O Boston Celtics iniciaram a temporada 2021/22 com 18 vitórias e 21 derrotas. Terminaram com 33-10, numa arrancada para a campanha total de 51-31 e a segunda colocação do Leste. Depois de três rodadas de reviravoltas, emoções, surpresas e muito mais, o time conquistou a Conferência Leste.
Por conta disso tudo, muito se deve ao desempenho do ala-armador Jayson Tatum, com a sua capacidade de pontuar em qualquer lugar da quadra mesmo sendo tão jovem. Além disso, é prazeroso ver a sua evolução ano a ano, pois o teto do ala é tão grande que se torna difícil prever como será seu estilo de jogo quando chegar ao seu auge na NBA.
A ascensão de Jayson Tatum
Aos 24 anos, Tatum é exatamente o que os Celtics precisam: uma estrela elite nos dois lados da quadra que se encaixa no estilo durão e que prioriza o time do coach Ime Udoka.
Desde janeiro, Tatum joga o melhor basquete de sua vida, e sua evolução no meio da temporada é um dos grandes motivos que fazem Boston sonhar com o título. De lá para cá, Tatum virou uma verdadeira superestrela, e a equipe Celta virou o melhor time da atual temporada da NBA.
O ala foi selecionado pela equipe no NBA Draft de 2017, saindo na terceira escolha. Na temporada 2019/20, ele estourou de vez e se tornou um All-Star. No momento, está fazendo uma excelente temporada, com média de 27 pontos, 8.2 rebotes, 4.4 nas assistências e 44.6 nos chutes de quadra. E depois de cinco anos de carreira, ele está onde deveria. Nesta temporada, é o 7º cestinha.
Uma das razões para isso é o rápido desenvolvimento do camisa 0, e o fato dele conseguir melhorar vários aspectos de seu jogo em poucos meses de treinamento.
Evolução do camisa 0
O grande destaque vai para a maior busca pela infiltração. A saber, a partir do mês de abril, Jayson passou a infiltrar mais, e como consequência, teve mais de 80% de aproveitamento em tentativas na zona pintada, além de bater dois lances livres a mais por jogo neste mês (7.3) em relação à temporada toda (5.3).
Fora isso, seu famoso side-step jumper tem se tornado o tipo de arremesso mais seguro do jogador quando o tempo para definir uma jogada está acabando.
Outro aspecto de sua evolução, é a quantidade e a qualidade de seu passe, e como resultado, aumentou seu número de assistências por jogo em quase 50% (3.1 para 4.4) se comparado ao ano passado.
Isso se deve ao estilo de assistência mais simples que o ala vem fazendo cada vez mais nos jogos, o que indica que há maior atenção por parte dele com a movimentação dos jogadores e, portanto, sua visão de jogo se aprimora cada vez mais.
Assim, parte dessas evoluções do astro celta tem a ver com as saídas de Kyrie Irving e Kemba Walker, mas também tem relação com o fato de que o ala está aprendendo a comandar os ataques e sua habilidade de fazer as jogadas certas no pick-and-roll. Dois anos atrás, o atleta acertou só 51% dos arremessos que tentou dentro do garrafão, muito abaixo da média da liga. Neste temporada, a marca subiu para 57% – acima da média da NBA.
Outro ponto, é que nem todas as superestrelas estão dispostas ou conseguem brilhar na defesa, mas de novo, Tatum brilha nisso. Ele tem naturalmente o tamanho e a habilidade física que os olheiros da maior liga de basquete do mundo gostam, mas é a vontade dele de aparecer neste lado menos atraente da quadra que o separa de outros astros.
Conclusão
E com todos esses aspectos, Jayson Christopher Tatum acumula as melhores médias de sua carreira. Possui um volume de jogo cada vez maior, mas mesmo assim mantém sua eficiência. É mais decisivo. Recebeu o prêmio MVP das Finais da Conferência Leste.
Por essas e outras, aos 24 anos de vida, já é uma das superestrelas da liga. É o futuro e o presente da liga, e será um prazer acompanhar toda essa jornada de perto. Em uma liga dominada por grandes astros, a ascensão de Tatum é o que faz dos Celtics uma força que irá durar na NBA.
Foto: Divulgação/Boston Celtics