Desempenho em 2015/16: 11-5 na temporada regular, perdeu para os Patrions na semifinal da AFC (27 a 20)
Sobe, desce ou fica na mesma? Na mesma, o que já é bom
Principal jogador: Jamaal Charles (já que Justin Houston ainda é uma interrogação para a temporada)
Vai feder: Greve de Eric Berry no training camp e recuperação de Houston
Previsão nada exata ou científica: 11-5
Depois de seis jogos na temporada 2015/16, o Kansas City Chiefs estava com cinco derrotas e tinha acabado de perder o primeiro, segundo e terceiro melhores jogadores do ataque, todos eles chamados Jamaal Charles. Uma combinação de tabela fácil e ressurreição esportiva, os Chiefs ganharam os 11 jogos finais e mais o 1º jogo de playoffs desde 1994.
E agora? Agora é hora de tentar algo a mais.
Ataque dos Chiefs
Alex Smith não é um gênio. Eu sei, a mãe dele sabe, Jim Harbaugh sabe e Andy Reid também. Só que o cara é seguro, consistente e ganha jogos, com 30 vitórias e 16 derrotas desde que chegou nos Chiefs. Na temporada passada foram apenas sete interceptações (a cada 100 passes, só 1,5 foram interceptados), pior apenas que Tom Brady e Aaron Rodgers.
Ele não precisa forçar o braço porque Jamaal Charles está de volta e com ele está toda sua capacidade de achar buracos para correr com a bola ou receber passes (9 TDs corridos e 5 recebidos em 2014/15). Ainda tem Charcandrick West e Spencer Ware, ambos RBs competentes quando o titular estava machucado. E o ataque aéreo sabe explorar rotas curtas, com o tight end Travis Kelce e o wide receiver Jeremy Maclin também experts em acharem buracos e correrem no tráfego.
O site Pro Football Focus colocou a linha ofensiva dos Chiefs como a 17ª melhor, ou seja, no meio do caminho. Mitchell Schwartz, sexto melhor tackle da liga em 2015/16 segundo o PFF, foi contratado e assim as perdas dos guards Ben Grubbs e Jeff Allen podem não ser tão sentidas, mas elas não foram exatamente repostas, por isso a posição intermediária.
Ou seja, tirando Charles, não há nada de brilhante no ataque dos Chiefs. Mas ser acima da média e não entregar a bola já é algo muito bom.
Defesa dos Chiefs
A defesa da equipe com certeza é mais forte que o ataque e o time conseguiu trazer de volta vários nomes que se tornaram free agents. O problema é que o safety Eric Berry, depois de uma emocionante volta à equipe após tratamento de um linfoma, recebeu a franchise tag, não gostou disso e o novo contrato não saiu, fazendo ele entrar 2.
O front seven continua muito forte, com Tamba Hali e Derrick Johnson já veteranos mas ainda competentes. Mas o maior problema é mesmo Justin Houston, pesadelo das linhas ofensivas adversárias e que passou por uma cirurgia de joelho ainda em março. Ele não 2 e caso jogue na temporada, pode mostrar um pouco de ferrugem. Caso chegue a 100%, estamos falando de um dos melhores pass rushers da NFL.
Na secundária, caso Berry volte e Marcus Peters, depois de uma temporada de calouro de 9 interceptações, continue sua evolução, estamos falando de um ótimo setor mesmo com a perda de Sean Smith, que foi para os Raiders. Como deu para ver, há algumas incógnitas, mas como tudo indica que Berry e Houston vão jogar boa parte da temporada, os Chiefs podem ter uma defesa pelo menos no top 10.
Tabela
Com um bye cedo, os quatro primeiros jogos serão um bom termômetro para saber se esses Chiefs podem vencer a AFC West, com a partida mais difícil sendo contra os Steelers fora na semana 4. Enfrentando equipes da NFC South e AFC South, a equipe teve má sorte nos mandos, tendo que enfrentar Colts, Panthers e Texans longe do Missouri.
Só que isso faz com que os mandos no Arrowhead Stadium, que já é um inferno normalmente, sejam ainda piores pra os visitantes e um 8-0 em casa (6-2 em 2015/16) é perfeitamente possível. Soma a isso o favoritismo contra os Chargers mesmo em San Diego e contra os Falcons mesmo em Atlanta, e há 10 vitórias sem ter que forçar muito. O jogo-chave será contra os Raiders em casa na semana 14, iniciando uma sequência de três partidas em casa e contra um rival de divisão que tem tudo para crescer este ano.
Sem time nem na NFL e na NBA, posso gostar de Tom Brady e Peyton Manning (mais Brady) e Magic Johnson e Larry Bird (mais Magic) ao mesmo tempo. Ainda insisto que falta golfe no Quinto Quarto, mesmo que não tenha nada a ver.