Já fora do calor do momento, um Josh Rosen mais contido deu a sua entrevista coletiva de apresentação no Arizona Cardinals e se retratou após os comentários feitos na noite da última quinta-feira (26), após ser selecionado com a décima escolha geral do draft de 2018.
“Eu estava um pouco emotivo na noite passada”, falou o quarterback nesta sexta (27).
Durante uma entrevista pós-draft, em Dallas, Rosen afirmou que “nove erros foram cometidos antes de mim”, referindo-se aos nove jogadores selecionados antes dele na primeira rodada do draft.
Nesta sexta, ele retratou-se e frisou que não queria incluir os jogadores de outras posições que foram selecionados no top 10. Assim, Rosen corrigiu para apenas “três erros” cometidos antes dele, referindo-se aos quarterbacks Baker Mayfield, Sam Darnold e Josh Allen, escolhidos por Cleveland Browns, New York Jets e Buffalo Bills, respectivamente.
“Eu diria realmente que não estava com tanta raiva por haver nove caras à minha frente, apenas os três quarterbacks”, observou. “Isso é o que me incomoda. Então, houve três grandes erros antes de mim, mas, honestamente, é uma bênção disfarçada. Esse é um time incrível que eu acho que está realmente preparado para fazer coisas incríveis no futuro, e eu acho que, simplesmente, tive sorte”, disse.
Rosen, que não escondeu sua frustração por ter sido escolhido na décima posição durante a noite de quinta, encerrou seu discurso de abertura falando: “não tenho muito a dizer”.
Bastante extrovertido, o signal caller não acredita que sua personalidade vai atrapalhar suas chances de fazer uma transição mais tranquila ao vestiário do Arizona Cardinals. Na realidade, o jovem crê que isso pode ajudá-lo.
“Eu acho que, provavelmente, a única razão pela qual me dou muito bem com meus companheiros de equipe é que sou eu mesmo. Quem eu sou neste palco e como estou falando com vocês é exatamente a mesma maneira como falo com meus companheiros de equipe, minha família, todo mundo”, garantiu. “Eu sou muito real. Eu sou quem eu sou, e eu acho que é por isso que sou muito grato por ser um Arizona Cardinal, porque o time que me escolheu, me escolheu. Eu não tentei disfarçar. Eu não tentei fazer um show, e é por isso que eu acho que sou um ajuste perfeito aqui”, prosseguiu.
Rosen planeja usar a camisa número 3 nos Cardinals, mesmo número que era utilizado por Carson Palmer nos últimos cinco anos. Palmer anunciou sua aposentadoria nesta offseason e criou uma necessidade na franquia para a posição de QB.
O calouro também afirmou nesta sexta que o único equívoco em relação a ele que ele quer afastar é uma suposta falta de paixão pelo futebol americano. Rosen disse que teve que responder repetidamente às perguntas de times sobre o assunto, acrescentando que sentiu que precisava continuar a dar respostas do time para convencer as equipes que amava o futebol americano.
Mike McCoy, coordenador ofensivo dos Cards, assegurou que não vê problema na personalidade de Rosen.
“Eu já trabalhei com muitas personalidades diferentes”, frisou.

Formado em jornalismo em 2013 pela Cásper Líbero, é um dos fundadores do Quinto Quarto e é editor de NFL. Apaixonado por esportes e por música, não necessariamente nesta ordem. Produtor de conteúdo e pensador nas horas vagas.