Eu aprendi há muitos anos a esperar o dia inteiro pelo domingo a noite. E hoje (21) o Philadephia Eagles me fez desaprender tudo o que anos de NFL me fizeram esperar para Philadelphia Eagles e Minnesota Vikings na final da NFC, provavelmente a vitória mais soberana dos playoffs da NFL neste janeiro, por 38 a 7, colocando o time da Pensilvânia no Super Bowl LII diante do New England Patriots.
Desaprendi, hoje, principalmente, que defesa sem ataque raramente vencerá na NFL. Não é como se a lógica fosse hermética, mas o que os Eagles fizeram com a melhor defesa da NFL (em números) beirou o deboche nesta noite, dando fim a chance dos Vikings de disputar o Super Bowl em casa.
Houve apenas 4 minutos e 46 segundos de jogo em que os Vikings de fato tiveram controle da partida. E depois… Case Keenum (28/48, 271 jardas, 1 TD, 2 INT) e companhia simplesmente pararam diante do mito de poder jogar o Super Bowl em casa.
Os Vikings, que sediarão a 52a edição da final da NFL no próximo dia 4 de feveireiro, sumiram do jogo depois de abrirem 7 a 0 no placar: uma bela campanha inaugural comandada pelo camisa 7 Keenum, que terminou em touchdown do tight end Kyle Rudolph.
Na sequência, um lindo pick-six do ótimo conerback Patrick Robinson levou a bola do lado esquerdo até o canto direito da endzone e empatou a partida. Foi, então, que os Birds assumiram controle do jogo, como se a final da NFC fosse um simples duelo de pré-temporada—mesmo sem o QB titular Carson Wentz.
EVERY deep ball from @NFoles_9 in the NFC Championship! #FlyEaglesFly #NFLPlayoffs pic.twitter.com/l6DstA27ab
— NFL (@NFL) January 22, 2018
Nick Foles (26/33, 352 jardas , 3 TDs), aliás, fez miséria da secundária dos Vikings. O QB abusou dos passes—e das conexões—longas, mas também conseguiu distribuir a bola com qualidade. O jogo corrido dos Birds também anotou um TD (com LeGarrette Blount) e somou 110 jardas.
A partida, depois de um primeiro quarto igual, tomou contornos de passeio dos visitantes, cuja aplicação defensiva superou qualquer expectativa do lado dos donos da casa.
Talvez, aliás eu devesse aprender com os Eagles de 2017/18 que não se deve duvidar de um time redondo mesmo quando seu quarterback—e principal esperança—se lesiona. Afinal, não é sempre que o melhor time de uma conferência chega como azarão (segundo Las Vegas) para dois jogos seguidos nos playoffs e vence.
Wentz era o quarterback titular dos Eagles até se machucar na semana 14 da NFL, dando espaço pra Foles—que foi mal até o jogo de hoje e apenas carregado pela defesa da equipe. Os Vikings também sofreram com Keenum, inexperiente até a atual temporada e terceiro reserva da equipe até entrar na fogueira e surpreender a todos com bons jogos.
.@ZERTZ_86 caught eight balls for 93 yards in the NFC Championship! #MINvsPHI #NFLPlayoffs #FlyEaglesFly pic.twitter.com/gEkWhptziQ
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No duelo decisivo da NFC, valeu o grande jogo de Foles, preciso em conexões para touchdown com Jeffery (duas vezes), Torrey Smith, além da ótima atuação da defesa, que desviou 8 passes e pressionou Keenum pelo mesmo número de vezes.
Os Eagles, de fato, venceram o jogo ainda no primeiro tempo. Após empatar o placar com um TD defensivo, a equipe visitante abriu 24 a 7 antes do intervalo. Logo no retorno dos vestiários, Foles encontrou Smith para um TD espetacular de 41 jardas.
Depois disso, uma longa campanha dos Eagles terminoun com touchdown de Jeffery para selar uma surpreendentemente vitória do azarão.
.@TheWorldof_AJ hauled in two touchdowns. ?
Check out his NFC Championship highlights! #FlyEaglesFly #NFLPlayoffs pic.twitter.com/vsUdgYfBey
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O Super Bowl LII, no dia 4 de fevereiro, terá Philadelphia Eagles e New England Patriots duelando no US Bank Stadium, em Minnesota, uma repetição do duelo de 2004-05, o Super Bowl XXXIX, coincidentemente também a terceira aparição dos Pats num Super Bowl em 4 anos. Mas prefiro ficar longe da mísitica. Se há algo que aprendi com as finais de Conferência é que qualquer previsão é nada mais do que isso. E que o jogo será entre esses dois gigantes da NFL será mais um daqueles para guardar na memória.