A NFL e a NFL Players Association (NFLPA), união que representa os atletas da liga, repreenderam o Miami Dolphins por “não estritamente” seguir o protocolo de concussão com o quarterback Matt Moore durante a derrota para o Pittsburgh Steelers, na rodada de wild card dos playoffs da Conferência Americana (AFC), disputada semanas atrás.
Os Dolphins não foram multados ou penalizados, mas receberam a advertência de que ambas as coisas são possíveis no caso de qualquer futura violação ao protocolo.
“O Miami Dolphins foi notificado em uma carta co-assinada pelo Dr. Hunt Batjer, copresidente do Comitê de Cabeça, Pescoço e Coluna Vertebral, e pelo Dr. Thom Mayer, diretor médico para a NFLPA, que a revisão da NFL-NFLPA determinou que o Protocolo não foi estritamente seguido. A carta também avisou os Dolphins que eles devem envolver seus funcionários em uma revisão completa do Protocolo e conduzir educação adicional, se necessário. Os Dolphins também foram informados de que qualquer desvio futuro do Protocolo pode resultar em maior punição, incluindo multas contra a franquia”, afirmou a National Football League, em comunicado oficial.
Na nota oficial, a NFL deixou claro que o objetivo é que todas as 32 equipes estejam em sintonia em relação a como as concussões são tratadas.
“O objetivo do Protocolo de Concussão é garantir que um processo padronizado composto das melhores práticas seja utilizado para identificar e gerenciar possíveis concussões. Diagnóstico e gerenciamento de concussão é, muitas vezes, um exercício difícil e complexo, agravado pelas condições agitadas do jogo. Diagnóstico preciso e gestão de concussão exige uma abordagem colaborativa entre médicos experientes na lateral do campo, cada um agudamente consciente de suas responsabilidades e todos comprometidos com a aplicação estrita do protocolo destinado a proteger os jogadores”, completou a liga.
Matt Moore tomou uma forte pancada dada pelo linebacker Bud Dupree, durante o segundo quarto do jogo realizado no dia 8 de janeiro, e ele ficou temporariamente fora da partida. O camisa 8 retornou ao confronto logo depois e, mais tarde, afirmou aos jornalistas que não sofreu uma concussão.
A NFL e a NFLPA determinaram que os Dolphins não foram capazes de reconhecer que o sangramento na boca de Moore exigia que ele fosse submetido a uma avaliação mais aprofundada de concussão no vestiário, como é descrito no protocolo de concussão. Contudo, foi determinado que não foi por “questões competitivas” que foi permitido que Moore retornasse.
Além disso, a NFL e a NFLPA frisaram que o quarterback não “demonstrou quaisquer sintomas de concussão” em qualquer período depois da pancada.
Formado em jornalismo em 2013 pela Cásper Líbero, é um dos fundadores do Quinto Quarto e é editor de NFL. Apaixonado por esportes e por música, não necessariamente nesta ordem. Produtor de conteúdo e pensador nas horas vagas.