Depois de sua decisão de demitir o técnico Chip Kelly e o general manager Trent Baalke, no último domingo (1), Jed York, proprietário e CEO do San Francisco 49ers, falou com a imprensa nesta segunda-feira (2) e teve que responder algumas perguntas bem capciosas.
Em meio a mais uma troca de treinador, o executivo foi questionado sobre o que o faz ser qualificado para fazer uma nova contratação e porque ele não foi substituído como líder da organização. A resposta foi enfática e um tanto quanto interessante (mas a pancada foi óbvia).
“Eu sou dono deste time de futebol americano. Você não demite proprietários. Desculpe, mas esses são os fatos e esse é o caso. É o fato. Eu vou fazer tudo o que puder para deixar tudo certo. Isso não é apenas um negócio e uma operação para ganhar dinheiro. Nós estamos assegurando que vamos fazer tudo o que podemos para restabelecer essa cultura (de vitórias)”, afirmou.
Jed York frisou que está apertando o botão de reiniciar depois de anos de problemas e falta de comunicação entre o general manager e a comissão técnica.
“Minha visão de Chip e Trent trabalhando juntos é que eu acho que ficou claro que Trent tem uma mente mais defensiva. Juntar (Baalke) com um cara de mente ofensiva, ter esses caras como parceiros (…) mas o casamento não funcionou. Eu deveria ter percebido isso. É fácil interpretar a história revisionista, mas estamos onde estamos. É por isso que estamos limpando a ardósia e restabelecendo a cultura”, analisou.
Ian Rapoport, jornalista do ‘NFL.com’, apurou que a ideia dos Niners agora é contratar um técnico e um general manager que estejam em sintonia e, se possível, que já tenham tido um relacionamento profissional saudável anteriormente.
Como exemplo, os 49ers solicitaram a permissão de entrevistarem Josh McDaniels, coordenador ofensivo do New England Patriots, e Nick Caserio, diretor do departamento pessoal dos Pats.
“Nós temos que estar abertos à estrutura certa com as pessoas certas. Precisamos conseguir as pessoas certas. Não pode ser ‘eu tenho o elenco de 53 jogadores e você precisa voltar para o seu escritório’. Não podemos ter isso. Tem que haver esses dois caras em sintonia, e quando discordarmos sobre um jogador, precisamos saber o que fazer, como avançar e passar além disso. Isso é muito importante para mim. Seja o técnico no controle, seja o general manager no controle, eles precisam ser responsáveis um com o outro. Esse é o relacionamento mais importante aqui dentro do prédio”, observou York.
Uma parte da decisão do executivo de demitir Chip Kelly é recomeçar do zero com um novo técnico e um novo GM.
“Precisamos ter certeza de que começamos de novo, e começamos com uma nova cultura entre um general manager e um técnico, fazendo tudo o que pudermos para voltar a esse caminho vencedor”, ressaltou. “Eu estou envergonhado com onde estamos agora, e vou fazer tudo que puder para nos trazer de volta”, finalizou.
Formado em jornalismo em 2013 pela Cásper Líbero, é um dos fundadores do Quinto Quarto e é editor de NFL. Apaixonado por esportes e por música, não necessariamente nesta ordem. Produtor de conteúdo e pensador nas horas vagas.