a franquia ser respeitada nos últimos anos. Primeira escolha de Draft (2009), Blake Griffin chegou em uma franquia com histórico de fracassos no segundo maior mercado dos Estados Unidos e levantou o time, fazendo ele chegar em seguidos playoffs e dominando os Lakers em seus confrontos diretos. Na pós-temporada, entretanto, o time não conseguiu passar das semifinais do Oeste.
Sem Paul e agora sem Griffin, os Clippers basicamente conseguiram um elenco só com jogadores dessas trocas, mas nenhum contrato é grande e o time se torna bastante versátil, podendo negociar ainda vários jogadores, como Lou Williams e o já citado Jordan e rejuvenescer seu plantel. Hoje o contrato mais discutível é o do ala Danilo Gallinari (primeiro dos três anos, US$ 65 milhões), que também tem um grande histórico de lesões.
Já os Pistons tomam uma decisão bastante arriscada. Harris era o segundo melhor jogador do elenco, atrás apenas do pivô Andre Drummond. O time ainda perderá a escolha de primeira rodada de 2018 e terá o grande contrato de Griffin para lidar, sendo que o problema das lesões é sempre um problema. Além disso o encaixe Drummond e Blake Griffin não é perfeito, exigindo trabalho e tempo para ser azeitado.