A seleção feminina dos Estados Unidos já está a todo vapor na preparação para sua estreia na Copa do Mundo, que acontece em 21 de julho, contra o Vietnã.
Atual campeã mundial, a seleção norte-americana está em busca do penta. As quatro conquistas anteriores foram em 2019, na França; em 2015, no Canadá; em 1999, em seu país natal; e na primeira edição, que aconteceu na China em 1991.
O país estabeleceu seu nome como uma das equipes mais vitoriosas na história das Copas do Mundo Femininas. Desde o início do torneio, em 1991, as jogadoras americanas conquistaram um legado notável, marcado por títulos e recordes.
O retrospecto da seleção feminina dos Estados Unidos na Copa do Mundo impressiona, com quatro títulos, quatro vice-campeonatos e dois terceiros lugares. O desempenho consistente e a determinação das jogadoras americanas estabeleceram um legado de sucesso que inspirou gerações e deixou sua marca no futebol feminino mundial.
Copa do Mundo Feminina de 1991 (China)
Na primeira edição do torneio, realizada na China, as jogadoras norte-americanas escreveram seu nome na história do futebol feminino.
Comandadas por Michelle Akers e Carin Jennings, elas mostraram um futebol ofensivo e chegaram à final contra a Noruega. Em uma partida emocionante, os Estados Unidos venceram por 2 a 1, com gols de Michelle Akers e Carin Jennings, garantindo o título.
Copa do Mundo Feminina de 1995 (Suécia)
Quatro anos depois, na Suécia, a seleção dos Estados Unidos voltou a mostrar sua força. Lideradas pela atacante Michelle Akers, as americanas chegaram à final novamente, novamente contra a Noruega.
No entanto, a partida não teve o desfecho desejado e a revanche veio. As norte-americanas acabaram derrotadas por 2 a 0 e ficaram com o vice-campeonato.
Copa do Mundo Feminina de 1999 (Estados Unidos)
A terceira edição do torneio foi realizada em solo americano e marcou um dos momentos mais icônicos do futebol feminino. Sob o comando do treinador Tony DiCicco, a seleção dos EUA protagonizou uma campanha memorável.
Com astros como Mia Hamm, Brandi Chastain e Michelle Akers, as jogadoras encantaram o público e conquistaram o título. Na final, enfrentaram a China em um jogo acirrado que terminou em 0 a 0 no tempo regulamentar. A decisão foi para os pênaltis, e as norte-americanas foram impecáveis, vencendo por 5 a 4 e garantindo o segundo título.
Copa do Mundo Feminina de 2003 (Estados Unidos)
A edição de 2003, sediada novamente nos Estados Unidos, não trouxe o mesmo sucesso para a seleção. Sob o comando de April Heinrichs, as jogadoras enfrentaram desafios ao longo do torneio, mas mostraram garra e determinação.
Nas semifinais, foram eliminadas pela Alemanha, perdendo por 3 a 0. Apesar da derrota, a equipe se recuperou e conquistou o terceiro lugar ao vencer o Canadá por 3 a 1 na disputa pelo bronze.
Copa do Mundo Feminina de 2007 (China)
Na China, as jogadoras norte-americanas buscaram mais uma vez o título. Com Hope Solo no gol e Abby Wambach no ataque, a equipe avançou até as semifinais, onde foi derrotada pelo Brasil por 4 a 0, com show de Marta e Cristiane.
Na batalha pelo terceiro lugar, as americanas mostraram sua força e venceram a Noruega por 4 a 1, garantindo novamente o bronze.
Copa do Mundo Feminina de 2011 (Alemanha)
Em solo alemão, as jogadoras dos Estados Unidos buscaram o terceiro título mundial. Sob o comando da técnica Pia Sundhage, hoje na Seleção Brasileira, a equipe mostrou grande determinação e chegou à final contra o Japão.
As norte-americanas abriram o placar duas vezes, mas o Japão buscou o empate e levou a decisão para os pênaltis. Elas foram derrotadas por 3 a 1 nas penalidades, ficando com o vice-campeonato.
Copa do Mundo Feminina de 2015 (Canadá)
O torneio realizado no Canadá marcou o retorno triunfal da seleção dos Estados Unidos. Lideradas pela treinadora e ex-jogadora Jill Ellis, as jogadoras exibiram um futebol envolvente e dominante.
Na final contra o Japão, as norte-americanas não deram chances às adversárias e venceram por 5 a 2. Carli Lloyd brilhou ao marcar três gols nos primeiros 16 minutos de jogo, garantindo a conquista do terceiro título mundial.
Copa do Mundo Feminina de 2019 (França)
A mais recente edição, realizada na França, foi marcada pela busca do quarto título pelas jogadoras norte-americanas. Comandadas por Jill Ellis novamente, as americanas exibiram um futebol forte e consistente ao longo do torneio.
Na final contra a Holanda, venceram por 2 a 0, com gols de Megan Rapinoe e Rose Lavelle, conquistando o título mundial mais uma vez.
Confira a lista das jogadoras convocadas para representar os Estados Unidos:
Goleiras
- Alyssa Naeher – Chicago Red Stars
- Casey Murphy – North Carolina Courage
- Aubrey Kingsbury – Washington Spirit
Defensoras
- Alana Cook – OL Reign
- Naomi Girma – San Diego Wave FC
- Emily Sonnet – Washington Spirit
- Kelley O’Hara – Sky Blue FC
- Emily Fox – North Carolina Courage
- Crystall Dunn – Portland Thorns FC
- Sofia Huerta – OL Reign
Meio-campistas
- Rose Lavelle – OL Reign
- Lindsey Horan – Olympique Lyonnais
- Andi Sullivan – Washington Spirit
- Julie Ertz – Angel City FC
- Kristie Mewis – Sky Blue FC
- Ashley Sanchez – Washington Spirit
- Savannah DeMelo – Racing Louisville FC
Atacantes
- Sophia Smith – Portland Thorns FC
- Alex Morgan – San Diego Wave FC
- Megan Rapinoe – OL Reign
- Lynn Williams – Sky Blue FC
- Trinity Rodman – Washington Spirit
- Alyssa Thompson – Angel City FC
Conteúdo
- Seleção masculina
- A trajetória dos Estados Unidos até a Copa do Mundo 2022
- Seleção Americana tem boa geração, mas cai em grupo complicado na Copa do Mundo 2022
- Estados Unidos em Copas do Mundo
- Quais os maiores ídolos da Seleção Americana?
- Jogadores com mais gols na história da Seleção Americana
- Jogadores com mais participações em jogos da Seleção Americana
- Todos os títulos da Seleção Americana
Seleção masculina
A Seleção Americana iniciou a história no futebol em 1885. Naquela ocasião, ainda nos primórdios do futebol, a equipe enfrentou o Canadá, em Newark, Nova Jersey. Dessa forma, os canadenses venceram pelo placar de 1 x 0. Esse foi o 1º jogo internacional realizado fora do Reino Unido.
Em 1886, Estados Unidos e Canadá se encontraram novamente. Todavia, os norte-americanos venceram por 1 x 0. Essas duas partidas não são reconhecidas oficialmente. Contudo, fazem parte da história da Seleção Americana e Canadense.
Após alguns anos jogando amistosos e competições não oficiais, em 1913, a Federação de Futebol dos Estados Unidos foi criada. Assim, em 1916, a seleção norte-americana jogou a 1ª partida oficial fazendo parte da federação. Em resumo, o confronto foi diante da Suécia e a Seleção Americana venceu por 3 x 2. Os gols foram marcados por Dick Spalding, Harry Cooper e Charles Ellis.
Na Copa do Mundo de 1930, os Estados Unidos fizeram uma boa campanha e chegaram até as semifinais, ou seja, a equipe terminou na 3ª colocação. Essa é a melhor posição dos norte-americanos na competição.
Na estreia, a equipe venceu a Bélgica em 3 x 0, depois ganhou do Paraguai pelo mesmo placar e perdeu de 6 x 1 para a Argentina. Bart McGhee, Tom Florie, Bert Patenaude e Jim Brown foram os jogadores que fizeram os gols pela Seleção Americana na Copa do Mundo de 1930.
A trajetória dos Estados Unidos até a Copa do Mundo 2022
Os Estados Unidos iniciaram a campanha empatando em 0 x 0 contra El Salvador e 1 x 1 diante do Canadá. Dessa forma, com um início abaixo do esperado, torcedores da Seleção Americana se preocuparam com a fase em que a equipe estava vivendo.
Na 3ª rodada, o grupo venceu por 4 x 1 Honduras. Assim, conquistou a 1ª vitória nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Logo em seguida, ganhou da Jamaica em 2 x 0, mas perdeu para o Panamá por 1 x 0.
Para voltar a vencer, a Seleção Americana enfrentou na 6ª rodada a Costa Rica, partida que ocorreu no New Columbus Crew Stadium. Então, conseguiu derrotar o adversário pelo placar de 2 x 1. Depois, ganhou do México em 2 x 0, 1 x 1 diante da Jamaica e 1 x 0 contra El Salvador.
Na reta final, uma derrota contra Canadá preocupou a seleção dos Estados Unidos. Afinal, existia há possibilidade de não terminar na zona de classificação para a Copa do Mundo de 2022.
Todavia, venceu Honduras em 3 x 0, 0 x 0 diante do México, 5 x 1 no Panamá e perdeu para a Costa Rica por 2 x 0. Em resumo, a equipe terminou na 3ª posição, com 25 pontos. Assim, conquistou a vaga para a competição entre seleções.
Os grandes destaques da seleção dos Estados Unidos na CONCACAF foram Christian Pulisic (cinco gols), Kellyn Acosta (volante que participou de 13 dos 14 jogos da competição), Weston McKennie (dois gols e importante movimentação no meio de campo) e Brenden Aaronson (dois gols e titular absoluto com o treinador Gregg Berhalter).
No setor defensivo, Sergiño Dest, Antonee Robinson, Miles Robinson, Walker Zimmerman e DeAndre Yedlin se destacaram e mostraram o bom desempenho.
Seleção Americana tem boa geração, mas cai em grupo complicado na Copa do Mundo 2022
A seleção dos Estados Unidos possui uma boa geração. Com jovens e mais experientes, o elenco contém nomes que se destacam no futebol europeu. Entretanto, não está no grupo de seleções favoritas para a Copa do Mundo de 2022.
Com Inglaterra, País de Gales e Irã, a Seleção Americana briga por uma das vagas no grupo B. Os ingleses e galeses são os favoritos, mas, os norte-americanos podem surpreender e passar da fase de grupos.
Estados Unidos em Copas do Mundo
A seleção dos Estados Unidos fizeram parte da 1ª Copa do Mundo, realizada em 1930. Em 1934, nas oitavas de final, a equipe perdeu para a Itália pelo placar de 7 x 1.
Em contrapartida, voltou em 1950 após a pausa por conta da 2ª Guerra Mundial. Então, não passou da fase de grupos. Em 1990, a Seleção Americana decepcionou e também ficou na 1ª fase.
Em 1994, a Copa foi realizada nos Estados Unidos. Assim, a Seleção Americana perdeu para o Brasil por 1 x 0, jogo que aconteceu nas oitavas de finais. Em 1998, ficou na fase de grupos. Porém na Copa de 2002, fez uma campanha surpreendente e parou nas quartas de final, partida que foi diante da Alemanha.
Por fim, no ano de 2006, parou na fase de grupos. Em 2010, perdeu para Gana por 2 x 1 e em 2014 eliminada pela Bélgica, válido pelas oitavas de final.
Quais os maiores ídolos da Seleção Americana?
A seleção dos Estados Unidos conta com grandes jogadores na história. Atletas que jogaram na Europa e que defenderam as cores do país por muitos anos.
Donovan, Dempsey e Tim Howard são os nomes mais conhecidos desta lista. Os três jogadores atuaram também na Premier League. O goleiro norte-americano vestiu a camisa do Manchester United em 77 oportunidades. Por fim, os atletas estiveram na partida diante do Brasil na final da Copa das Confederações de 2009.
Landon Donovan
Landon Donovan foi um atacante norte-americano que passou por grandes clubes da Europa. Pela seleção dos Estados Unidos, o jogador participou de 157 jogos, marcou 57 gols e deu 31 assistências. O atleta esteve no elenco que foi vice-campeão na Copa da Confederações em 2009. Após a Copa de 2014, Donovan se aposentou da equipe e fechou o ciclo de 14 anos.
Clint Dempsey
Clint Dempsey é outro atleta conhecido no futebol. Com passagens por FC Fulham e Tottenham, o atacante estreou pela seleção dos Estados Unidos em 2004, em jogo diante da Jamaica. O 1º gol aconteceu em 2005, na partida contra a Inglaterra. Também esteve no elenco que perdeu para o Brasil em 2009. Em resumo, foram 141 jogos, 57 gols e 17 assistências.
Tim Howard
Tim Howard é um dos nomes mais conhecidos da lista. O goleiro foi um dos destaques do Everton, da Inglaterra. Além disso, teve uma passagem pelo Manchester United. Na temporada 2011/12, o arqueiro marcou um gol no jogo contra Bolton. Naquela ocasião, o jogador chutou da própria área, a bola atravessou o campo, pingou na frente do goleiro adversário e entrou. Pela Seleção Americana, foram 121 partidas.
Eric Boswell Wynalda
Eric Boswell Wynalda estreou na seleção dos Estados Unidos em 1990. O atacante fez quase toda a carreira na terra do Tio Sam. Assim, foram 99 partidas e 31 gols marcados. Com apenas 21 anos, o jogador esteve no elenco da Copa do Mundo de 1990 e sempre mostrou raça dentro de campo.
Josmer Volmy Altidore
Josmer Volmy Altidore é o nome mais recente nesta lista. O centroavante atuou em alguns clubes da Europa: FC Villarreal, Xerez CD, Hull City, Bursaspor, AZ Alkmaar e AFC Sunderland. Todavia, é na seleção norte-americana que o jogador se destaca. Em resumo, são 115 partidas e 42 gols marcados. Atualmente, joga no Puebla FC, do México.
Cobi Jones
Menção honrosa para Cobi Jones, que foi um ponta-direita e fez quase toda a carreira nos Estados Unidos. Além disso, o jogador teve uma passagem pelo Vasco em 1995.
Jogadores com mais gols na história da Seleção Americana
- 57 gols – Clint Dempsey
- 57 gols – Landon Donovan
- 42 gols – Jozy Altidore
- 31 gols – Eric Wynalda
- 30 gols – Brian McBride
Jogadores com mais participações em jogos da Seleção Americana
- Cobi Jones – 159 jogos
- Landon Donovan – 157 jogos
- Michael Bradley – 151 jogos
- Clint Dempsey – 141 jogos
- DaMarcus Beasley – 126 jogos
Todos os títulos da Seleção Americana
- Gold Cup – 7x (1990/91, 2001/2002, 2004/05, 2006/07, 2012/13, 2017 e 2020/21)
- Jogos Pan-Americanos – 1x (1990/91)
- Liga das Nações da CONCACAF – 1x (2019/20)