NFL

Existe otimismo moderado para Sam Darnold no Carolina Panthers

Sam Darnold Under Center

Depois de um 2020 sofrível, Sam Darnold foi trocado para o Carolina Panthers e deve ser titular, substituindo Teddy Bridgewater. A disputa pela posição é, em teoria, tranquila, afinal, Darnold está contra Will Grier e P.J. Walker, que não oferecem grandes riscos.

A CARREIRA PROFISSIONAL DE SAM DARNOLD

O Draft da temporada de 2018 contou com uma das mais esperadas classes de quarterbacks da história da NFL. A posição tinha Baker Mayfield (Oklahoma), Josh Allen (Wyoming), Josh Rosen (UCLA), Lamar Jackson (Louisville) e Sam Darnold (USC) como opções. A preferência do Cleveland Browns (primeira escolha) recaiu sobre o jogador de Oklahoma, e, pouco depois, o New York Jets selecionou o prospecto de USC.

Apesar de alguns bons jogos, como na vitória sobre o Indianapolis Colts na sexta semana, a primeira temporada de Darnold foi difícil. Com altos e baixos em 2019, o quarterback foi de um surpreendente diagnóstico de mononucleose para “ver fantasmas em campo”. No fim, encontrou alguma consistência.

Enfim, a expectativa não se realizou, como o péssimo 2020 dos Jets confirmou. Em três temporadas, foram trinta e oito jogos (de quarenta e oito possíveis nesses três anos em temporada regular), quarenta e cinco touchdowns e trinta e nove interceptações. Com isso, Sam Darnold foi trocado para o Carolina Panthers. Por outro lado, a franquia de Nova Iorque recebeu em retorno uma escolha de draft de sexta rodada em 2021 e uma de segunda e outra de quarta rodada para o de 2022.

Por parte de Carolina, a troca significa que o time acredita no quarterback e não optou por buscar um jovem da última classe de draft. A pergunta agora é se Sam Darnold é o jogador capaz de elevar o nível da equipe, que venceu somente cinco partidas em 2020.

A INFLUÊNCIA DE ADAM GASE EM SAM DARNOLD

Pensando apenas na carreira profissional de Darnold, a primeira temporada do quarterback foi a última de Todd Bowles como técnico principal do New York Jets. Adam Gase foi o escolhido de Nova Iorque. Questionável de início, mas na teoria dos contratantes, Gase era uma “brilhante mente ofensiva” que ajudaria o jovem signal-caller em seu desenvolvimento. 

A fama de Gase entre os dirigentes da NFL veio por conta do trabalho como coordenador ofensivo do Denver Broncos entre 2013 e 2014, temporadas em que o ataque de Denver jogou muito bem, trabalhando com o experiente Peyton Manning. Ganhou chance como técnico principal do Miami Dolphins em 2016, sendo demitido duas temporadas mais tarde. Não deu nada certo e, ao receber uma nova oportunidade (muito por conta do apoio declarado de Manning) nos Jets da Big Apple, não foi diferente. Um completo desastre que Joe Douglas e Robert Saleh tentam consertar.

Se os números sugerem que Darnold foi um quarterback ruim em Nova Iorque, o vídeo pinta uma imagem mais clara. O jogador viveu de altos e baixos, mas quando esteve no lado ruim, foi muito ruim. Porém, lampejos de um potencial “cara da franquia” acompanharam sua curta carreira em um dos maiores mercados da NFL, principalmente em improvisações impressionantes.

Um bom treinador pode fazer toda diferença e, se for bem, Darnold não seria o primeiro quarterback a melhorar seu desempenho ao deixar o regime de Adam GaseRyan Tannehill teve Gase como head coach em Miami e, logo em sua primeira temporada no Tennessee Titans (onde começou como reserva), se tornou o Comeback Player of the Year e já contribuiu para a equipe chegar duas vezes na pós-temporada.

O QUE ESPERAR DE DARNOLD EM CHARLOTTE?

Quem acompanhou a última temporada dos Panthers consegue identificar um time interessante e bem treinado por Matt Rhule. Das onze derrotas, seis foram por desvantagem de sete pontos (um touchdown e o ponto extra) ou menos, incluindo partidas contra o Kansas City Chiefs e New Orleans Saints fora de casa. Tudo isso sendo um time consideravelmente afetado por lesões.

Enfim, Sam Darnold (que foi trocado para o Carolina Panthers), terá armas interessantes. Robby Anderson é um wide receiver com quem o quarterback já trabalhou e Terrace Marshall Jr é um novato promissor saindo de LSU. Isso sem contar com o versátil running back, Christian McCaffrey. O problema é que CMC ficou mais ausente do que em campo na última temporada. O ataque ainda é uma incógnita, com atletas como DJ e David Moore tentando se provar como opções para Darnold, além de uma linha ofensiva fraca que tenta melhorar.

Uma das principais esperanças do quarterback está fora do campo. Nesse caso não se trata de Matt Rhule, mas do coordenador ofensivo, Joe Brady. Brady foi contratado para a posição em 2020 depois de um 2019 dos sonhos para o técnico em LSU. Foi campeão na universidade como coordenador do jogo aéreo e até hoje é creditado como o principal ajudante no ano absurdo de Joe Burrow, que venceu o prêmio Heisman quebrando recordes atrás de recordes, e que o levou a ser a primeira escolha do draft de 2020.

Dessa forma, em um mundo ideal, em que lesões não acontecem e que Terrace Marshall se torne um Justin Jefferson, Sam Darnold tem tudo para melhorar em seu quarto ano de NFL e fazer do seguinte (praticamente garantido com os Panthers já tendo acionado a opção de quinto ano) o mais marcante da jovem carreira. 

Foto destaque: Divulgação/Brandon Todd/Panthers

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